A Igreja Católica Portuguesa, sob a direção de D. Manuel Clemente, tem vindo a rodear-se de católicos fundamentalistas (por exemplo, aqui), activistas políticos desejosos de exercer e influenciar o poder político, e de imporem as suas convicções através do poder político, de uma maneira que, a prazo, só pode contribuir para a desacreditar, mais ainda do que já está - como aconteceu com o episódio de hoje (cf. aqui).
A Igreja foi sempre pior quando se envolveu na política. Em lugar de unir as pessoas, divide-as.
2 comentários:
Pode por favor explicar, na sua opinião, qual é a diferença entre um católico fundamentalista e um católico não fundamentalista?
Eu, que sou católico praticante, acho que a Igreja tem não só o direito mas até a obrigação de lembrar aos católicos que há pontos fundamentais da Doutrina que devem ser tidos em conta nas nossas escolhas de vida e certamente nas nossas opções políticas. Se a Igreja católica tem a defesa da vida como ponto fundamental da sua Doutrina, acho muito bem que lembre aos católicos que há partidos políticos que assumem essa defesa, outros que a ignoram e outros que até se opõem.Depois, cabe a cada um decidir se isso é suficientemente importante nas suas convicções para votar num partido político que defenda ou não a vida ou então valorizar outros aspectos e votar num partido da sua escolha apesar de esse poder defender ou não a vida, na perspectiva da Igreja católica. Eu acho isto correcto e um direito fundamental, até como liberdade de expressão da qual a Igreja não pode estar arredada.
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