06 março 2017

A Verdade

São cada vez mais os artigos de opinião que têm como tema a verdade. Se este interesse corresponder a uma tendência, é a democracia partidária que está em causa. E as ideologias também.

A Verdade era também um tema preferido de Salazar. Num discurso de 1929  escreveu assim: "Como a vida social, a política e a administração pública devem apoiar-se na verdade; por temperamento, por convicção, por imposição da consciência, defendo esta forma de dirigir a administrar".

Este discurso tinha o título "Política de Verdade. Política de Sacrifício. Política Nacional", numa associação entre a Verdade, a Comunidade (expressa na Nação) e o Dever (em lugar dos "direitos").

A democracia partidária é o governo por opinião, e os partidos exprimem correntes de opinião. Uma opinião é uma visão pessoal da realidade. Porém, quando as pessoas se desinteressarem de opiniões sobre a realidade e quiserem é saber a Verdade sobre ela - como pode estar a acontecer - os partidos entram em crise e, em última instância, passam de moda.

E as ideologias também, porque quer a ideologia socialista quer a liberal estão fundadas em opiniões, não na Verdade, embora cada uma delas contenha alguns elementos da Verdade. A ideologia socialista é fundada na opinião de que a forma de relacionamento principal entre as pessoas, ao longo da história, é a luta; a ideologia liberal, diz que é a competição. A verdade, porém, é que é a cooperação, seguida pela competição e só em último lugar pela oposição (luta).

Não resisto aqui a contar uma pequena história pessoal, precisamente na altura em que eu próprio me desinteressei de opiniões, incluindo as ideologias.

Tenho um amigo que sempre gostou muito de me ver em debates. Devo dizer que é só um  (ou poucos mais), e não uma multidão, caso em que eu já teria formado um partido ou, mais provavelmente, uma seita religiosa.

Para  tristeza dele, de há uns anos para cá eu decidi não participar mais em debates. E no último em que participei, ele deslocou-se propositadamente do Porto a Lisboa para me ver. Foi no Instituto de Defesa Nacional. E só aceitei porque, como disse ao Director do IDN que me convidou, o convite me era feito por um general, e eu o interpretava como uma ordem.

As coisas correram como o meu amigo  esperava. No final, já cá fora,  disse-lhe:

-JP... Este é que foi mesmo o último...

-Mas porquê...?

-Oh JP... É que eu já não tenho paciência para ouvir opiniões... Já não me interessam opiniões ... Agora só me interessam verdades...

Eu estava a entrar numa fase da minha vida em que o tempo que está pela frente começa a parecer curto de mais. E eu quero levar comigo um certo número de verdades - em primeiro lugar, acerca de mim próprio. Já não tenho mais tempo para ouvir opiniões. Se eu não aprendi nada de certo e verdadeiro até aqui, quando é que vou aprender? A partir de agora, só quero verdades. Opiniões já não me interessam.

Se isto aconteceu comigo - cansar-me de opiniões e agora passar o tempo à procura da Verdade - é muito natural que aconteça com outras pessoas. E os sinais que vêm dos EUA, e que agora vejo replicados em Portugal, apontam nessa direcção.

Aproveito para revelar uma Verdade que descobri recentemente e que me deixou muito feliz, embora seja lateral ao assunto que pretendo tratar. As aparências sugerem que um homem e uma mulher que vivem muito tempo juntos - num casamento ou noutro tipo de relação - ficam cada vez mais iguais um ao outro. Seria de esperar que o tempo e a convivência  tornassem as suas personalidades mais iguais. Mas não é assim. A Verdade é ao contrário. Uma longa convivência entre um homem e uma mulher torna-os cada vez mais diferentes.

É talvez por isso que os adeptos radicais da igualdade são contra o casamento -  o casamento não torna o homem e a mulher mais iguais, torna-os mais diferentes, torna o homem mais homem e a mulher mais mulher.

Se, no limite, toda a gente quiser saber da Verdade, e não mais de opiniões, evidentemente que o regime de democracia partidária fica falido, embora o que fique falido sejam os partidos e não necessariamente a democracia. É que a Verdade é só uma, ao contrário das opiniões que são plurais. A Verdade é una e indivisível, pelo que o regime político da Verdade não pode ter partidos. Se Salazar estava muito preocupado em governar com Verdade, então ele não podia admitir partidos.

