Para quem, como eu,
1) considera que Portugal só se reforma por imposição externa ou por via da escandaleira;
2) considera que o sector mais carecido de reforma no país é a justiça;
3) considera que a corrupção, em Portugal, está em primeiro lugar na justiça;
4) considera que o principal foco de corrupção na justiça é o Ministério Público;
5) há um ano formulava o voto que a justiça viesse a ser o centro do debate público,
o ano de 2020 terminou bastante bem,
a) com um partido político com representação parlamentar, pela primeira vez na democracia, a assumir a justiça como sua primeira prioridade;
b) com uma escandaleira tendo como centro a ministra da Justiça que também é procuradora do Ministério Público.
A este ritmo, a probabilidade de a Justiça vir a ser alvo de um reforma democrática está a aumentar.
Uma última interrogação: E este blogue teve alguma coisa a ver com tudo isto?
Eu julgo que teve - e muito.
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