31 janeiro 2019

a esboroar-se

Aquilo que a auditoria à CGD (cf. aqui) veio revelar é mais uma manifestação - e uma manifestação das maiores - do mal que afecta a generalidade das instituições públicas em Portugal, as quais são governadas por interesses partidários, frequentemente associados a interesses corporativos, e não pelo interesse público.

É assim na CGD, é assim no HSJ, tal como ilustrado pelo tema da ala pediátrica.

No fim, é o público que sofre, quer entrando com dinheiro para segurar a Caixa, quer indo visitar os seus filhos doentes a contentores metálicos.

Como é que este problema se resolve?

Salazar encontrou este mesmo problema há 90 anos e resolveu-o acabando com os partidos.

Fora esta solução, uma alternativa viável é a pulverização dos partidos, de modo que nenhum ou nenhuns tenham capacidade suficiente para permanecer, ou se alternar, no poder por longos períodos de tempo.

Ora, nos últimos 40 anos, nós tivemos dois partidos com essa capacidade. Os resultados estão à vista.

Um, felizmente, está agora a esboroar-se. Seria bom que o mesmo acontecesse ao outro.

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