"Cuatrecasas desconhecia que Vitorino tinha consultora com a mulher" (cf. aqui)
-Olha… a mim ninguém me disse nada… Na m'alembra…
Para não me citar a mim próprio sobre a promiscuidade entre a política e os negócios senão volto a ser condenado (cf. aqui) e agora, por reincidência, ainda me metem na prisão (e lá não me deixam ter acesso ao Portugal Contemporâneo), vou remeter para o que, a esse propósito, dizia o Paulo Morais há cinco anos atrás relativamente ao António Vitorino, ao Paulo Rangel e à Cuatrecasas (cf. aqui e aqui):
"Senadores. Os políticos assim designados e aparentemente os mais credíveis são em geral os mais perigosos. Estão com um pé na política e outro nos negócios. Traficam influências".
Até ao dia em que a coisa lhes sai mal, acrescentaria eu.
Da minha autoria, sobre este assunto, pode ver-se esta peça que é muito famosa (cf. aqui) porque o Papá Encarnação a meteu no processo do meu case-study (cf. aqui), escandalizado por eu nela dizer que desanquei no Rangel (o Papá Encarnação é muito dado a salamaleques). A peça deu entrada no Tribunal de Matosinhos. Depois chegou ao Tribunal da Relação do Porto. Mais tarde chegou ao Supremo Tribunal de Justiça e ao Tribunal Constitucional em Lisboa (onde presentemente se encontra à espera de uma decisão semelhante à dos cabos da GNR, cf. aqui). Mas, pelo sim, pelo não, porque a justiça portuguesa nem sempre é de fiar, em Setembro passado chegou também a Estrasburgo, ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Quanto aos autores de alguns comentários anexos à peça, já os processei por injúrias através de um processo-crime contra desconhecidos. Fiz como aquele célebre juiz e pedi um milhão de euros em indemnizações (cf. aqui). Devo dizer, porém, que não considero as injúrias particularmente gravosas, e estou mesmo pronto a fazer-lhes um desconto de 95% na indemnização, como o Papá Encarnação me propôs a mim. É que nenhum dos comentadores invocou aquele que, segundo o Ministério Público, é o maior instrumento de ofensas contra a honra em Portugal (cf. aqui).
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