24 junho 2016

Portugalexit

Quando alguém assume o comando de um navio, não chega definir regras e passar ordens de serviço. É necessário controlar a execução: é o chamado comando e controle. Sem controle, o naufrágio é quase certo.

Ora o que se passou na Europa foi que a UE assumiu o comando da economia, mas nunca controlou de forma adequada a execução das suas políticas. O clube do Euro, por exemplo, delegou no BCE as competências dos seus bancos centrais, mas a Comissão e o próprio BCE não controlaram as finanças dos países membros e permitiram o descalabro que levou à bancarrota dos PIGS.

Não que os PIGS não sejam os principais responsáveis pela sua situação, apenas que ficaram sem meios para resolver os problemas em que se meteram e as entidades que passaram a controlar esses meios foram grosseiramente negligentes.

E é assim que chegamos à situação actual. Para sairmos desta embrulhada temos pela frente mais 20 anos de estagnação e de divergência económica.

Que fazer?

O ideal seria adotar internamente todas as políticas necessárias e compatíveis com uma moeda forte. Já vimos, porém, nos últimos meses, que pela via democrática não iremos por aí.

A segunda via é a saída do Euro. Um choque brutal, mas cada vez mais a única saída que resta.

As políticas da geringonça, e o Brexit, levam-me a pensar que já não há alternativa a esta segunda via. Vamos ver.

74 comentários:

CCz disse...

Portugalexit = Venezuelainto

Anónimo disse...

Acho piada aos tugas que hoje se sentem ingleses. Sabem que o motivo principal pelo voto no Brexit foi a rejeição da imigração, e por inerência da livre circulação de pessoas na UE? Ora, os ingleses foram os maiores proponentes da redução do orçamento comunitário e do alargamento da UE a Leste. Foram muitos aquele que avisaram que sem transferências orçamentais do centro para a periferia iriam existir grandes migrações da periferia para o centro, porque a estagnação económica na periferia força os desempregados a migrar para as áreas onde existe emprego. Os ingleses apenas colheram aquilo que semearam mas, como de costume, culpam os outros, concretamente a UE.

Eu não tenho simpatia por países que, figurativamente, acham que nós somos bons para lhes limparmos a casa, mas não para nos sentarmos à mesa deles. Em tempo algum Portugal e a Europa do Sul podem aceitar que se tente refrear a livre circulação de pessoas. Se o Norte quiser restringi-la, também não pode haver livre circulação de mercadorias. Isto não pode ser só para alguns.

zazie disse...

Os ingleses deram uma grande lição. Não se acobardaram

zazie disse...

http://www.cocanha.com

Ricciardi disse...

Essa estoria da moeda forte é coisa incompreensível. Quão forte deve ser essa moeda?
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Qual é o racional para afirmar que o ideal é ter uma moeda forte?
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Pois eu, em verdade lhe digo, uma moeda não deve ser forte nem fraca. Deve ter uma cotação natural, que decorra das trocas com o exterior.
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No caso português deve ser claramente inferior ao euro.
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Rb

Anónimo disse...

Reparem que a Inglaterra (o reino unido) é a entidade com maior experiência política eficaz na Europa. Depois vem a Rússia.
Ainda não vos passou pela cabeça que isto são manobras inglesas para tramar França e Alemanha? Vejam a satisfação da Rússia.

«We are europeans but we are not continentals»

Zephyrus disse...

Deixo aqui umas notas.

Reparem que na Irlanda do Norte as zonas de maioria católica votaram fortemente a favor da UE e as zonas protestantes pela saída.

Existem indícios de que os católicos ingleses também votaram maioritariamente pela permanência.

E aqui entramos na teoria do Professor Arroja: os protestantes são sectários, são pela divisão...

E depois temos outra teoria do Professor que se comprova. Os ingleses são adolescentes eternos. Votaram irresponsavelmente por mil e uma razões menos sobre a UE. Tanto que agora estão arrependidos, é ler os jornais e ouvir as rádios de lá. Até há uma petição a rolar a caminho dos 3 milhões de assinaturas que pede outro referendo.

Zephyrus disse...

Fundadores da UE

França: maioria católica
Itália: católica
Bélgica: católica
Luxemburgo: católico
Alemanha Ocidental: maioria católica
Holanda: mistura mas maioria católica


Mas o Reino Unido é claramente um país de maioria protestante, como a Noruega ou a Suécia. Portanto agora tirem as vossas conclusões.

Há gente respeitável em Inglaterra que já vê isto como uma ruptura da Europa protestante com a católica, portanto não é paranóia minha.

Luis disse...

Fundadores da UE

França: maioria católica...e Governam os Judeus e Jacobinos !! os Católicos são perseguidos pelos sistema politico...
Itália: católica...Governam os Maçons...
Bélgica: católica...Governa o Islão...
Luxemburgo: católico...o Lexanburgo é Português!!
Alemanha Ocidental: maioria católica....na Alemanha governam os Turcos, os Otomanos tomaram conta de Berlim !!...
Holanda: mistura mas maioria católica....a perseguição aos Católicos no sistema politico é ja tradição neste país...
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Ricciardi disse...

Lisboa também votaria a favor da ue. O resto do país votaria num tugexit. As regiões mais beneficiadas pelos dinheiros europeus querem manter o status quo.
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Não tem nada a ver com culturas católicas e protestantes. Até porque os bifes são anglicanos, não são luteranos nem calvinistas e até é uma religião mais parecida com o catolicismo.
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Rb

Anónimo disse...

O anónimo das 10:10 esqueceu-se de pensar. Então agora, vamos "lixar" os ingleses, vamos proibir as importações de Inglaterra!
Não vês que se fizermos isso nós também somos prejudicados? A menos que cá o pessoal ande a comprar produtos / serviços aos ingleses porque eles são boas pessoas ...
Quando alguém compra é porque está a fazer um bom negócio, ou seja não tem melhor alternativa.

Rui SIlva

zazie disse...

Ò Birgolino: v. continua tolo como há 42 anos, quando foi à procura da Revolução na Avenida dos Aliados.

Atine, homem- isso de saída agora é o que mais querem os tarados dos neo-marxistas para nova Cuba na Europa.

Os ingleses têm capitalismo e high tech- nós temos apparatchiks num país pobre socialista

zazie disse...

