Mary Parker Follett
“Gerir é a arte de concretizar objectivos através de pessoas”
Mary Parker Follett (MPF) é a “Mãe da Gestão Moderna”, como gostam de dizer os pânditas das escolas de gestão.
Porquê? Porque descobriu a “democratização das organizações” e as vantagens que daí advêm para as empresas. Percebeu que as pessoas são muito mais do que uma peça da engrenagem de produção e que há valor acrescentado a extrair da sua completa integração nos objectivos estratégicos da empresa.
O Taylorismo e o Fordismo revolucionaram a produção, é certo, mas numa perspectiva redutora e mecanicista do trabalho. António Gramsci, que foi dos primeiros a analisar o contributo destas “escolas de gestão”, destacou que nas linhas de montagem o trabalho é monótono, alienante e até mortificante (life draining).
O resultado, como o próprio Henry Ford pode constatar, é a elevada rotatividade e absenteísmo dos trabalhadores. Em 1913, Ford chegou a contratar 52.000 operários para manter uma força de trabalho de 14.000, com taxas de absentismo nos dois dígitos.
MPF apelou à participação ativa dos trabalhadores, com pleno aproveitamento da sua inteligência, criatividade e espírito de iniciativa. Precisamente as qualidades que o Taylorismo e o Fordismo desperdiçavam.
Esta visão da MPF realiza-se através do contacto direto entre gestores e trabalhadores, a todos os níveis da hierarquia; da coordenação de todas as atividades, desde o início; do estabelecimento de relações profissionais de respeito mútuo e de manter sempre este espírito.
Para a MPF, ninguém deve ser desconsiderado numa organização; todos devem ser chamados a dar o seu melhor e o resultado final é o produto de um esforço coletivo.
MPF colocou sempre ‹‹o ênfase da gestão na cooperação, negociação, resolução de conflitos e criação de consensos›› - Peter Drucker.
Esta filosofia de gestão está mais atual do que nunca e foi abraçada por todas as grandes empresas globais da nossa “sociedade do conhecimento”. Empresas que concretizam os seus objectivos “através das pessoas” e não apesar das ou contra as pessoas.
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1 comentário:
todas as pessoas são boas nalguma coisa, trata-se de descobrir em quê e colocá-las nesse lugar, a desempenhar essa função, para conseguir o tal de objetivo .
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