Quem ler o Programa do Chega (cf. aqui) vai dar-se conta que, para este Partido, a instituição social mais importante é a Família (cláusulas 38-42). O Chega vai ao ponto de propor um Ministério da Família. Também na parte económica, a unidade económica fundamental é a Família (cláus. 69) e o Chega propõe-se, em primeiro lugar, dar atenção às empresas familiares (cláus. 72), que constituem as empresas predominantes do tecido empresarial português (cf. aqui).
Para o socialismo que nos tem governado, a instituição social mais importante é o Estado.
Daqui resultam várias consequências, por exemplo:
(i) No modelo de sociedade visado pelo Chega as relações sociais predominantes são as relações determinadas pelo amor/afecto entre as pessoas, pois são essas as relações que predominam na Família. No socialismo vigente, pelo contrário, predominam as relações baseadas no poder, que é o tipo de relação predominante quando o Estado é interveniente.
(ii) Os heróis sociais no modelo de sociedade visado pelo Chega são os pais, as mães e outros educadores (v.g., família alargada, professores) ao passo que no socialismo vigente são os políticos e os burocratas do Estado.
(iii) A Família gasta o seu próprio dinheiro, ao passo que o Estado gasta o dinheiro dos outros (contribuintes). Em consequência, no modelo de sociedade visado pelo Chega haverá melhor governação do que no socialismo vigente.
(iv) O fim prosseguido pela Família são pessoas (crianças), ao passo que o fim prosseguido pelo Estado no socialismo vigente é um ideal abstracto (igualdade).
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