01 fevereiro 2019

o reino dos (maus) advogados

É muito curioso que, em 1495, em Espanha, tenham sido os Reis Católicos - que de católicos não lhes faltava nada, até no nome - a pôr termo aos desmandos dos advogados (dos maus advogados, bem entendido, porque também existem dos bons) (cf. aqui).

Por essa altura, porém, os desmandos dos maus advogados não se ficavam por Espanha.

Vinte e dois anos depois, na Alemanha, a própria Igreja Católica, com todo o seu poder, não conseguiria travar os desmandos de um advogado falhado - Martinho Lutero que, além de padre, também estudou para advogado (cf. aqui), que era o desejo de seu pai, ele próprio advogado.

Nascia aí o protestantismo, com as suas seitas que, devidamente laicizadas, viriam a dar origem aos partidos políticos e à democracia partidária moderna, que é o reino dos (maus) advogados.

Alguém vai ter de pôr fim outra vez aos desmandos dos maus advogados, algo que Cristo foi o primeiro a fazer em relação aos fariseus.

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