Para governar pela Verdade, um regime de autoridade - uma autoridade que representa a Verdade - é inevitável. E na nossa tradição cristã, embora a Verdade esteja presente em todos os elementos da Criação, e em todas as  obras humanas,  ela encontra-se, em primeiro lugar, nas pessoas, sendo Cristo o exemplo paradigmático desta mesma Verdade.

Permaneça e seja aprofundado o interesse pela Verdade e nós caminhamos para regimes políticos de autoridade pessoal. Começo a ver sinais nos EUA. Nós imitaremos.

41 comentários:

Vivendi disse...

A verdade

"A verdade gera ódio, e tem poucos amigos."

Santo Agostinho

Monte Zephyrus disse...

A mim parece-me que nos paises catolicos as coisas so funcionam quando o poder de decisao esta nas maos de poucos. E esses poucos tem de ter certas caracteristicas de personalidade que os distinguem das massas.

Na Idade Media fez-se um pais apos a Reconquista, e tinhamos um modelo de pessoas de elite, Rei, ordens militares, nobreza, judeus, homens bons dos concelhos. O pais atingiu o auge com o rei Dom Dinis, que deixou obra publica da altura por todo o lado: castelos e muralhas defensivas.

Depois temos em Portugal o exemplo do Marques de Pombal. Acho o homem detestavel e lamento que tenha optado pelo modelo dos monopolios e nao do mercado livre, contudo era um homem que decidia e aplicava, doesse a quem doesse. Infelizmente em Portugal tinha de ser assim, pois nunca as elites estavam satisfeitas com nada, ja o dizia o Padre Antonio Vieira.

No Estado Novo tivemos exemplo identico, poder nas maos de poucos com certas caracteristicas comuns de personalidade. E a economia cresceu como nunca, o pais modernizou as infra-estruturas sem divida e comecou a resolver-se o problema do analfabetismo.

Entre os tres modelos qual prefiro? Obviamente o da Idade Media mas adaptado aos tempos correntes... os miguelistas ainda pensaram em algo do genero...

Pedro Sá disse...

A forma de relacionamento principal entre as pessoas, historicamente, é simplesmente borrifarem-se umas para as outras. Bem dizia Nietzsche que as pessoas estão demasiado preocupadas consigo próprias para que pudessem ser más.

Anónimo disse...

"A Verdade e como um penis, podes ter um e ter orgulho nele, ate podes mostra-lo em publico, mas nao mo metas pela goela abaixo." - Unknown Author

Elaites

Ricciardi disse...

"Para governar pela Verdade, um regime de autoridade - uma autoridade que representa a Verdade - é inevitável."
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Um regime de autoridade é menos provável que governe pela verdade. Pode até estar convencido de que representa a Verdade, mas não. Não representa, nem pode representar aquilo que se desconhece.
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Só é possível representar a verdade quem emana dela. Jesus e todos os profetas escolhidos. Salazares e Trumpes e Maos, e ainda Hitleres e outros autoritários representam a mentira. Qualquer bom mentiroso deve começar por tentar convencer de que são a Verdade, não sendo. Porém, só os verdadeiros se escusam responder o que é a Verdade. Como Cristo se recusou responder a pilatos.
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A Verdade não pode responder à mentira com mentiras. Mas a mentira responde com inverdades e palavreado difuso.
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Rb

Anónimo disse...

Seita religiosa?!

O PA teria fundado uma ordem religiosa católica. Algures entre os Jesuítas e a Opus Dei que seria sempre liderada por antigos chefes de família.

platonismo de pacotilha disse...