Pronto; ok. Enganei-me. Peço desculpa.

Não foi na Av dos Aliados, foi na Avenida de Roma

":OP

Anónimo disse...

Tenho pena que a Zazie não esteja a sofrer na pele os efeitos do Brexit, para dizer outra vez que "os ingleses deram uma lição ao mundo".

É muito fácil estar de fora a rachar lenha. É muito fácil querer que sejam os outros a dar o corpo ao manifesto, para ver como é sair da UE. A tugalhada estúpida que rejubila com um referendo que trouxe à superfície o PIOR do Reino Unido, devia de levar com uma maralha de bifes marados nas fuças, para verem o que é que é bom para a tosse!

http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_06_28_758377013_portugueses-entre-estrangeiros-vitimas-de-ataques-racistas-apos-referendo

Rui Alves disse...

"Tanto que agora estão arrependidos, é ler os jornais e ouvir as rádios de lá. Até há uma petição a rolar a caminho dos 3 milhões de assinaturas que pede outro referendo."

Caro Zephyrus

Tem a certeza?

Among the more glaringly obvious indicators that the petition was a prank? The IP addresses for so-called signatories came from all over the globe, including Ghana, Vietnam, Uganda and Turkmenistan. In addition, between 40,000 to 50,000 "signatories" came from Vatican City, which has a population of about 800 and another roughly 30,000 signatories came from -- wait for it -- North Korea.

Como diria a minha filha mais velha: Que LOL!

Harry Lime disse...

Os ingleses deram uma grande lição. Não se acobardaram

zazie,

Bem, pelos vistos já arrependeram. Arrependeram-se no momento em que descobriram que os Brexiters eram uns aldrabões que lhes prometeram coisas que não podiam cumprir:

a) 350 milhoes da europa para o NHS, não há. (e já agora NHS, porque? Homens a sério, ingleses à antiga, não precisam de mariquices como essas)

b) a emigração, ponto central do debate do referendo, afinal fica na mesma... é o preço a pagar pela livre circulação de bens e serviços, não é? Money talks, bulshit walks como soi dizer-se...

São ridiculos, os ingleses e são ainda mais ridiculos os europeus que os levam a sério.

E a parte engraçada é que nem foram os "jacobinos", socialistas portugueses que causaram esta confusão. Foram, pelo contrário, os "sofisticados" conservadores ingleses. Nem do socialismo se podem queixar desta vez...

Rui Silva

PS. E já agora, zazie, o teu filho que trabalha em Londres? Ainda não lhe cortaram o fundo de pensão nem lhe sugeriram uma mudança para Frankfurt? Tenho amigos a quem já lhes fizeram isso...

Harry Lime disse...

Lisboa também votaria a favor da ue. O resto do país votaria num tugexit. As regiões mais beneficiadas pelos dinheiros europeus querem manter o status quo.

Rb,

Discordo desse ponto e não foi isso que aconteceu em Inglaterra. No UK foi nas zonas rurais (dependentes em absoluto dos subsidios europeus) que o Leave foi mais votado.

Nas grandes cidades cujos votantes, com maior nivel de qualificações, dependem menos da Europa o Remain foi maioritario.

Objectivamente, o Brexiters foram os que mais votaram contra os seus interesses.

E em Portugal aconteceria a mesma coisa. As classes medias educadas das cidades votariam, com maior ou menor relutancia, pela permenaencia. As classes baixas menos educadas de fora das cidades, votaria pela saida porque é mais vulneravel aos argumentos demgagicos dos BoJos cá do burgo.

Rui Silva

Harry Lime disse...

A saida da Europa faz sentido em ciscunstancias extremas. Os gregos por exemplo deveriam ter saido durante o Verão de 2015. Aquilo tornou-se insustentavel!

No entanto, ainda que a Europa seja um monstro disfuncional, para nações em circunstancias não extremas não faz muito sentido sair. Portugal nos ultimos 2 anos (desde que a UE levantou o pé na austeridade) deixou de estar nessas condições.

O UK ainda menos razões tem para sair. Eles até tiveram muita oportunidade de escolher o que queriam o que não queriam da Europa.

Agora, em relação à condições que a Europa põe, parecem-me justas. Imaginemos por momentos que eu sou produtor de iogurtes, parece-me justo que eu tenha de observar regras e padroes de qualidade europeus se quiser exportar iogurtes para a UE, não é?

É evidente que a nostalgia de um regresso a uma liberdade "à antiga" pode parecer sedutora para muitos ingleses mas a verdade é que antigamente o UK tinha um império para onde podia escoar a sua produção industrial e agricola

Hoje em dia, à falta da UE tem o que? A Australia? O Canada? A NZ? Os EUA, (que de resto nunca foram muito à bola com eles)?

Rui Silva

Anónimo disse...

"No UK foi nas zonas rurais (dependentes em absoluto dos subsidios europeus) que o Leave foi mais votado."

Porque nessas zonas eles não têm consciência do quanto beneficiam dos fundos europeus. Tinham todo o direito, mesmo assim, de querer sair da UE, se achassem que valia a pena. O que é lamentável é que o "Leave" conseguiu centrar a atenção das pessoas na contribuição que o UK faz à UE, e a campanha do "Remain" foi incapaz de chamar a atenção para o quanto o país recebe da UE, em particular as zonas mais pobres, como a Irlanda do Norte e o País de Gales. E esses subsídios ou vão ser cortados de vez, ou vão ter de ser pagos pelo Estado central, portanto a contribuição à UE que a Inglaterra "poupa" vai acabar por ser gasta de outras formas, mas para o NHS é que não vai de certeza.



"argumentos demgagicos dos BoJos cá do burgo."

O maior desperdício é que se o "Brexit" for mesmo avante (ainda tenho esperança que não vá...), isso vai levar ao poder gente que nunca na vida ganharia uma eleição geral. Ainda estão a ver se conseguem que a Teresa May vença as eleições do Partido Conservador, porque ela é o meio-termo que se arranja de momento. É muito eurocéptica, mas aceitou não fazer campanha pela saída da UE, em troca de lhe abrirem caminho para a liderança do partido no final da legislatura. Como tal, ela poderia estar disponível para governar num cenário de "Brexit", ao contrário de Cameron e Osborne, que querem dar de frosques o mais rápido possível. Estão a ver bem o que é governar neste cenário, a trabalheira que vai dar, e ainda por cima se corre mal?



