14 fevereiro 2021

a merecer aplauso

 


Delegando parte do poder judicial nas corporações, o Estado Novo de Salazar - que se definia como um Estado Corporativo - eliminava a oposição largamente através delas.

"Quem protestar não come", era o lema implícito do Estado Corporativo salazarista.

Em troca da delegação de uma parte do poder judicial, o Estado Novo recebia lealdade e obediência das corporações.

E quem, em muitos casos, acabava a calar os opositores não era o Estado ele mesmo, mas as corporações, retirando aos opositores o direito a exercer a sua profissão e, por essa via, os meios da sua subsistência, ou obrigando-os a emigrar.

Aquilo que a Ordem dos Médicos acaba de fazer aos Médicos pela Verdade é digno do Estado Corporativo de Salazar.

É lamentável ver o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, a comportar-se como um vulgar cacique, fazendo a vontade ao Governo e perseguindo os seus próprios colegas.

Posição contrária, a merecer aplauso, tem tido a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco que, por isso mesmo, tem sido alvo de uma intensa campanha por parte do Governo e dos órgãos de comunicação que lhe são afectos.

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