No post anterior fiz referência irónica a um homem - Francisco Sá Carneiro - que morreu com a reputação de ser um liberal quando na realidade era um socialista, e que é tido como o fundador de um partido de direita (PSD), quando na realidade o partido é da esquerda socialista (cf. aqui).
Existe um caso semelhante, mas mais recente. É o do jornalista João Miguel Tavares, que se tornou uma referência nacional depois do seu discurso do 10 de Junho proferido em Portalegre, e que entretanto já manifestou a sua simpatia pela Iniciativa Liberal (cf. aqui).
A frase mais citada do discurso foi um apelo aos políticos: "Deem-nos alguma coisa em que acreditar" (cf. aqui).
Ora, quem se dirige aos políticos - que são os agentes do Estado - a pedir inspiração para viver, não é um liberal, é um socialista.
Um liberal procura a inspiração em si próprio.
Se a Iniciativa Liberal se começa a encher de socialistas como o João Miguel Tavares e a Zita Seabra, como figuras de referência, corre o risco de ainda morrer à nascença.
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