"O UK ainda menos razões tem para sair. Eles até tiveram muita oportunidade de escolher o que queriam o que não queriam da Europa."

É evidente. Como é que possível o Cameron ser incapaz de chamar a atenção para as vantagens de estar na UE com os "opt-outs" que eles tinham e ainda reforçaram em Fevereiro?

zazie disse...

A escardalhada que vomita racismo e deu agora para defender a Bismerka, é a mesma escardalhada besta que, não tarda nada, está à ordens da esganiçada Catarina a defender também saída para criarem a boa da Cuba na Europa.

Isto nada incomoda qualquer imigrante que trabalhe- isto pode fazer mossa a curto prazo, na banca e a curto, médio e longo, nos "refugiados no Estado Social" e nos famosos "investigadores de bolsas e funcionários públicos do género inútil.

Façam marcha-atras- enfiem-se agora em St Pancras que vão reaparecer frescos que nem uma alface em Calais.

Se são gente tão importante e necessária ao cimo da terra, não há azar- têm muitos mais países para onde ir e oferecerem o v. préstimo de chulos estatais

zazie disse...

O meu filho trabalha em Londres mas já vive em Inglaterra à cerca de 20 anos, o que sobra para deixar o vício de chorar sobre leite derramado.

Como não pode alterar nada, vai aproveitar a situação.

Começa por pedir aumento de ordenado, porque agora fica mais barato à multinacional do que os colegas dele de NY e os clientes entram com dólars.

Se houver recessão, também já aprendeu como o marrano da cubata, que é outra oportunidade para fazer dinheiro.

De todo o modo, o meu filho não é nem besta, nem chulo estatal, e em qualquer parte do mundo tem saber para ser contratado e bem pago

É tuga de alma mas deixou de ser tuga de vícios de choradinhos porque nem tempo teve para os aprender por cá

zazie disse...

O v. problema é mesmo a cagufa e só saberem fazer contas à vidinha com medo que o monte mingue.

Porque já nem entendem que há outros valores mais altos do que andar às ordens de burro-cratas e nem sabem o que é desejar preservar a identidade, a paisagem e a Nação- com os autóctones primeiro e a tralha chunga parasita no fim.

zazie disse...

V.s são a classe média tuga parasita da cenoura estatal que deixou de tê-los no sítio e dá o cu e 5 tostões para manter privilegiozinhos de caca e benesses de merda por encosto estatal.

Mas se a maluka da catarina mandar, a ver se não embandeiram em arco por mais um PREC e mais uma Cuba na Europa- em parceria com toda a mongalhada neo-marxista.

E aí engolem os insultos que agora fazem aos ingleses porque vão repetir o que eles disseram com razão, sem ser o caso de a termos.

Portugal não eé Inglaterra- ficou uma merda menor que qualquer país do Leste. Safa-se indo à boleia do euro e da UE e com um governo que não seja esta imbecilidade de geringonça à la Venezuela (porque nem os espanhois querem merda idêntica- como se provou nas eleições)

zazie disse...

há cerca de 20 anos e outras erratas prováveis e vou indo que para este peditório de perder tempo com caca, já dei

Ricciardi disse...

Bom, Harry mas eu não acho que seria bom que Portugal saísse da ue. Defendo que saia da zona euro. Da ue não.
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Os votantes do Brexit são aqueles que operam na economia real. No sector primário e secundário de pequena e média dimensao.

Os votantes do remain são os que operam no sector terciário. Nos serviços financeiros etc.
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Os votantes pelo Brexit reclamavam liberdade na produção. Queriam poder vender maçãs com o calibre fora da norma europeia, digamos assim.
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Essa gente que opera na economia real não beneficia com a ue. A ue atrapalha a vida deles. E, portanto, parece-me natural que não gostem de se sujeitar às directivas de bruxelas.
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As multinacionais e serviços financeiros não queriam nada o Brexit, por isso em Londres ganhou o remain, que é uma cidade de trabalhos no sector terciário e sede das grandes organizações.
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Mas eu acho que Londres, com o brexit, vai ser a prazo um gigantesco centro (mais do que já é) onde alemães, franceses, portugueses etc ricos da burocrática ue irão parquear as fortunas.
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Rb

Ricciardi disse...

Isto penso que é a razão das maiorias. Porém pelo Brexit também estão aqueles que não têm propriamente interesse real na coisa mas que tem uma certa dose de orgulho, misturado com aquela ideia de nação independente que não quer ser comandada pelos alemães ou outros. Um orgulho mui inglês. A minha mãe é inglesa, embora tenha saído de Inglaterra muito cedo. E votaria pelo Brexit. Não tem motivo algum em especial à excepção de ter aquela ideia de que Inglaterra é maior se puder decidir todas as suas matérias, leis e acordos internacionais. Crêem que o império não acabou no século passado e que pode servir de alavanca para uma nova grandeza do país. Crê que a Inglaterra é maior fora do que dentro.
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E eu tb tendo a achar isso. Os ingleses tem relações especialíssimas com vários países o importantes, como o Canadá, a Austrália, os EUA, África do sul e vários de África, China (hongkong) etc.
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Rb

Ricciardi disse...

O governo português se for fino, deve começar já a negociar com os bifes formas de cooperação que permita aos bifes usar Portugal como plataforma para a europa. Se Portugal não o fizer, outro país fa-lo-à.
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Mas nao sei. Se fosse passos coelho o pm tenho a certeza que estaria sempre do lado da ue e seria cao de fila para castigar os ingleses. Com costa não tenho a certeza. Ainda não conheço bem o estilo. Mas tenho a impressão que é menino para fazer esse jogo e beneficiar Portugal com isso. Vamos ver.
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O presidente evo passos apressaram-se a repetir, como papagaios, que a inglaterra tem de sair depressa. Repetem o que ouviram dalguns lideres da ue. Curiosamente Merkel moderou.
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Rb

zazie disse...

Ora bem. Nada como um marrano para nestas questões de carcanhol perceber como a coisa funciona.

o meu mini-me disse logo o mesmo- a City vai continuar a ser a City; as rendas das casas vão até aumentar porque o que pode baixar é o valor de compra. A paisagem safa-se como não se vai safar a Europeia com as ordas terceiro-mundistas a serem instaladas e aquilo, a longo prazo ainda vai é ser disputado como um paraíso que sobrou da imbecilidade burocrata e dupla imbecilidade bismerkada a esquentador.

zazie disse...

