As queixas dos ex-focolares são idênticas às de qualquer outra seita (cf. aqui).
O culto da líder, a lavagem ao cérebro, a despersonalização, a obediência absoluta, o apagamento do "eu" ao ponto de a pessoa deixar de ser um fim em si mesma e passar a ser um instrumento nas mãos de outrem (geralmente a líder que serve de intérprete de Deus).
Numa Memória particularmente desenvolvida e equilibrada, a italiana Renata Patti, que pertenceu ao Movimento dos Focolares deste os 10 até aos 50 anos, cobre todos estes temas (cf. aqui):
A despersonalização, mediante a qual todas as raparigas (focolarini) são chamadas Chiaras e supostas ser réplicas da fundadora (p. 29 e segs.).
A submissão e a manipulação (p. 61 e segs.).
A obediência absoluta, segundo a qual nada se pode passar sem a autorização da líder (p. 94 e segs.).
A ausência completa de liberdade de expressão, segundo a qual ninguém pode falar ou escrever sem a autorização da hierarquia (p. 99).
O endeusamento da líder que se vê a si própria no mesmo plano de Deus (pp. 156-57).
1 comentário:
"A despersonalização, mediante a qual todas as raparigas (focolarini) são chamadas Chiaras e supostas ser réplicas da fundadora"
Nada é tão anti-católico como a despersonalização. Brilhantemente retratada por Milan Kundera n' A Insustentável Leveza do Ser.
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