O pânico gerado pelo Covid19 levou a uma alteração drástica de comportamentos em certos sectores de actividade.
Aconteceu assim também, e em primeiro lugar, com os médicos que passaram a trabalhar sob enorme pressão, incluindo a pressão mediática.
Esta pressão tem levado, em alguns casos, a ventilar doentes que, de outro modo, não teriam sido ventilados.
Não surpreende, por isso, que nas últimas semanas vários artigos tenham sido publicados alertando para os riscos da ventilação (cf. aqui).
A ventilação é um procedimento médico de último recurso que visa prolongar a vida de doentes com uma situação clínica extrema. Naturalmente, é um procedimento que envolve muitos riscos.
Aquilo que os referidos artigos visam alertar é para o facto de, em alguns casos, estarem a morrer pessoas, não da doença, mas dos riscos da ventilação.
Este factor contribui para explicar por que é que as mortes nas últimas semanas em Portugal estão no topo da banda de normalidade estatística, tal como reportada pela DGS (cf. aqui). Existem pessoas que morreram devido à ventilação e que teriam durado mais tempo se nunca tivessem sido ventiladas.
Porém, é provável que este não seja um factor importante em Portugal porque o país nunca dispôs de ventiladores em excesso que levassem os médicos a ventilar generalizadamente os casos de covid19 que apareceram nos hospitais.
Neste sentido, Fu Lin - cujo nome completo é Fu Jiu Cu Pi Lin -, o presidente do conselho de administração da Fong Sing Jo Su, que recebeu 10 milhões de dólares do Governo português (cf. aqui) sem nunca nos ter enviado os 500 ventiladores, pode ainda, um dia, vir a ser considerado um santo no país.
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