Por cá, se não for o Passos Coelho é que isto já era e vai ficar para servir à mesa.

zazie disse...

Aliás, quem já andava a deslocalizar carcanhois para o terceiro-mundo e para o leste eram os da city porque os ordenados em libra ficavam muito caros.

Agora a coisa muda, ainda que os imbecis euro-cornos queiram aproveitar para sovar os ingleses pelo manguito que lhes fizeram.

zazie disse...

Os votantes do remain são os tercíários e o londistão.
Nunca esquecer.

A saída deve-se a toda a gente que trabalha saber e já não estar para aguentar sustentar mais "refugiado" porque imigrado sem esse privilégio maior já sobra.

Quem mais estava contra os ditos "refugiados de papel passado" eram os imigrantes trabalhadores que não tinham esse estatuto e sabiam que as ONGs é que andavam a importar aquele maralhal tão "refugiado" quanto eles que não aproveitaram esta onda.

O Brexit foi um não à destruição de Inglaterra- aos hospitais, às escolas, às cidades feitas de raiz para albergarem o 31 que a imbecil-mor da Bismerka arranjou.

zazie disse...

E sim- Portugal devia agora tirar partido da localização e da "velha aliança" para fazer precisamente o que o marrano da cubata diz.

Nestas coisas de ter faro, tenho de reconhecer que a penca lhes dá um faro de perdigueiro que mais ninguém tem.

zazie disse...

Há é muito imigrante normal a aproveitar para tirar agora cartão de residência fixa.

Um espanhol de um bar onde costumamos ir disse logo que era o que ia fazer porque quem pode ir fora são os parasitas de turbante que nada fazem e dão gasto a triplicar aos ingleses e aos próprios imigrantes que não são chulos.

zazie disse...

E a escardalhada do politicamente correcto já levou sova e vai levar ainda mais porque agora com Brexit não há desculpa para a palhaçada de que gostam.

Aposto no bacano do Boris de que sou fá há muitos anos.

Só falta o bronco do Trump ganhar para este mundo-às-avessas levar uma grande volta.

Há alturas na História em que até um bronco tem mais préstimo que tanto doutor da mula-russa em torre de marfim.

zazie disse...

Os ingleses só os conhecendo bem e historicamente é que se entendem.

Na prática não anda em indignações por nada. Não se ouve queixas e até parecem cornos-mansos.

Mas é só de aparência porque são cool e não gostam de proximidades de hostilidade com ninguém.

A snobeira permite-lhes estar sempre com o "cheese" na cara de pau.

Mas em havendo oportunidade de agir são hoolighans como mais ninguém. Com coragem como mais ninguém. Com aquele orgulho na sua terra; na sua paisagem; nos seus jardins, na sua rainha como mais ninguém e nem fazem contas à vida ou às consequências.

Agem. E não se arrependem. Porque é um agir onde tudo o que estava lá dentro silenciado, salta cá para fora e dá a resposta ao que não dizem em choradinhos nem em chauvinismos como os continentais ou do Sul.

Anónimo disse...

Conversa da TRETA!

É inconcebível que quem defendeu o Brexit esteja agora a fugir à responsabilidade. Não estamos a falar de uma coisa qualquer, trata-se de um assunto de Estado, goste-se ou não da UE.

Os ingleses são muito rápidos no seu processo político. Os governos tomam posse de um dia para o outro, por exemplo, mas o que verificámos desde sexta-feira é que os cabecilhas do Brexit no Partido Conservador (esqueçam o Farage, esse é o Marinho e Pinto da Inglaterra) estavam completamente impreparados para este cenário. Contassem ou não com o Brexit, e acredito que não contassem vencer o referendo, é inadmissível que não tenha havido de imediato uma liderança pronta para executar aquilo que andaram a defender para o país. Pelo contrário, foram pedir ao ainda primeiro-ministro que desinmerdasse o país.

A tugalhada estúpida que rejubila com este Brexit é tão estúpida que nem vê que a Inglaterra está a dar uma imagem terceiro-mundista ao mundo. A tugalhada esquece que o presidente dos EUA e os primeiros-ministros da Austrália e da Nova Zelândia apelaram aos britânicos para não saírem da UE. Deve ser porque estão a "apostar" muito no Commonwealth. A tugalhada não percebe que este não é um momento de triunfo para o Reino Unido, é um momento de crise política e constitucional; um período de humilhação nacional, precisamente porque o Brexit foi um "acidente", porque sistema político britânico não desejava este resultado, nem estava preparado para ele. E dificilmente será alguém da campanha do Brexit que vai acabar com a "criança" nos braços.

zazie disse...

Estes caralhos até perdem o nome e o nick com tanta coragem.

Foda-se para tanto imbecil vendido cá da Santa Terrinha.

Estamos em preliminares de PREC terceiro mundista e estes caralhos ainda acham que atrasados são os ingleses.

Nem os cubanos, pá. Nem os cubanos querem o que tu queres e que a geringonça apadrinha.

zazie disse...

E falam, falam, falam. Os conas-moles masturbam-se em análises e choradinhos e não fazem nada.

Puta que pariu estes frouxos que Abril produziu. Julgam-se gente e acham que Portugal agora é que é um grande Império muito importante que até pode mandar euros e eu EUs às urtigas porque o socialismo produziu estes grunhos que sem isso nem para cavar batatas tinham préstimo.

Estes é que são os nossos exit em direcção ao comunismo terreal, que nem para remain capitalista têm préstimo.

zazie disse...

Tu nem tuga és. Tu és um daqueles grunhos de educação para adultos que se não tivesse ido à escola sempre era capaz de ainda ter instinto.

Perderam a selvajaria para se tornarem animais domésticos e julgam-se doutores.

zazie disse...

Quanto à trampa de tugalhada de ONGs que foi insultada, só se perderam as que caíram no chão.

Esses cabrões trocava-os eu todos por gado.

zazie disse...

Estivesse lá e apanhasse pela frente esses merdas que andam a fabricar passaportes e nacionalidades aos cretinos dos chupistas e era bem pior.

Puta que pariu o politicamente correcto.