O Arroja está a transformar-se num platónico, fazendo tábua rasa dos 2500 anos da História da Filosofia. Porque essa oposição entre o mundo da verdade e o da opinião (e aparência) constitui o fundamental da teoria metafísica platónica, assim como essa idea de que devemos ser governados por reis-filósofos é parte essencial do regime político defendido por Platão.
Só que entretanto passaram-se 2500 anos e desde Platão muitas outras teorias políticas e metafísicas surgiram, e aquilo que para esse filósofo era a Verdade passou a ser uma entre outras opiniões (e que o próprio Aristóteles rejeitou). É que a verdade não é nenhum dogma intemporal, que é o que parece que o Arroja anda à procura. A verdade é temporal e indesligável do contexto histórico, cultural e linguístico em que se dá. Basta pensar que a frase "O Arroja é um fascista" só é verdade depois de definirmos o que é o fascismo e de dizermos quem é o Arroja e quais são as suas opiniões ou "verdades", ou seja, precisamos de contextualizar a afirmação.
Depois, a própria verdade da verdade é plural e por isso mesmo há várias concepções do que é a verdade: assim temos a concepção da verdade como correspondência entre o pensamento e a realidade, como o consenso, como a certeza, como o todo ou o processo, como desocultamento (aletheia), etc. Ou seja, aquilo que para o Arroja é a Verdade seria afinal apenas um aspecto parcial de um todo de que fazem parte outras concepções da verdade, e por isso mesmo não pode ser a Verdade.
Finalmente, a opinião do Arroja platónico é uma "verdade" contraditória, pois por um lado distingue as opiniões, como visões pessoais, da Verdade, mas por outro lado afirma que a Verdade encontra-se nas pessoas, e principalmente numa, o que quer dizer que opiniões e verdade afinal não se distinguem em nada, são ambas pessoais. Ao contrário do Arroja, o Platão não cometeu tal erro metafísico...

jcg disse...

O Presidente Trump fala verdade? É capaz de ser um mau exemplo.

Autoridade pessoal não é sinónimo de verdade, muito menos de Verdade, que, com maiúscula, só Jesus pode usar.

O presidente Trump tem autoridade? Tb, duvido. Poder, tem, certamente. Autoridade???? Suportada em fake news, comportamento marialvas, dinheiro?

|"O poder sem autoridade é iníquo". Esta frase, julgo que de Maritain, um filósofo personalista cristão, adapta-se bem a Trump.... pelo menos na minha opinião.

Ricciardi disse...

O que o PA provavelmente quererá dizer é que há certas pessoas, dotadas de boas qualidades (inteligência, cultura etc) que estão melhor preparadas para governar do que aquelas escolhidas pelas maiorias.
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Neste particular, em vez de avançar para um modelo papal invoca ou pessoaliza a tese numa pessoa:Salazar. Ora, o regime que eu penso que ele defende não se faz com pessoas específicas, mas sim com um modelo que escolha o 'príncipe'. No caso da igreja a maioria dos cardeais elege democraticamente o papa. Não é o papa que se auto elege. Também nao é a guarda Suíça que elege o papa. Se isso fosse assim seria um regime autoritário como o estado novo.
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Mas não é. É muito diferente. Só não é uma monarquia pela simples e singela razão de que não há descendência papal. :) Para contornar este obstáculo elegem-no entre pares.
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Rb

Ricciardi disse...

Sim, um comentador acima disse bem. A verdade (com v pequeno) não é imutável. Tem mesmo a ver com a cada momento da história. Com o desenvolvimento da ciência, tradições, cultura, hábitos, conhecimento etc.
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A Verdade (com V grande) será aquilo que é imutável independentemente da evolução das coisas. Eu não conheço muitas Verdades absolutas. E não há nada que me possam dizer para me convencer duma Verdade absoluta. Talvez seja por esta razão, por não ser demonstrável, que Cristo não respondeu à pergunta de Pilatos 'o que é a Verdade?'.
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A única resposta que Cristo podia dar seguiria a linha que Deus terá respondido a Abraão quando este lhe perguntou 'quem és Tu?'. Deus respondeu-lhe com a Verdade dizendo: 'eu sou'.
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Deus não pode responder cabalmente a alguém que não perceberia a resposta. Seria como explicar a um macaco como funciona a teoria da relatividade.
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Rb

jcg disse...

Jesus não respondeu à pergunta "o que é a verdade" porque a pergunta estava mal formulada.

A pergunta correcta seria: Quem é a Verdade? e, aí, ele poderia responder "Eu sou" (aliás, é a Verdade, o Caminho e a Vida).

Curiosamente foi morto.

