É altura de fazer uma paragem para relatar aqui um episódio que ocorreu no Domingo.
Uma filha minha que vive na Grã-Bretanha telefonou-me para comentar um post que eu tinha escrito nesse dia - este. A razão é que ela gosta muito da Maria do Céu, cada vez que vem ao Porto vai ao cabeleireiro do senhor Alcino Lima e está com a Maria do Céu.
A Maria do Céu - a quem, às vezes, tratamos por Mary of the Sky - é uma figura da família. Ao falar com ela frequentemente ocorre que, de uma forma espontânea, a Maria do Céu tem uma frase que fica para sempre. E foram algumas dessas frases que estivemos a relembrar e também a comentar.
Perguntei-lhe pela tese e ela disse-me que só lhe faltavam dois capítulos, que acabaria até ao final de Setembro. Propus-lhe, então, uma competição:
-Já deves ter reparado que estou a escrever dois livros ao mesmo tempo... e para serem publicados ao mesmo tempo... Olha, acabo eu primeiro os meus dois livros do que tu acabas os dois capítulos da tua tese...
De maneira que, desde o último fim-de-semana, eu sinto-me sob grande pressão tanto mais que ela logo me sugeriu que, no caso de ser ela a ganhar, o prémio seria eu pagar-lhe uma viagem à Austrália.
Ela sofre bastante com a má-imprensa do pai e até já perdeu amigos por causa disso e aquele período que se seguiu ao meu comentário sobre as deputadas do BE no Porto Canal foi horrível para ela. Mais recentemente, tinha sido a Margarida Gomes do Público a sugerir que eu andava a traficar terrenos do Estado a propósito do Continente e do Joãozinho.
Eu aproveitei para lhe dar uma boa notícia.
Dias antes tinham-me mostrado no Facebook uma conversa na página de um tal Hélder Ferreira que falava muito bem de mim.
-Deve ser o único...,
atalhou ela logo.
Eu não frequento as redes sociais, e só escrevo no blogue - e mesmo aqui somente enquanto no Ministério Público se mantiver a política de que "os blogues é uma vergonha" e que essa política se possa exprimir "numa palavra só...é uma vergonha" - de maneira que li a conversa no telemóvel de outra pessoa, e não a posso reproduzir com exactidão. Mas fixei algumas partes.
Disse-lhe que o Hélder Ferreira do Facebook devia ser o mesmo que escreve para O Insurgente (por exemplo, aqui), mas não tinha a certeza.
De qualquer modo, daquilo que me tinha ficado, a parte que eu gostava mais era aquela em que o Hélder Ferreira, depois de explicar a um amigo quem eu era, e depois de remeter os amigos para a história do Joãozinho que eu estou aqui a contar no Portugal Contemporâneo, escrevia um longo parágrafo a tecer-me variadíssimos elogios, e que terminava assim:
"E que par de tomates que ele tem...".
Desta parte é que eu tinha gostado mais.
E se tínhamos começado a conversa a rir, foi à gargalhada que nos despedimos.
1 comentário:
professor, sinto-me mal por nunca ter reparado em mim.
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