Sonsos e falsos que essa gente é toda muito melting-pot mas é de carro e à distância. Dançar e curtir com aquela malta toda em Notting Hil ou no Burgess Park sempre eu fiz e nunca por lá vi estes merdas de estufa e papel passado do "toda em toda a parte; as fronteiras matam".

Ninguém fez mais pela integração que o Boris em 8 anos de Mayor

Ricciardi disse...

Ahahahah

Anónimo disse...

Mas esta múmia pensa que é o quê? Tens coragem em quê, reaça? Pensas que por te armares em megera racista e homofóbica prestas para alguma coisa? És uma frustrada porque ninguém te passa cartão nenhum.

Vocês nem sabem o que querem. Estão muito revoltados, coitados. O que é que vos falta? Só se for trabalho nas unhas!

E Londres é tão grande que tanto com o comuna do Ken Livingstone como Mayor, como com o muçulmano agora, é e vai continuar a ser uma cidade-Estado, por isso vai bardamerda com o Boris.

zazie disse...

Os animais domésticos da educação para adultos só sabem vomitar umas palavras que nem papagaios

Cruac, Paco, Paco quer bolacha

Paco sabe dizer homofóbico, megera racista, maxista e velha múmia.

Paco quer bolacha"

É fácil treinar estas alimárias domésticas.

Ricciardi disse...

Acho magnífico que os bifes tenham tido a valentia de sair da ue. Principalmente depois duma campanha onde se explorou o medo à exaustao. Independentemente disso ser bom ou mau para eles, são eles que decidem o seu rumo. Não aceitam interferências externas.
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Não há nada mais purificador para a alma podermos decidir a nossa vida. E sim, nem tudo o que é importante tem a ver com economia ou vantagens económicas. Eu preferia ter menos dinheiro mas ser dono do meu nariz.
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Enfurecem-me planos de controlo e poder que o Schauble está prestes a anunciar como resposta ao Brexit. A ue vai passar a ter, no plano dele, poder de veto sobre os orçamentos nacionais. Não sei se isso até não seria bom para o país, mas sei que não gosto que tenham esse poder sobre nós. Nesse plano, os parlamentos seriam caseiros do senhorio, os governos uma espécie de administradores nomeados pelo senhorio, e o povo serviriam para disponibilizar tributo que utilizariam como bem entendessem.
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Rb

zazie disse...

E pá, dá cá um aperto de mão que nisso estamos de acordo.

Há coisas que não nos dizem respeito mas deviam ser respeitadas.

O risco é deles. Quem se sente mal que saia. Quem acha que está melhor por não ter coragem para fazer o mesmo, que se cale e tenha vergonha na cara.

É nestas alturas que se vê quem é gente com coluna e quem de tanto se dobrar já só sabe rastejar.

zazie disse...

O meu mini-me disse logo o mesmo.

Não podia votar mas, se calhar, o mais provável é ser prejudicado. Mas a terra é deles, não é dele e já aprendeu com eles a não fazer choradinho.

Disse logo que naquilo que não podemos alterar o que devemos saber é adaptar às circunstâncias e até tirar partido delas.

Ele não deve nada de nada de corno de nada na vida a ninguém. O que tem foi feito por ele sem um único conhecimento, sem uma única ajuda, sem uma única cunha. Foi para lá sem conhecer lá uma única pessoa.

Depois dos estudos inscreveu-se numa agência de emprego. Trabalha que se farta, não tem mordomias, nem sequer carro. Junta e investe.

Se perder alguma coisa, também já percebeu que mais que o lucro está a qualidade de vida.

Gosta daquela terra, participa na vida local para proteger jardins, para impedir construções de prédios marados que degradam o bairro mas que os cabrões escardalhos de Camden tanto gostam. Defende comércio local em abaixo assinados liderados pelo Michael Palin e até o Tesco foi travado de abrir loja no bairro por ser demasiado grande e estragar o ambiente.

A Direita lá é assim. Por cá a neotontice chama a isto esquerdismo e as alimárias papagaias chamam ser-se neo-nazi

Euro2cent disse...

> Perderam a selvajaria para se tornarem animais domésticos e julgam-se doutores.

Oh Zazie, olhe os sentimentos dos animais, caraças.

Ainda choram, e botam fotos da lágrima no Instachatos, e sai na TVI que foram agredidos e a culpa é do Brexit, e as pombinhas da Catrina (a pequena) esganiçam-se, e cai o Carmo e a Trindade.

Não queremos que isso aconteça.

Pronto, pronto, são todos doutores, vá lá, comam a palha que vos servem.

(Também sou apreciador do Boris. Qualquer gajo que saiba citar Virgilio, nomeadamente aquele bocadinho do "Parcere subiectis et debellare superbos", merece umas palmas.)

Anónimo disse...

A velha já se foi deitar? Bolas, só aquela matraca são dezenas de posts.

Ó múmia, se queres políticos com queda para a farra, escusas de ir mais longe. Temos cá o Santana, que também foi "Mayor", e depois fazia umas "partys" em São Bento.

Portugal anda sempre à frente dos outros, mas a Zazi e o Ricci ficam deslumbrados com a merda estrangeira, só porque pinta o cabelo de amarelo. Se os ingleses forem nessa "onda", problema deles. Já passámos por isso.

Unknown disse...

Alguém disse: "Sabem que o motivo principal pelo voto no Brexit foi a rejeição da imigração, e por inerência da livre circulação de pessoas na UE?" e porquê, chico.espertinho? O que aconteceu na Bélgica e os acontecimentos em França para não falar de No~Go~Zones e de guerra cultural promovida por "pessoas que livre circulam na UE" não chega para satisfazer o seu bichinho? O facto é que política inglesa é menos tolerante para com terroristas do que a política Europeia que é até criticada pelo director da europol. Para além disso, não é preciso haver livre circulação de pessoas para haver trocas comerciais.

Unknown disse...

O Farage é o Marinho Pinto da Inglaterra? ahahahahahah que idiota.

Ricciardi disse...

