Vale a pena ver a entrevista até ao fim (cf. aqui).
A ministra da Justiça é Procuradora-Geral Adjunta, o lugar mais alto da carreira do Ministério Público.
Ela já foi directora do DIAP e do DCIAP de onde saem as mega-operações que criminalizam às vezes dezenas de portugueses ao mesmo tempo, imputando-lhes centenas de crimes de uma só vez, embora frequentemente crimes falsos.
Ela também já foi chefe do Ministério Público para a região de Lisboa (Procuradora-Geral Distrital de Lisboa), numa altura em que ocorreram os célebres incidentes da Praia do Meco, cuja investigação criminal, feita por um subordinado seu, ela louvou e que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem arrasou (cf. aqui).
Sob a sua direcção, como ministra da Justiça, houve agora batota na selecção do representante português para a Procuradoria Europeia, mas ela acha que não há crime nenhum.
Agora veja-se o que aconteceu a uns pobrezinhos que também fizeram batota na selecção de pessoal para o Turismo do Porto e Norte de Portugal: cf. aqui.
A ministra faz o discurso típico do jurista aldrabão, digna do Ministério Público português e do Ministério da Verdade do George Orwell, que é negar a evidência e mudar o significado às palavras, tudo resumido numa frase várias vezes repetida durante entrevista: "A carta é uma nota".
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