As notícias que estão a ser passadas por uma boa parte da comunicação social acerca do despacho (cf. aqui) sobre a obra do Joãozinho são erróneas. Aconteceu, por exemplo, com o JN (cf. aqui, que fará a correcção na edição de amanhã).
Essas notícias sugerem que o governo deu luz verde para o arranque da obra, e é essa também a mensagem que está a ser passada pela administração do HSJ (cf. aqui).
Não corresponde à verdade.
O despacho autoriza o HSJ a lançar concurso público para a "conceção e projeto" (arquitectónico) da nova ala pediátrica do HSJ. Quer dizer, deita-se fora o projecto de arquitectura existente (que custou ao HSJ 700 mil euros) e:
1. Lança-se concurso público para elaborar um novo projecto de arquitectura (um ano).
2. Escolhida a empresa de arquitectura, e tratando-se de um hospital pediátrico cujo projecto é necessariamente complexo, a elaboração do novo projecto, com todas as autorizações e consultorias de que vai necessitar, demorará pelo menos dois anos.
3. Só então, o HSJ estará em condições de lançar um concurso público para a execução da obra (empreitada). Dado o valor da obra, esse concurso público tem de ser internacional. Se tudo correr bem (i.e., se não houver impugnações), este concurso demora pelo menos um ano.
Quer dizer, mesmo na melhor das hipóteses, a obra não começará dentro dos próximos quatro anos.
Jorge Pires, o pai da criança que em Abril desencadeou o escândalo sobre as condições do internamento pediátrico do HSJ, já compreendeu o que se passa (cf. aqui, aqui e aqui)
1 comentário:
Estão a sair noticias em catadupa. Não percebo como os jornalistas não perdem 20m a ler a história completa e não investigam tintim por tintim.
A revolução tem de partir de dentro do hospital.
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