05 dezembro 2019

dentada de mulher


Esquerda: Tribunal de Matosinhos, 4 de Abril de 2018
Direita: DIAP do Porto, Rua de Camões, 3 de Abril de 2018




Quem observar com atenção o retrato do magistrado X durante o meu julgamento (imagem da esquerda, na tribuna, sentado à direita do juiz) vai provavelmente fixar dois pormenores.

O primeiro é que ali está ele… parece um lorde… armado em juiz… e o embevecimento com que ele olha para o juiz deixa perceber como ele próprio gostaria de ser juiz…

O segundo é que ele tem um ferimento na mão direita.

É a razão deste ferimento que vou revelar agora, um segredo que tenho guardado há mais de ano e meio.

Aconteceu na véspera do julgamento. O magistrado X estava de faxina à porta do DIAP a caçar criminosos (na imagem da direita é ele que está discretamente encostado à parede).

Eram já quase cinco da tarde e ele estava ali enfastiado há horas porque não tinha ainda deitado a mão a nenhum criminoso nesse dia.

Foi então que vinha a sair do edifício um casal de meia-idade que tinha ido ao andar de cima, ao notário, para casar em segundas núpcias (imagem da direita, ao fundo).

Quando o casal vinha a passar, o magistrado X atira-se ao homem e aplica-lhe o golpe do mata-leão.

Nesse momento, a mulher, ao ver o marido atacado daquela maneira, ainda por cima um marido fresquinho, atira-se com todas as ganas ao magistrado X e dá-lhe uma valente dentada na mão.

O ferimento era, portanto, dentada de mulher.


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