Assim, a verdade não é um conceito mas uma vida e cada um de nós deve viver verdadeiramente. Para os cristãos é seguir o exemplo daquele que é Caminho, Verdade e Vida

O perigo dos governantes que se julgam donos da verdade é que geralmente matam em nome da verdade, e podem matar milhões como Hitler, Stalin, Mao tse tung

Anónimo disse...

Inquisição em Portugal 1/3
https://www.youtube.com/watch?v=oWGIobj24xY

Inquisição em Portugal 2/3
https://www.youtube.com/watch?v=YRn9pvHtrwU

Inquisição em Portugal 3/3
https://www.youtube.com/watch?v=KAQ7REo2060


Spanish Inquisition was 99% Myth. (BBC)
https://www.youtube.com/watch?v=qhlAqklH0do

Ricciardi disse...

Alguém nos comentários acima referiu que os apóstolos eram 12. Pois bem, nunca percebi bem o número já que Paulo só apareceu depois de Cristo morrer. Era até um carrasco de cristãos quando terá tido uma visao de Cristo instando-o a ser-Lhe fiel.
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Por essa razão, porque Paulo não existia como apóstolo, e só se revelou depois da morte de Cristo, não se percebe quando Lucas se refere aos 12 apóstolos presentes na última ceia. Paulo não podia estar lá porque só se converteu depois.
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Leonardo Da Vinci esgalhou bem a coisa quando pintou a Última Ceia. Nesse quadro aparece claramente a figura duma mulher. Diz-se que seria a Maria Madalena.
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E devia mesmo ser.
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Mas a igreja seleccionou os textos que mui bem entendeu criando uma pós verdade. Aliás há evangelhos posto de fora dos evangelhos aceites que referem claramente 19 apóstolos, entre esses 7 mulheres.
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Isto não tem importância alguma, para mim, enquanto cristão. Mas parece que tem para alguns. E até usam esse facto para não ordenar as mulheres.
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O que me leva a crer que o último cristão que conheço morreu há 2000 mil anos. Os que o têm usado são outra coisa qualquer.
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Rb

Ricciardi disse...

Podeis ver aqui. A figura ao lado esquerdo de Cristo é claramente uma mulher:

https://www.google.pt/search?q=última+ceia+de+leonardo+da+vinci&client=ms-unknown&prmd=ivmn&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjZpf6JxcfSAhWDUhQKHdzgD9EQ_AUIBygB#imgrc=lvDTf4gBD2vD5M:
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Rb

zazie disse...

Tosco.

Os apóstolos:

Marcos
Pedro
Tiago
João
André
Filipe
Bartolomeu
Tomé
Mateus
Tiago (outro)
Tadeu
Simão

(judas salta fora por ter traído)

Agora conta, ó marrano apalermado

zazie disse...

Imbecil- O Leonardo da Vinci também foi apóstolo para ser fonte ou és tão besta que desconheces as Santas mulheres que serviam a comida?

Ricciardi disse...

Hummm, não estás a par portanto. Há contradições insanavejs nos 4 evangelhos. Mateus inclui Judas (o traidor), já Lucas tira Judas e mete Matias. Depois há outro que tira os dois e mete Paulo.
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Paulo foi um apóstolo. Até escreve nos Ato dos Apóstolos. Esqueceste-te dele na listinha que tiraste.. duma seita protestante. O que tem alguma piada.
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Rb

Ricciardi disse...

Não conheço apóstolo Marcos. Conheço o Marcos discípulo dum apóstolo.
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A tua lista está errada.
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Rb

zazie disse...

A lista é minha, ó grande imbecil?

Querias Paulo na ùltima Ceia a que propósito?

Conheces as mais antigas representações do agapé cristão nas catacumbas?

Sabes o que incluiam? sabes o que era a "calda" e o symposium?

Não sabes corno. és um aldrabão que apenas inventa tretas para parecer estar todo à moda com os dogmas da escardalhada

zazie disse...

E sim,as amulheres apareciam nos bancos ao lado do oficiante. Mas isso nada tem a ver com serem "apóstolas" e irem pregar a coisa para o cu de judas.

Tem a ver com a tradição no cubiculum e na presença no tal agapê

Ricciardi disse...

