O abuso do sistema de justiça está exemplificado neste caso (cf. aqui e aqui).
Uma grande sociedade de advogados - a Cuatrecasas - representando uma grande empresa de celulose - a Celtejo - procura calar um cidadão, sob a ameaça de um processo em que lhe reclama uma indemnização de 250 mil euros.
"Ou te calas ou pagas!"
Para já o Arlindo Marques não aceitou calar-se. E também não vai pagar porque acabará absolvido - toda a jurisprudência diz isso (cf. aqui).
Então, para quê o processo judicial?
Para ameaçar, intimidar, coagir, chantagear, extorquir.
Há muita coisa mal no nosso sistema de Justiça. E não creio que os principais culpados sejam os juízes.
Para tratar do caso do Arlindo Marques no Tribunal de Santarém, a Cuatrecasas renunciou a enviar para lá os advogados do Porto (sabe-se lá porquê...), que eram os que estavam mandatados para o efeito, e decidiu enviar um mauzão de Lisboa - Paulo Sá e Cunha (ex-LPMJ e agora Cuatrecasas), um advogado aparentemente especializado em inocentar criminosos e em acusar inocentes (cf. aqui).
Um dia depois de ter proferido estas declarações ao Observador (cf. aqui) onde afirma que "eu posso criticar o que for" e que "a liberdade de expressão é amplíssima", foi a Santarém chantagear e ameaçar o Arlindo Marques para que este se cale.
Alguns dirão que, sendo advogado, está a fazer o seu trabalho.
Mas não está.
Acusar, chantagear, ameaçar e tentar extorquir uma pessoa inocente não é trabalho.
É crime.
Como se pode esperar ter um sistema de justiça decente se aos advogados - que são agentes da justiça - é dada a liberdade e a impunidade para cometerem crimes?
PS. O blogue Portugal Contemporâneo foi falado na Quinta-feira passada no Tribunal de Santarém entre os advogados da Cuatrecasas - eram quatro!, chefiados pelo mauzão - e o Arlindo Marques e seu advogado. Bom sinal. Eu irei comentar aqui o julgamento.
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