Foi há cerca de sete anos. Uma das minhas filhas fazia 25 anos e a família restrita reuniu-se num jantar para celebrar.
Foi ela que tomou a iniciativa da conversa dizendo que na véspera tinha estado a jantar com um amigo.
Por curiosidade, perguntei:
-E quem pagou o jantar?
-Pagámos a meias...
-A meias!?...
Ela abriu os olhos com espanto e respondeu:
-Sim ... a meias...
Nessa altura, eu disse:
-Olha... esse rapaz pode ser muito teu amigo... mas não serve para teu marido...
O espanto dela era agora ainda maior.
Mas eu expliquei:
-É que para poder ser teu marido devia ter pago o jantar e ainda por cima agradecer a tua companhia...
Ela já sorria de incredulidade e os olhos abriam-se mais, à volta era o silêncio.
E eu perguntei-lhe:
-Já viste a tua mãe alguma vez pagar um jantar?
Ela nunca tinha visto.
(Mas de então para cá já aconteceu. Foi há cerca de dois anos, num dia em que me roubaram a carteira.)
13 comentários:
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Com o prazer de ler
Essa é a cultura da completa submissão do homem à mulher. Era o que mais faltava.
Que tristeza de pensamento. Como se a companhia da mulher valesse mais que a companhia do homem. Cultura de submissão.
Eu acho que o Pedro Arroja é demasiado progressista... e o Pedro Sá demasiado conservador. Senão vejamos.
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Um caso extremamente simples (e básico), um tipo vai ao restaurante com a rapariga e paga a conta. Porquê?
Diz o Pedro Sá: será preciso descer a esse nível para impressionar uma mulher? e porque não o contrário?
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Ora bem, um gajo tem que fazer pela vida para conquistar a rapariga que gosta e isso requer uma série de comportamentos idiotas, de facto.
Olha, eu, imagino-me, de tanga, na selva, a ir buscar e alombar uma Impala gordinha e já cortadinha aos pedaços, a suar como um porco e a minha Mary ali a atear o fogo e a apanhar maças e a tomar banho nas cascatas... epá, uma mulher para me impressionar só tem que fazer de conta que gosta muito de Impala, embora prefira Veado... com o tempo, certamente ficarei a saber que ela gosta realmente de Veado e menos de Impala…
Sempre Impala sempre Impala, olha que o marido da minha prima traz-lhe veados e gnus, isso sim é carne razoável.
Nessa altura arranjar-lhe-ei de imediato carne de Búfalo e convido o marido da prima.
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Portanto, o problema passa a estar, transitoriamente, no lado do marido da prima, que terá de se esforçar e caçar outras especialidades.
Até lá, ando feliz com a minha Jane e ela comigo certamente... eis que o outro, o marido da prima, se põe a fazer uma cabana em cima da falésia e com vista para a lagoa. Só pensas em caçar, olha a cabana da minha prima como vai ficar linda.
E um gajo tem que continuar a caçar e, agora, deve fazer de carpinteiro também.
E dirá o Pedro Sá, desculpa lá oh rb, mas isso é sempre a lógica de que o homem tem que impressionar a mulher a ser mais que os outros. Para além de que, isso, não é verdade, objectivamente. Será que custa assim tanto as partes aceitarem-se como são e portarem-se normalmente como pares iguais, e se, de facto, elas não gostam daquilo que realmente somos, não interessarão desde logo, não é?
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Pois, é este tipo de comportamento proactivo que nos leva ao desenvolvimento, enquanto sociedade ou tribo. Como um gajo não consegue ser caçador e carpinteiro ao mesmo tempo, surge a ideia das especializações. Mando o marido da prima fazer uma cabana e eu pago-lhe com Veados, que a moça dele gosta. Juntamos esforços e começamos, quiçá, a vender para outras aldeias vizinhas. Com o tempo e as raparigas bem alimentadas e bem tratadinhas vá, começa o objectivo de tudo isto: os filhos, as crias, os rebentos, os tormentos, as alegrias…
… e volta tudo ao mesmo.
Os filhos da minha prima tem uma tanga de pele de crocodilo e tu só sabes arranjar pele de boi.
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Pior, começam as próprias crias a dizer que os priminhos tem uns mocassins com sola de pata de elefante e eles com sola de casco de burro e que fazem demasiado barulho quando jogam às escondidas.
Pois, e então como resolves isso oh rb?
Fico fodido, aborrecido, claro, já não bastava um gajo ter que caçar búfalos, impalas e veados, fazer de carpinteiro e agora leva ainda com o trabalho de sapateiro especializado em solas de elefante.
Estás a ver, rb, é isso, estás a dar-me razão, dirá o Pedro Sá.
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O que quero dizer é simples, o esforço por agradar de quem se gosta é essencial para manter a chama das relações. Se não podes pagar a tal conta do restaurante, tens de te esforçares para o conseguir, ainda que não consigas. O búfalo, meu. dahh. O esforço é o que é importante e não propriamente o êxito. Da mesma forma que a contraparte deve ter a sensibilidade e percepção do esforço e evitar cenisses incomportáveis para o companheiro.