A imigração só se torna um problema se os governos nao puderem gerir fronteiras. A imigração pode ser coisa boa se houver controlo. O que acontece na ue é bizarro. Imigrantes entram num país e migram para outros. E isto não dá o devido controlo.
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Portanto, os bifes não são xenefobos, e até têm vindo a beneficiar da imigracao, mas querem poder controlar quem entra.
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Sem este controlo ficam nas mãos doutros países europeus.
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Na realidade Portugal por ex deu vistos gold a chineses criminosos. Esses chineses ficam com acesso ao espaço europeu, a qualquer país, quer ele queira quer não queira.
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Rb

Anónimo disse...

Querem ver que isto é tudo uma conspiração internacional para não respeitar a vontade do "povo" bife? Então o "povo" votou, devia estar votado!! Os tugas querem o Brexit, ponto!

Com as calças do meu pai, também eu era um grande Homem!

http://observador.pt/2016/06/29/eua-diz-que-ha-maneiras-de-evitar-que-o-reino-unido-saia-da-uniao-europeia/

Harry Lime disse...

O que eu achei mais interessante nos Brexiters é que um dos seus argumentos era o reforço dessa coisa socialista chamada NHS... E depois os Brexiters portugueses, liberais de direita, seguiram-nos.

aparentmente, o Serviço Nacional de Saude é bom para os ingleses mas não é bom para os portugueses... São assim os "conservadores" e os "homens de elite".

Rui Silva

Harry Lime disse...

Mas em havendo oportunidade de agir são hoolighans como mais ninguém. Com coragem como mais ninguém. Com aquele orgulho na sua terra; na sua paisagem; nos seus jardins, na sua rainha como mais ninguém e nem fazem contas à vida ou às consequências.

zazie,

Concordo inteiramente. Joguei rugby com eles. :-) .-)

Só não concordo que ter "cojones" sem o minimo de cabecinha gera precisamente isso: hooligans. Os problemas com o hooliganismo são dois:

a) levas sempre porrada de tipos mais fortes que tu (porque há sempre tipos mais duros e mais malucos que tu, veja-se o caso das batalhas campais entre russos e ingleses no Euro)

b) és sempre vencido por tipos mais espertos que tu (o que acontece sempre por definição)



E esse é o problema deles nesta historia do Brexit. Os Brexiters não entendem que se eles querem um minimo de integração economica com a Europa têm de fazer cedencias. O UK já não é grande imperio colonial que há 100 anos dava cartas ao Mundo e impunha condições a tudo e a todos.

Agora se os Brexiters quiserem viver sozinhos, estão à vontade. Mas ser um pais isolado de 50 milhoes num mundo dominado por blocos economicos de 300 milhoes de pessoas (os mais pequeninos...) deve ser doloroso.

Rui Silva

Pedro Sá disse...

Em bom rigor, a política da dita geringonça não veio alterar RIGOROSAMENTE NADA de entre o mais relevante.

Harry Lime disse...

Rb,

A saida do Euro faz sentido em situações extremas (a Grecia devia te-lo feito). Mas como é que se faz isso sem sair da UE? é que foi precismaente isso que o Schauble disse à Grecia: saem do Euro mas tambem saem da UE e perdem todos os privilegios inerentes.

Neste momento com a dinamica que está em curso na Europa (o degelo alemão e do BCE) já não se justifica para um pais como Portugal. As coisas vão acabar por acontecer (o QE do BCE, por exemplo, teve efeito nos juros das dividas) e outras medidas se hão-de seguir. É que o resultado do Brexit também foi uma wake-up call para a Europa.

Mas a alternativa será melhor? Não penso que o fosse para o Reino Unido da Inglaterra e do Pais de Gales, desconfio que o seria ainda mais para um pais como Portugal.

Rui Silva

PS. a melhor ou pior situação de Portugal não tem nada a ver com o governo Costa vs Passos. 90% da nossa economia é determinada em Bruxelas e Frankfurt, É assim há pelo menos 5 anos.

Ricciardi disse...

Por acaso eu penso que os outsiders no tal jogo de blocos económicos podem ter mais valias interessantes. É uma questão de saber posicionar-se e aproveitar uns e outros. Não faltam países não alinhados com os tais blocos e que vingam. Os bifes têm condições para o fazer como nenhum outro país. Não há país no mundo que tenha uma mão na China, um pé na índia, outro na África, uma irmandade com os EUA e, não menos importante, ter uma rainha que é monarca de países como o Canadá ou a Austrália (nova Zelândia também?).
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Ontem Marcelo foi a Marrocos. Marrocos tem uma relação especial com Portugal. A ver se a retomamos com este deal para a energia. Mas perdemos muito aquando da adesão à ue. Ou depois disso. Tínhamos acordos de pesca nos mares de Marrocos importantes que perdemos. Agora quem lá vai negociar pescas é uma tipinha qualquer da ue. O resultado não foi bom para os interesses nacionais.
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Os projectos energéticos com o Magreb foram todos cancelados porqur a ue decidiu apoiar os gasodutos que chegam à Alemanha e não os gasodutos que Portugal e Espanha congeminavam fazer a partir do Magreb.
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Agora parece haver possibilidade de ligar por cabo os dois continentes e poder exportar energia eléctrica. Sr a ue sabe disto vão querer meter o Bedelho.
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Rb

Ricciardi disse...

Quanto ao Euro. Não tem nada a ver sair da zona euro ou da ue. São coisas distintas. O alemão não propôs à Grécia sair da ue. Disse apenas que seria melhor sair da zona euro para ganhar mais robustez e regressar quando estiver preparada para uma moeda com aquelas regras todas.
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E teve razão. Continua a ter.

Os alemães que têm os maiores excedentes comerciais do mundo, se tivessem moeda própria teriam de usar os excedentes cambiais e investi-los nos países donde provém esses excedentes. Por uma questão prática. O que fariam os alemães com os escudos em reserva no seu banco central?
Aplica-los-iam no país origem dessas reservas. Ou eram forçados a importar produtos portugueses, usando as reservas cambiais, ou aplicariam essas reservas construindo fábricas em Portugal.

