23 março 2020

bem dji máis

No Brasil, quem conduz a luta contra a pandemia do coronavírus é o Ministério Público. Eis aqui as tarefas que o Ministério Público se atribuiu a si próprio descritas por um procurador da instituição: cf. aqui.

A Câmara Municipal (Prefeitura) de Rio das Pedras adoptou as medidas que o Ministério Público lhe recomendou. Caso contrário, já se sabe o que é que acontece aos autarcas - o Ministério Público acusa-os de umas centenas de crimes - cada morte por coronavírus vale uma acusação de homicídio por negligência - e vão todos presos para o resto da vida (cf. aqui).

No Estado de Santa Catarina, o Ministério Público já ameaçou os autarcas: "Imponham barreiras à entrada nas cidades… e vão dentro" (cf. aqui).

Os políticos eleitos andam a toque de caixa de funcionários públicos.

O Ministério Público no Brasil chega a emitir recomendações sobre como as patroas devem lidar com as empregadas domésticas (cf. aqui). As patroas que tenham cuidado, senão acabam naquelas desafogadas prisões brasileiras. Uma patroa já está a ser investigada pelo Ministério Público (cf. aqui).

O Ministério Público do Brasil também avisa os patrões: "Adoptem medidas que diminuam o poder de compra dos trabalhadores… e já sabem o que vos acontece!..." (cf. aqui).

Em Portugal, o isolamento de pessoas ainda é determinado pelo Governo (ainda…), como sucede em Ovar. Mas, no Brasil é o Ministério Público. "Qual Governo qual carapuça!...". Quem manda no país é o Ministério Público e quem ousar pôr-se à frente vai preso. (cf. aqui)

Conclusão. Nestas questões da justiça inquisitorial e antidemocrática, o colonizado aprendeu bem de mais com o colonizador (cf. aqui).

É que em Portugal o Ministério Público ainda só anda a tentar chegar ao primeiro-ministro e ao presidente da República (cf. aqui).

Os procuradores do Ministério Público brasileiro são o equivalente latino-americano dos cowboys do faroeste da América do Norte.  Existe mais do que uma semelhança. Ambos usam pistola.

"Todos têm medo do Ministério Público" (cf. aqui). Se isto é verdade em Portugal, o que será no Brasil. O terror.

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