"O que é um parvo? Etimologicamente, significa 'pequeno' (do latim 'parvum'). Na linguagem vicentina quinhentista assumiu o sentido vulgar de 'bobo', ou seja, o comediante ao serviço da corte e da nobreza, e, nos dias de hoje, o de 'tolo' ou 'pequeno espírito'. Ora, não obstante tal multiplicidade de significados, uma expressão corriqueira como 'o indivíduo "x" ou é parvo ou parece', se proferida nos dias de hoje num contexto reactivo a uma qualquer expressão infeliz do visado, não significará jamais que o declarante pretenda significar que o mesmo é pequeno de estatura ou um histrião ao serviço do poder".
Este é um dos pontos do contundente recurso dos procuradores José Niza e Susana Figueiredo contra a decisão do tribunal de primeira instância, que absolveu 16 arguidos no caso dos Vistos Gold (…)"
(in MP quer repetição do julgamento dos Vistos Gold, cf. aqui)
A transcrição acima expressa o calibre dos argumentos jurídicos dessa grande elite do funcionalismo português, especialista em pôr pessoas inocentes na cadeia, que mete medo a todos e se promove com o passar do tempo e que, no topo da carreira, ganha mais que o primeiro ministro.
Afinal, o que é um parvo?
-É quem aguenta estes tipos sem pestanejar.
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