Portanto, a lista dos apóstolos é tua. Nem Matias, nem Paulo e metes para ali apostolos que nak são apóstolos como o Marcos (este escreveu os evangelhos 70 anos depois de JC). Estamos conversados.
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Rb

zazie disse...

Catacumba de S. Marcelino

E outra

aqui com a mulher a trazer a calda para a "eucaristia do agape"

zazie disse...

és mongoloide?

zazie disse...

Onde é que Paulo aparece como apóstolo referido na última ceia, ó grande ignorante?

zazie disse...

Sabes o que significam os apóstolos?

Sabes qual foi a missão?

Sabes o que é o Pentecostes?

zazie disse...

E desde onde o facto de não ter enviado mulheres como mensageiras tal significa que não tenham existido mulheres viajantes em busca do local sagrado?

Sabes quem foram as primeiras?

Ricciardi disse...

A verdade e a igreja nem sempre andaram de maos dadas. Há muitas matérias que foram concertadas para formar uma história com coerência.
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“A fábula de Cristo é de tal modo lucrativa que seria loucura advertir os ignorantes de seu erro.” – Papa Leão X.
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Eu creio que o papa leão referia-se não a Jesus ser uma invenção, mas sim ao facto de, à volta Dele, se construírem fábulas.
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Rb

zazie disse...

A Eudocia, logo no séc V

https://en.wikipedia.org/wiki/Aelia_Eudocia

A abadesse Egéria, também no séc V

zazie disse...

mas que raio de história?

Tu és um ignorante que te ficas pelo Código Davinci

Tu não sabes nada nem tens interesse em saber. És um formatado que usa tudo para agit prop e cada vez mais monga.

Estás irreconhecível de há uns anos a esta parte.

zazie disse...

Todas as merdas que comentas tem de ser para fazer passar a mensagem mais imbecil que o partido manda.

A mensagem da escardalhada monga.

Até aqui tinhas de fazer passar um feminismo imbecil, contra a "hierarquia machista do Vaticano".

E bastava perguntar-te, ó grande fariseu hipócrita, se nos dias de hoje, deixavas a tua filha ir à aventura para o cu de judas a pregar uma cena qualquer totalmente desconhecida.

É que era isto que terias de achar normal fazer-se há mais de 2 mil anos.

zazie disse...

E estropias tudo. Foste buscar 19, a pensar em seguidores, quando o número dos seguidores (simbólico, ou o que quer que seja) foram 72.

Até tenho o post dos brasões do Paço de Sintra como exemplo.

aqui

Ricciardi disse...

Zazie, comecei exatamente por dizer aquilo que acusado de não ter dito: que seria normal há 2 mil anos não haver mulheres de entre os apóstolos escolhidos.
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Mas não fiquei por aí. Já há muito que se sabe que, mesmo sendo dificeis aqueles tempos para uma mulher andar por ali a acompanhar homens numa missão apostólica, há indícios suficientes para poder afirmar que só mesmo em título, ou na forma, é que as mulheres não acompanharam Cristo. Há evidências que demonstram que Júnia, Madalena fizeram parte da comitiva de Cristo. Isso não tem mal algum. Só traz luz e verdade.
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Assim, usar decisões de Cristo acerca da ordenação apostólica de homens para fazer valer a ideia de que as mulheres não devem ser ordenadas não faz sentido. Muito menos nos dias de hoje.
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Compreendo e aceito que as tradições não podem ser mudadas de supetao. Mas não aceito fundamentos baseados em falsidades históricas criados por motivações, sei lá, machistas.
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Rb

Ricciardi disse...

Até porque, repara, se se sustentar uma religião com base em ideias falsas, ainda por cima sem importância evangélica alguma, pode acontecer de no futuro se vir a provar que afinal haviam mulheres a acompanhar Cristo no apostolado e fazer cair uma religião por razões mesquinhas.
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O que me interessa não é propriamente aquilo que a igreja burilou ao longo dos séculos. O que interessa é a Palavra de Cristo e o exemplo. Pegar em minudências (sujeitas a correção futura) para criar desassossego e partir daí para teses machistas de exclusão do mulherio não me parece lá muito católico. É como recusar um cardeal preto pela razão de que Cristo não ordenou apóstolos pretos.
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Não faz sentido, compreendes?
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Rb

Ricciardi disse...

