Que interpretação faço eu das notícias emanadas hoje da Câmara Municipal do Porto sobre a ala pediátrica do HSJ (cf. aqui) e que entretanto estão a ser difundidas por todos os órgãos de comunicação social?
A seguinte:
1) Em termos práticos, não adiantam nada para a obra. É mais do mesmo, mera conversa, que até aqui se desenvolvia ao nível do Governo e da AR, e que agora passa também a desenvolver-se ao nível da CMP. A exposição pública do tema é cada vez mais alargada e pode vir, em breve, a ganhar centralidade política.
2) O Presidente Rui Moreira foi pressionado pelo Governo e pelo PS depois das suas declarações da semana passada (cf. aqui). E se, nessa altura, tinha os dois pés junto da solução oferecida pela Associação Joãozinho, hoje afastou um pé. Não vai conseguir manter esta posição por muito tempo, e a opinião pública vai obrigá-lo a definir-se.
Ele tem, neste momento, a posição mais difícil, e também a mais central, na resolução deste assunto.
Ele tem, neste momento, a posição mais difícil, e também a mais central, na resolução deste assunto.
3) A Associação Joãozinho, e a sua obra parada, que até há duas semanas, eram completamente ignoradas, passaram a ser parte importante da equação.
4) O Governo e o PS querem sacudir todas as responsabilidades pela paragem da obra em Março de 2016. Pela via que têm seguido, não estou certo que o vão conseguir. No dia em que decidirem falar com a direcção da Associação Joãozinho talvez consigam calar o assunto de vez.
Entretanto, a posição da Associação Joãozinho é conhecida. Está pronta a recomeçar a obra a todo o momento (assim o Hospital desocupe o espaço), sozinha ou em cooperação com o Governo.
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