Pois, e se a contraparte não tiver essa sensibilidade rb?
É uma excelente porra.
Como?
Uma porra mesmo que nem o progressista do PA consegue resolver.
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Rb
Em suma, o progressismo do PA é assustador.
Em vez de dizer à filha que um namorado que não alombe com uma impala para o jantar não serve para marido, diz-lhe que qualquer um serve desde que tenha papel moeda nos bolsos.
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Não está certo. Homem que não alombe com o jantar no dorso e se satisfaça com meia dúzia de papel moeda nos bolsos não serve para marido das nossas filhas. Ter papel moeda não é coisa viril.
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Rb
lol lol
caganda açorda que para aqui vai... lol lol
Mas já agora vou deitar mais achas à fogueira.
À umas décadas li uma estudo/sondagem, anónima, que os americanos fizeram a mais de 100 mil mulheres.
Dois dos pontos que sobressaíram foram;
A - mais de metade, não me lembro bem mas entre 50 a 60% das americanas estava casada com o homem que lhes dava segurança material.
Isto é segundo Desmond Morris, autor do macaco nu, disponível na net, um instinto básico em funcionamento. A mulher procura condições materiais de segurança para a criação e melhor desenvolvimento possível da sua prol.
B - Dessa mais de metade, à volta de 65% (ou mais não me lembro), tinha filhos, não do homem com quem estavam casadas, mas daquele macho perfeito que lhe vai (segundo o seu ponto de vista) garantir uma prol saudável, forte, com as melhores capacidades de sobrevivência. Geneticamente perfeitas.
Os homens também não variam muito das mulheres neste instintos, embora estes, sejam muito mais pronunciados nas mulheres.
Ao contrário do que muitos homens pensam, são as mulheres que escolhem, são elas que se, deixam conquistar/seduzir, por um pavão de entre muitos outros.
Curioso também é o facto das mulheres, através dos movimentos feministas, financiados por individuos como o Rockefeler, que felizmente bateu as botas à dias, deixaram de educar os filhos, o futuro das nações, e os entregaram as mãos de crápulas.
Perderam um poder imenso. Deixaram também de controlar o homem e quiçá uma boa percentagem dos destinos do mundo, quando perderam a arte de se deixarem conquistar.
O homem já não diz orgulhosamente; finalmente conquistei a minha mulher. Tristemente apenas diz, olha paguei-lhe o café e tivemos o Manel...
Portanto o P. Arroja não deixa de ter alguma razão no que diz.
É interessante ver como muitas teorias feministas, machistas, etc, caem por terra quando confrontadas com estudos/sondagens mais sérias.
A corte por muito que queiramos continua a ser muito apreciada (conscientemente ou inconscientemente) pelas mulheres, até mesmo por muitas feministas. Desde que obviamente seja feita com honestidade, naturalidade, que seja uma atitude/comportamento normal por parte do homem.
O que as mulheres da modernidade já não aceitam, e bem, é a submissão ao marido devida pela falta de dinheiro.
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E isto é coisa relativamente recente. Começou lentamente no tempo dos meus avós. Era rara a mulher que auferia um salário pelo que dependiam do marido. Morrendo o homem a mulher e os filhos passavam grandes atribulações. A mulher mantinha o casamento mesmo que o marido fosse uma besta. Necessidade oblige.
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Hoje os cônjuges dependem um do outro. Já não depende um do outro.
Esta independência da mulher é positiva mas tem aspectos muito negativos. Para a sociedade. Por causa da natalidade. Mulher com carreira profissional exigente tem menos aptencia para engravidar.
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Ora, é neste capítulo que a coisa deve evoluir. A este nível os holandeses tem boas tradições. A mulher tem as profissões que quiser mas há um mundo de trabalhos a meio gás incrível que elas dispõem para engravidar e cuidar das crias.
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Eu tenho família e amigos na holanda e as mulheres que lá conheço trabalham a meio gás. A minha prima advogada que trabalha de manha. Recebem do estado uma pipa de massa para cuidar dos próprios filhos.
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Rb
Mais vale olhar para palavras e frases erradas do que para comentários reles, ordinários.
Não sei se é do corrector de palavras. Este post está minado.
Desde sempre a mulher tem escolhido quem será pai dos seus filhos porque quem os faz, criará e aturará será ela. E mais de metade do genoma de uma pessoa vem da sua mãe.
Até agora este post não padece de erros.
Todas as sociedades humanas com sucesso são matriarcados 'disfarçados', na clandestinidade.
Se não se ensina às raparigas como o fazer, as sociedades serão patriarcados tontos.
Ficamos a saber que o PA, como a provável totalidade dos convivas aqui, não é suficientemente pobre para não ter dinheiro nem suficientemente rico para não ter carteira.
;-)
Concordo Ricciardi, interdependência. Bom que a Holanda tente arranjar solução.
Tenho para mim que a minha felicidade, bem estar material, afectivo, etc, etc, não podem ter por base a infelicidade, o mal estar, o sofrimento dos outros.
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