Não teriam outra solução para 'despachar' as reservas cambiais. Tendo o euro e não o marco não precisam de 'despachar' reservas cambiais. Exceto para países fora da zona euro.
Por isso não tem necesssriamente interesse em investir em Portugal (ou outro da zona euro) ou importar produtos portugueses senao na medida dos seus legítimos interesses.
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Por esta razão, o Investimento estrangeiro em Portugal vem decrescendo sistematicamente desde que aderimos ao Euro. O último grande investimento foi a autoeuropa e foi realizado antes da criação do Euro.
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Como a moeda é a mesma, não há reservas cambiais para despachar. Há apenas excedentes na mesma moeda. Em vez de usar esses excedentes nos diversos países para onde exporta, a Alemanha aplica-os comprando dívida pública. Ajuda não ao desenvolvimento do país, mas antes ao endividamento dos estados.
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É. Tenho a ideia que a melhor forma de desenvolver um país não é emprestando-lhe dinheiro, mas sim comprando-lhe mercadorias e serviços. Portanto, sô dona Merkel não envie mais dinheiros para Portugal. Nem fundos comunitários. Era uma grande favor que nos fazia. Compre-nos vinho do porto e venha cá passar férias. Ou como dizia Ernani Lopes: enquanto a Alemanha não aumentar a despesa, os países do sul jamais se levantarão.

zazie disse...

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=2k448JqQyj8

Harry Lime disse...

É. Tenho a ideia que a melhor forma de desenvolver um país não é emprestando-lhe dinheiro, mas sim comprando-lhe mercadorias e serviços. Portanto, sô dona Merkel não envie mais dinheiros para Portugal. Nem fundos comunitários. Era uma grande favor que nos fazia. Compre-nos vinho do porto e venha cá passar férias. Ou como dizia Ernani Lopes: enquanto a Alemanha não aumentar a despesa, os países do sul jamais se levantarão.

Sem duvida. O problema é que não tens nenhuma vantagem competitiva em relação a outros paises (tirando talvez o turismo, em que temos coisas de facto unicas ).

Os pequenos têm vantagens nos mercados globais fora dos grandes blocos se tiverem vantagens competitivas.

Falas na Australia e na Nova Zelandia e falas bem. Mas a Australia tem reservas minerais impares que nos ultimos anos exportaram à maluca para a China (e sim, a china está a arreefecer... vamos ver como é que a Australia se comporta).

A Nova Zelandia tem outra coisa interessante: a agricultura! Os tipos são a Arabia Saudita do leite!

Mas isso é devido a uma natureza particularmente generosa e a muita esperteza
(lê este artigo: http://crookedtimber.org/2015/03/22/the-world-is-squared-episode-6-midsummer-in-midwinter/ ). Mas mais uma vez, a depedencia dos grandes blocos (especialmente da China é critica). E convenhamos que em termos agricolas, Há muitos mercados cujo acesso lhes está condicionado em produtos criticos (carne de vaca, leite) porque não estão num bloco gigante.

É também verdade que se a NZ estivesse na Europa a sua agricultura estaria sempre condicionada pela presença de paises maiores como a França ou a Inglaterra.

E a NZ tem crescido muito... mas à custa da China. Vamos ver como se comporta agora que a China desacelelou.

O Canada é outro caso: cresceu muito nos ultimos anos devido à procura de petroleo. Infelizmente o petroleo canadiano é o que tem custos de produção mais altos, incompativel assim com um mundo inundado com petroleo barato saudita (como o actual). Mesmo assim, o Canada está no bloco NAFTA que lhe dá relações economicas de primeira classe com os EUA e o Mexico, mercado de mais de 300 milhoes (dá-lhes para exportar Maple Syrup que os americanos adoram meter nas panquecas ao pequeno almoço :-) :-) )

A minha conclusão é que os pequenos paises, mesmo os que têm vantagens competitivas, Têm muito a ganhar em estar em blocos grandes. Agora, concordo que há um discussão que tem de ser feita acerca do nivel de integração optimo que tem de ser discutido.

Rui Silva

Ricciardi disse...

Portugal também tem as suas vantagens competitivas. Não as aproveita bem, mas tem-nas. O relatório Porter identificou algumas na economia tradicional. Mas há agora outras na nova economia e para a qual temos bons engenheiros. Como nunca tivemos.
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Era preciso fazer um novo relatório a esse nível. Sector a sector. Onde se demonstrasse em que sectores e subsectores Portugal tem vantagens face aos demais. Naqueles que tem. E incentivar aí os investimentos.
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Eu começava por aqueles que substituem importações. Poder isentar de impostos investimentos em áreas de interesse competitivo por um determinado tempo. Será que podemos fazer isso ou a ue não deixa?
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Talvez não deixe, provavelmente apareceria a autoridade europeia para a concorrência a vetar a coisa.
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Rb

Harry Lime disse...

E é verdade que num mundo global, o UK ainda tem algumas industrias de classe mundial (os media ou financial services , por exemplo). Mas então e os outros: os produtores de lacticionios que não são t~eo eficientes como os da NZ, por exemplo. O que fazer com eles?

Numa sociedade, os fracos é que devem ser protegidos. E neste momento a melhor forma de os proteger não é expo-los aos eleemntos mas sim dar-lhes a protecção possivel através da integração num mercado maior.

E a verdade é que o UK integrado na UE até tem o melhor dos dois mundos:

a) tem acesso a um mercado gigantesco
b) tem liberdade para gerir a sua divida e o valor da sua moeda.

Queixa-se de quê, então? De meia duzia de emigrantes que lhes entram pela portas dentro?

Rui Silva

Ricciardi disse...

Eu não acho que Portugal tenha capacidade de vencer saindo da ue. Acho que os ingleses têm. Para vencer sozinho é preciso ter homens na governança fora de série. O último fora de série foi Salazar. Embora tenha cometido muitos erros políticos (principalmente na política um ultramarina) a verdade é que deliniou uma estratégia para o país. Estratégia essa que tinha as colónias como pilar. Partiu da realidade e potenciou-a. Ele não tinha outra realidade. Foi pragmático. Depois foi teimoso e deitou tudo a perder. Mas pronto, as mesmas pessoas não podem ficar tempo demais num cargo.
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Um novo Salazar partiria também da realidade que tem e potenciava-a. Não tem colónias, mas tem mercado nas ex-colonias. Não tem recursos naturais, mas tem uma posição geográfica perfeita para servir de plataforma para as mercadorias do novo supercanal do panamá.
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Rb

Ricciardi disse...

