Discutem-se conflitos de interesses neste programa, entre a política e os negócios, e também a cultura do amiguismo (cf. aqui).
A certa altura o moderador diz que todas as pessoas visadas pelos intervenientes estão convidadas a irem ao programa para se defenderem.
Mas será que eles estarão interessados em irem lá explicar-se?
Claro que não. O mais provável é que movam processos por difamação aos intervenientes do programa.
Recuei quatro anos na minha própria vida. Também eu discutia conflitos de interesses e convidei os visados a irem lá defender-se.
Olhe no que deu (cf. aqui).
O sistema está todo minado pela cultura do amiguismo partidário. E a Justiça está incluída.
Ver o juiz relator do acórdão, que é também presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (a voz laica da Igreja Católica em Portugal), uns dias depois, a fazer um apelo aos eurodeputados, incluindo àquele que ele favoreceu na sua decisão judicial - uma maneira, por assim dizer, de olear o apelo - é confrangedor (cf. aqui).
Nem já um juiz de um tribunal superior do país - como é o Tribunal da Relação do Porto - tem o julgamento suficiente para discernir as situações de conflito de interesses em que se coloca.
Quando já nem um juiz de um tribunal superior tem este discernimento, o que se pode esperar dos políticos, alguns do quais são simples padeiros (cf. aqui)?
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