(Continuação daqui)
37. As mãos
67 - a) O assistente CC integrou o tribunal coletivo do Círculo de Bragança que em 9 de julho de 1998 condenou Sérgio António Casca, por dois crimes de homicídio qualificado, na pena única de 20 anos de prisão.
Tendo sido interposto recurso, por acórdão de 25-3-1999 do STJ, foi confirmada aquela condenação em 20 anos de prisão.
b) Na motivação da decisão sobre a matéria de facto do acórdão proferido na primeira instância escreveu-se que:
- na personalidade do arguido Sérgio António Casca “avultam os traços narcisísticos e uma certa rigidez, com tendência à racionalização e ao hipercontrolo, não apresenta as características das denominadas perturbações da personalidade, com forte interiorização dos valores morais e cívicos vigentes. Daqui se conclui que o arguido tem uma personalidade fria, calculista e com hipercontrolo. As reações orgânicas estão em consonância com a personalidade da pessoa. Para o arguido, deixar gotículas de suor tinha de estar em situação de grande stress. Em julgamento, com uma temperatura superior a 30 graus centígrados, a sala repleta de pessoas, o que a transformava numa quase “sauna”, quando lhe foi solicitado para mostrar as mãos, estas não tinham quaisquer sinais de transpiração. E em julgamento, apesar da personalidade do arguido, certamente a sua situação não era de calma”.
Fonte: cf. aqui
O juiz levantou-se da cadeira e veio-me pedir para eu lhe mostrar as mãos... e eu mostrei-lhe as mãos...
Fonte: cf. aqui, min. 37:09.
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