O MEDO DA COVID-19
No dia 1 de Julho comecei com sintomas gripais, garganta arranhada, febrícula e mal-estar geral. Corri a comprar uns testes de antigénio que deram repetidamente resultados negativos.
Mesmo assim isolei-me e tomei as precauções habituais nestes casos. Pronto suspendi a minha actividade clínica e recolhi a casa. Descanso, chás de limão e gengibre com mel e medicação sintomática. Paracetamol para febre acima dos 38ºC e antitússicos.
5 dias mais tarde a minha mulher chegou a casa com febre, marcou um teste de PCR para o dia seguinte e o resultado foi positivo.
Neste período o meu estado tinha-se agravado moderadamente, a febre não cedia, a tosse tinha aumentado bastante e sobretudo tinha-se instalado um cansaço que só posso descrever como exaustão permanente.
Iniciamos então um ciclo de tratamento com Ivermectina – 5 dias – que concluímos pelo dia 10 de Julho.
O resultado da Ivermectina foi excelente. No caso da minha mulher todos os sintomas desapareceram, com exceção do cansaço e perda de apetite. No meu caso, a febre e a tosse desapareceram, mas a dispneia para pequenos esforços não se atenuou.
Ir da cama à casa de banho tornou-se num esforço equivalente a escalar o Kilimanjaro, depois de ir a pé a Fátima.
Os familiares e amigos, preocupados com a situação, telefonavam-me a perguntar pela minha saturação de oxigénio e manifestavam incredulidade por eu não andar de oxímetro em punho. Pronto, um irmão fez-me o favor de me trazer a casa a dita geringonça, para eu verificar que a SO2 estava abaixo do 90%. Fiquei assustado? Assustado é pouco, entrei em pânico.
Por essa altura decidi iniciar o protocolo de tratamento com a hidroxicloroquina e a azitromicina. Uns cinco dias depois as melhorias eram assinaláveis. O cansaço diminuiu bastante, as saturações subiram para cima dos 95% e o mal-estar começava a desvanecer-se.
Na fase mais grave da doença, antes da HCQ + AZT, penso que o medo foi o pior. Como médico conhecia bastante bem a doença e tudo o que de mais ou menos relevante se ia escrevendo sobre o assunto, mas o impacto negativo do contexto cultural/familiar demonstrava um peso inacreditável, muito difícil de superar.
Recorri a exercícios de meditação e a técnicas de Programação Neurolinguística para lidar com pensamentos negativos e substituí-los por imagens positivas que “ajudassem” na resposta imunológica. Tudo foi útil, incluindo o limão, o gengibre e o mel. E sobretudo também o apoio da minha mulher, que 10 anos mais nova do que eu, deu um coice no SARS-CoV-2 que o deve ter atirado de regresso para Wuhan.
Ajudou-me bastante, também, uma entrevista recente do Professor Sucharit Bhakdi, que podem ver aqui:
https://tube.doctors4covidethics.org/videos/watch/7ca43fab-fa9d-46e6-ac7a-a0c739d9e277
Nessa entrevista o Prof. S. Bhakdi diz o seguinte:
- Eu tenho 74 anos e tenho sido bastante saudável, a probabilidade de sobreviver à C19 é superior a 99%.
Ora eu sou mais novo e bastante saudável também, racionalmente pouco tinha a recear. Decorridos 19 dias do início da doença, estou em franca convalescença. O último teste de PCR deu um resultado inconclusivo (baixa ou nula carga viral) e só me resta convalescer.
A finalidade deste meu relato é inspirar confiança. Para os jovens a C19 não passa de uma gripe banal, mas acima dos 65 torna-se numa gripezona. De certo modo grave, mas com excelentes possibilidades de cura.
Não chega, porém, meter o oxímetro e “confiar na Virgem” (Saúde 24). É necessário acompanhamento médico, tratamento precoce e cabeça fria.
Todos os que por comissão ou negação propagaram o pânico, não ajudaram nesta crise e podem ter contribuído para resultados bastante desfavoráveis.
Haja Saúde!
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