Os bifes são muito maiores do que o pib inglês. Estão espalhados pelos quatro cantos do mundo. Têm investimento na nova Zelândia, Austrália, índia, África etc. A nova Zelândia produz o q produz mas na volta são bifes à comandar esses negócios.
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Os ingleses são investidores à escala mundial. Nem aparece nas estatísticas porque ainda conservam os laços de dupla nacionalidade etc. Eu conheci um em angola que tinha investimentos no Zimbábue incríveis. Era bife, morava na África do sul e tinha herdades agrícolas no Zimbábue. Os bifes têm liberdade de circulação e investimento incrível. Ao contrário dos portugueses que nem nas ex-colonias podem entrar sem vistos difíceis de obter.
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Rb

Ricciardi disse...

Isto é uma caricatura, mas eu diria que o Inglês é a pessoa que empreende e leva a cabo o Investimento agrícola, o português vê a coisa e monta um café ali ao lado da exploração e faz projectos para uma padaria. O indiano constrói uma pensão. O alemão não sai da Alemanha. Contrata gentes locais e forma-od na Alemanha até eles serem alemães. Depois envia-os para vender produtos alemães a todas as partes. Os chinocas só lidam com negócios onde possam controlar os governos locais. Quando fecham acordo com os governantes locais enviam contentores de chineses para trabalhar.
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Há excepções, claro. Mas o normal é vermos portugueses a explorar cafes (Venezuela, brasil etc) e ingleses nos negócios principais.
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Rb

Harry Lime disse...

Os bifes são muito maiores do que o pib inglês. Estão espalhados pelos quatro cantos do mundo. Têm investimento na nova Zelândia, Austrália, índia, África etc. A nova Zelândia produz o q produz mas na volta são bifes à comandar esses negócios.

Tens razão que as grandes empresas de mineração e petroleos foram fundadas pelos ingleses no sec. XIX porque.. bem... os ingleses eram donos de meio mundo nesse tempo. E têm uma tradição muito forte nesses sectores. Mas hoje em dia, ou são locais (sim, foram nacionalizadas, no mundo arabe, por exemplo) ou então são consorcios globais baseados no estangeiro ( a BP por exemplo).

em termos de mineração, actualmente as maiores empresas são a Vale (brasileira) e uma serie de conglomerados australianos (que pertencem à Australia e não ao UK). Nos petroleos então nem se fala.

Na banca os ingleses são tão fortes como os americanos por uma razão simples: tomam conta de negocios que os americanos por alguma razão (politica normalmente) não podem fazer. O problema é que até agora a vantagem dos ingleses nos serviços financeiros é que têm esses clientes "manhosos" e proprocionam-lhes entrada num dos maiores marcados do Mundo (o europeu). No entatno, num futuro como o desejado pelos Brexiters esse acesso priviligeado ao mercado europeu vai deixar de existir...

Rui Silva

Harry Lime disse...

Uma nação pode viver fora dos grandes blocos economicos nas seguitnes condições:

a) é ela propria um bloco economico (exemplo:EUA, China)
b) for a melhor do mundo nalguma coisa e conseguir alimentar a sua população exclusivamente à conta disso (Arabia Saudita, por exemplo)

Fora disto é dificil. Portugal, por exemplo, é muito forte no turismo mas é possivel alimentar 10 milhoes à conta disso? Claro que não. Por isso vai haver uma larga percentagem da população que vai ter de sobreviver trabalhando em areas que não sobrevivem sem protecção. E neste momento a protecção que existe é a Europa, mas como, qualquer apreciador de filmes de mafiosos sabe, a protecção nunca sai de graça.

E é por isso que necessitamos da UE.

Rui Silva

Ricciardi disse...

"B) for a melhor do mundo nalguma coisa"
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Também não será necessário ser o melhor do mundo. O importante é melhorar o Valor dos produtos. E para acrescentar bom Valor é necessário muita educação/formacao em áreas chave. O Valor devem da investigação, da marca, da inovação etc e tem pouco a ver com recursos naturais. Tem a ver com recursos humanos.
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O brasil produz café, mas quem lucra com ele foi quem inventou as cápsulas.
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Dentro da nossa natural tradição de negocios temos muito por explorar, mas estou convencido que temos de importar gente estrangeira. O português ainda não tem competências para melhorar e acrescentar valor aos produtos. O queijo suíço é famoso. O português não é conhecido. Mas podia ser. O vinho do porto é produzido por ingleses. Se não fossem eles o vinho do porto não tinha a projecção que tem.
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A caça aos cérebros estrangeiros em determinadas áreas devia ser uma prioridade. Portugal precisa de muita imigração a este nível. Os gringos já andam na caça há décadas.
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Podiam começar por contratar profs de elite para as nossas universidades.
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Rb

Ricciardi disse...

... e caçar estudantes talentosos pagando-lhes os estudos se vierem para Portugal. São ninharias que resultam bem. Por osmose.
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Rb

Ricciardi disse...

Não é por falta de trabalho que Portugal não está à frente. Trabalhamos imenso. É por falta de cabeça e orientação estratégica.
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Os blocos económicos são úteis. Mas não deve passar disso mesmo. Livre circulação de mercadorias, pessoas e capitais. Mas a ue não é um simples espaço economico. Já foi. Agora é um espaço de regras e diretivas que castram a actividade. Pior, é uma espaço tendencialmebte não de onde os maiores submetem os menores. Se a ue voltar a ser a cee só tem a lucrar com isso.
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Rb

Harry Lime disse...

... e caçar estudantes talentosos pagando-lhes os estudos se vierem para Portugal. São ninharias que resultam bem. Por osmose.

Isso já acontece. Uma pessoa muito próxima de mim lidera um grupo de investigação no IST (a minha alma mater :-) ) que atrai estudantes de topo de todo o Mundo. Porque? Porque o próprio grupo é de topo mundial.

Este é o drama actual: para os que fazem trabalho de topo mundial a vida nunca foi tão boa... mas e para os outros? Por definição nem toda a gente pode estar no topo da pirâmide, não é?

Este voto do Brexit foi no fundo a revolta dos mediocres e por mais que nos esforcemos, os mediocres serão sempre muito mais que os muito bons.

Rui Silva

Ruslan disse...

Привет! Я Медведев Руслан.Я пишу блог http://medvedev-prime-minister.blogspot.com Возможно Вам понравятся мои заметки

Ruslan disse...

Привет! Я Медведев Руслан.Я пишу блог http://medvedev-prime-minister.blogspot.com Возможно Вам понравятся мои заметки