O episódio das mentiras pregadas ao Conselho Europeu pelo Ministério da Justiça é bem revelador da cultura de mentira prevalecente no Ministério Público.
A ministra Francisca van Dunem é Procuradora-Geral Adjunta do Ministério Público, a categoria mais alta desta instituição, e já foi chefe do Ministério Público para a região de Lisboa.
Os magistrados do Ministério Público estão protegidos por um regime de imunidade no exercício da sua função - que é a de acusar pessoas -, significando, na prática, um regime de irresponsabilidade que mais ninguém possui no exercício da sua profissão.
Em particular, aquilo que está vedado a qualquer pessoa, e em muitos casos proibido, que é mentir no exercício da sua profissão, aos magistrados do Ministério Público é consentido com toda a liberdade.
É por isso que uma boa parte das acusações criminais que vêm a público são mentirosas e, portanto, falsas, de maneira que os réus acabam absolvidos, embora frequentemente com a vida destruída.
Porém, quem se habitua a mentir ao longo da vida, a partir de certa altura fá-lo com toda a naturalidade, a mentira passa a ser parte da sua vida. E fá-lo sem pudor.
É que as mentiras da ministra são mentiras por escrito. Ora, nem mesmo o mais despudorado dos mentirosos mente por escrito porque sabe que mais cedo ou mais tarde será apanhado.
Porém, os magistrados do Ministério Público, como a ministra van Dunem, estão de tal modo habituados a mentir, e mentem com tal naturalidade, que já se esqueceram das regras básicas da mentira credível.
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