Num post anterior argumentei que uma verdadeira reforma da Justiça tem de tirar das Salas dos Tribunais os advogados-politiqueiros - advogados e sociedades de advogados publicamente conotados com o poder político ou com os partidos políticos.
E porquê, que mal há nisso - que mal existe em do lado da acusação ou da defesa estar um advogado ou uma sociedade de advogados publicamente conotada com um partido político?
É uma forma de pressão inaceitável sobre os juízes (e, antes deles, sobre os magistrados do Ministério Público que têm de decidir se dão ou não seguimento às acusações):
"Decide a nosso favor, ou então nós (entenda-se: o nosso Partido) damos-te cabo da carreira".
Se, em lugar de uma sociedade de advogados forem duas, se ambas se encontram do mesmo lado da barricada no Tribunal e pertencem ao mesmo Partido, e se, ainda por cima, este é o Partido que se encontra(va) no poder, então é uma forma de pressão absolutamente inaceitável da política sobre a Justiça.
Em relação à presença de advogados politiqueiros ou de sociedades de advogados politiqueiros nas Salas de Audiência do Tribunais só vejo uma solução que, numa verdadeira reforma da Justiça, possa imunizar a Justiça da influência da política: Rua!
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