Eu pretendo agora voltar, que a poeira já assentou, a um post que escrevi (este) logo depois da última sessão do meu julgamento - a quinta - que teve lugar no passado dia 4.
Nesse post eu descrevi o ambiente que prevalecia nas hostes da Acusação como sendo de alvoroço. Baseava-me, para isso, nos sinais que me tinham chegado nos dias anteriores à sessão, por mais do que uma via, e na própria sessão do julgamento.
No post eu apontava três factores para esse ambiente, e aqui pretendo concentrar-me no terceiro - o artigo do JN (aqui).
Este artigo, aos olhos de qualquer jurista, é devastador para a Acusação. E são dois os aspectos principais.
Primeiro, as indemnizações: Então a Cuatrecasas/Paulo Rangel exigem-me 100 mil euros de indemnização e depois já aceitam ficar-se pelos 5 mil? Não é sério.
Segundo, as licenças: Então, segundo a Cuatrecasas, as licenças são tão necessárias, e no documento final que vem a ser assinado (com a Cuatrecasas entretanto afastada do processo), já não são necessárias de todo e a obra recomeça sem elas? Que estranho.
Conclusão: Aquele documento visava impedir o avanço da obra e boicotá-la. E o processo judicial em curso (cf. aqui) serviria para abafar a situação, arruinando a credibilidade da Associação Joãozinho e do seu presidente.
O artigo do JN - o primeiro relato do processo judicial na comunicação social - é devastador para a Cuatrecasas/Paulo Rangel. E o que dizer do Ministério Público que subscreveu uma queixa-crime fútil e a transformou em acusação criminal?
Embaraçante.
Só resta uma saída para que a Cuatrecasas/Paulo Rangel e o Ministério Público possam salvar a face.
Que eu seja condenado, custe o que custar. Nem que seja numa indemnização de 50 euros ao Paulo Rangel e outro tanto à Cuatrecasas.
É isso que explica o alvoroço.
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