"O Ministério Público em Portugal tem um estatuto bastante distinto do que é comum na Europa", escreve Costa (cf. aqui).
Esta poderá ter sido a única verdade que o primeiro-ministro escreveu na carta aos eurodeputados.
É por essa razão que na Europa os procuradores do Ministério Público não andam armados em juízes nem ganham tanto como os juízes; não aldrabam concursos para a procuradoria europeia; não andam a escutar e a espiar jornalistas; não são investigadores criminais (de sofá); não andam a organizar aquelas grandiosas operações mediáticas, acusatórias dos políticos, que acabam, normalmente, por ser puras calúnias; respondem perante o poder político democrático; respondem pelas faltas e os erros que cometem no exercício da sua função.
A Europa - excepção feita a Espanha - não teve nem a Inquisição nem a PIDE, como Portugal teve.
É por isso que o Ministério Público em Portugal tem um estatuto bastante distinto - e bastante anti-democrático - do que é comum na Europa.
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