Um comentador observou apropriadamente acerca do meu texto anterior que ele poderia ter sido escrito por Lutero. Lutero também se insurgiu contra os intermediários - os padres, que são intermediários entre o homem e Deus.
Na realidade, o político moderno é a figura laica do pastor luterano que substituiu o padre católico, e o partido político moderno uma emanação da seita religiosa do protestantismo.
Porém, existem muitas diferenças entre o político moderno e os padre católico, mas eu só gostaria de me concentrar numa, que é a principal.
É fácil julgar um padre católico que, sendo uma imitação de Cristo, está sujeito aos critérios de Deus - a Verdade, o Bem, a Justiça, o Serviço aos outros, etc. E., na realidade, os reformadores luteranos, bem como os políticos modernos que lhes sucederam, foram implacáveis nesse julgamento.
Quanto ao político moderno, o seu julgamento está sujeito a que critérios?
Nenhuns. Não foi por acaso que uma das suas primeiras preocupações foi, e ainda é, tornar a política laica, tirar Deus da vida pública, para ele não ser julgado pelos critérios que aplica aos padres.
1 comentário:
Isto é um disparate tão grande que os políticos do século XVII rebolariam a rir a ler tal coisa.
É que para se chegar a esta conclusão é necessário aceitar aquilo que todos sabemos não ser verdade: a narrativa histórica de que era tudo a rezar e religião acima de tudo antes da Revolução Liberal de 1820. É necessário aceitar as mentiras da historiografia novecentista para que tal coisa se conclua.
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