Um liberal olha com grande desconfiança para qualquer forma de poder, especialmente o poder coercivo do Estado. Ele prefere os arranjos estabelecidos espontaneamente entre os cidadãos, por acordo entre as pessoas, e rejeita aqueles que são impostos pela força bruta do Estado, excepto quando não haja alternativa.
Daí que um partido liberal como a Iniciativa Liberal esteja destinado a ser sempre melhor como partido de oposição do que como partido do poder pois, nesta última condição, um liberal nunca se poderá sentir na sua pele.
A vocação de um partido liberal é, portanto, em primeiro lugar, uma vocação de oposição, de conter e disciplinar o exercício do poder pelos outros e de impedir os seus abusos.
Por outras palavras, e falando em português corrente, quem anda à procura de tacho que não se junte à Iniciativa Liberal.
Se está à procura de tacho, os partidos do tacho são o PS e o PSD e, marginalmente, outros dois que estão em vias de extinção, o CDS e o PCP (este é o partido do tacho sindicalista).
Um dos aspectos que eu achei mais divertidos na noite das eleições foi o de ver o Bloco de Esquerda a abrir-se para ser também partido do tacho.
Pelo contrário, um partido liberal, é um partido anti-tacho. Não há tacho para ninguém
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