28 fevereiro 2016

Sobre o BE

Aquilo que choca é a fragilidade intelectual. Dá-se-lhes um abanão e aquilo vem tudo por ali abaixo.

A religião é o grande tabú num partido que é contra todos os tabús.

Mas aquilo que mais choca são as mulheres. É ver mulheres à frente de um partido que é profundamente anti-mulheres.

Se lá estivessem homens, ainda se compreenderia. É um partido que deprecia as mulheres, e os homens estão lá na direcção para assegurar que elas não têm voz.

Agora ter mulheres à frente de um partido profundamente machista é o máximo da incongruência.

São mulheres a depreciar as mulheres. São mulheres com as atitudes de homens machistas. Quando falam em público, procurando imitar a agressividade dos homens, a voz sai-lhes sempre, e inevitavelmente, mal colocada.

Este partido não vai viver muito tempo com mulheres à frente.

O episódio do cartaz pode ser fatal para as mulheres na direcção do partido, e para o próprio partido.

As mulheres não depreciam Deus e a religião. Os Voltaires deste mundo são todos homens.


PS. Quando me referi às Shrill Girls como sendo do BE,  fui demasiado restritivo. Na realidade, eu formei essa opinião sobretudo a partir de duas outras deputadas ao observá-las no Parlamento, uma dos Verdes e outra do PS.

8 comentários:

zazie disse...

Se calhar está é cada vez mais o mundo a viver com mulheres assim.

Euro2cent disse...

Bom, pelos menos já se converteram e começaram a distribuir santinhos, como se fazia na catequese.

Se calhar não deviam ter aberto a série logo com o "Big Kahuna", mas pronto, são entusiasmos de convertidos ...

(Nada contra, muitas vezes fazem excelente trabalho, como S.Paulo e Chesterton, talvez um pouco "over the top", mas alguém tem de se chegar à frente.)

Anónimo disse...


A fragilidade intelectual é uma coisa complexa.
Falei da minha mulher e do argumento sobre a morte assistida.

Racionalmente eu tenho razão mas ela não aceita essa argumento.

D. Costa

Anónimo disse...


O Professor Arroja, tal como eu, é uma pessoa objectiva e racional.

Se eu tivesse uma doença terminal seria fácil resolver problema:
Bastava conduzir até uma ponte e suicidar-me. Ou em alternativa atirar-me para baixo de um comboio.
Ponto final.
Não preciso da opinião da minha mulher (nem da sogra...).

Mas o problema é um pouco mais complexo.


D.Costa

Anónimo disse...


Sabemos que o Professor Arroja foi a Fátima por razões familiares.
Mas nunca saberemos se essa caminhada valeu a pena. Nem nós nem o PA.
É essa questão que nos tormenta como seres humanos.

Os problemas que todos vêem são fáceis de resolver.
Os mais complexos dos problemas são aqueles que ninguém consegue ver.

D.Costa


Anónimo disse...


Em termos teológicos já sabemos que o PA é contra a pena de morte.
Daí a minha maldade numa pergunta anterior: é, ou não, contra a pena de morte?
Foi apenas uma pequena armadilha...
Não deu efeito...


Dostoyevsky, um místico ateu (tal como eu e o PA), deu uma resposta brilhante e problemática.

Imaginemos um criminoso.
Alguém, por exemplo, que assassinou a mulher no impulso de uma discussão.
Após um julgamento (legal e justo) esse assassino será condenado à morte.

Aqui, segundo Dostoyevsky, põe-se um problema.
O assassino irá sofrer mais que a vítima. Não há verdadeiramente justiça.
Porquê?

Simples, ainda segundo Dostoyevsky:
O crime foi impulsivo a condenação premeditada.

D. Costa











Anónimo disse...

O gozar com os tabús, foi uma lança em áfrica

Anónimo disse...

Claro que não há "pensadoras" na História. Esta ideia é excelente para um requiem dum partido.