Não suporto beatices. E os novos cristãos (não confundir com cristãos novos) são muito afoitos a isso. Entram na cristandade e ficam histéricos e fundamentalistas. Fundamentalmente parciais.
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Defendem que o Deus a que se converteram deve entrar no discurso político, afastando a ideia de laicidade dum estado (que a igreja defende) e nem se apercebem que incorrem no mesmo erro que cometem países como o irao e demais países onde as autoridades religiosas se impõem ao livre culto. Como o irao e os ayatolas. Na prática querem ayatolizar o próprio país, não com Maomet como referência, mas sim com Cristo.
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Eu pensei que já estava ultrapassada a ideia de misturar Deus e pátria. Enganei-me.
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Ora, eu não me conformo com isso. A Deus o que é de Deus e a César o que é de César continua a ser a minha orientação. Não me oriento por chavões criados por governantes em modo de propaganda. Prefiro a ideia original, de Cristo.
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Rb

zazie disse...

O facto pelo qual não são ordenadas, nada tem a ver com retirarem pepel às mulheres na Igreja.

É uma questão simbólica por causa da eucaristia. Cristo era homem- o oficiante é o Vigário na terra (o que faz a ver de)

Não é por esse detalhe que as mulheres estão excluídas de fazerem mil e uma coisas na Igreja

Agora querem tudo e o seu contrário- tipo prot- pansexualismo na cama e vigária na Igreja, ainda bem que o Vaticano resiste à palhaçada

zazie disse...

Nunca a Pátria existiu sem estar subordinada à missão da Igreja.

De outro modo estás a defender o vale tudo pior e os princípios a justificarem os meios.

O jacobinismo conseguiu essa separação. Daí não vem que os governantes tenham de ser ateus para agradar aos ateus.
A Pátria - a nossa- tem uma história cristã- tal como toda a Europa e afirmar as nossas raízes é a única coisa a fazer quando as querem substituir por outras.

A Natureza tem horror ao vazio.

zazie disse...

Tu preferes é a agir prop de fariseu para vs. ganharem terreno. Sempre foi assim com marranos.

A ver se recomendas o mesmo para Israel que recomendas para Portugal

zazie disse...

Dizes-te cristão portguês mas tens vergonha da identidade nacional portuguesa e sua matriz cristã.

mas achas que Israel existe e tem de existir por estar escrito na Tora. Para cumprir um ditame fabuloso meramente religioso.

E aí não separas o que é de César do que é de Deus.

Ricciardi disse...

A tua costelinha de psicanalista a funcionar é uma delícia.
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Sim, Portugal foi construído num ambiente cristão. Ambiente esse comum a todos os países ditos ocidentais. A Igreja tinha influência forte sobre os reis e sobre o povo.
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Outros tempos, portanto. Mas deixou de ter. As coisas evoluem. A cultura e a educação evolui. A ciência também. A própria igreja foi se adaptando aos tempos. Nem sempre como devia mas, sim, foi-se adaptando à evolução.
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E deve prosseguir adaptando-se ao novos tempos. É assim a natureza das coisas.
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Não vejo mal algum nisso. Pelo contrário.
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Quanto a Israel. Não defendo a existência de Israel por qualquer desígnio do altíssimo escrito na bíblia. Nada disso. Os judeus tem apenas direito a viver na terra que sempre foi. A Judeia e Israel, dois territórios historicamente de judeus sucessivamente expulsos da própria terra.
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Isto não tem nada de religioso. É o que é.
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Rb

Anónimo disse...

"A Judeia e Israel, dois territórios historicamente de judeus sucessivamente expulsos da própria terra.
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Isto não tem nada de religioso."
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Nem de verdade lol lol...

Ricciardi disse...

O reino de Israel a norte e o reino Judah a sul do actual território de Israel (mais um bocado para a direita e sul, enfim) conquistados, salvo erro pelos Sírios no séc 7 ac e pela Babilônia no séc 5 AC. E depois reconquistado a outra vez, e perdido, e reconquistado e perdido até ao tempo dos romanos (era de Cristo) e depois pelos otomanos.....
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Rb