Então mas eu sempre (e com "sempre" quero dizer nos meus 44 anos de vida) ouvi dizer "Senhoras e Senhores", "Portuguesas e Portugueses"... Não percebo agora a controversia. E acho mesmo que o artigo do MEC é um bocado estupido (o MEC alias é um bocado estupido).
Falar em "portuguesas e portugueses" é um pouco como abrir a porta às senhoras: é uma dessas tradições "antigas" que a direita passa o tempo a dizer que já não se usam.
Mas pronto, isto só confirma a minha ideia de que a direita não passa de um bando de "closet talibans". A direita, no fundo, acha que as mulheres são cidadãos de segunda que só servem para lavar a roupa, tratar dos putos e levar porrada quando o Benfica perde.
Pelo rumo das conversas, e tendo em conta a velha tara de imitar tudo o que vem da Alemanha e do Norte da Europa, ainda se vão lembrar de introduzir na língua portuguesa o género neutro, como naquelas línguas. Assim resolviam o problema, não era? Por exemplo, haveria portugueses, portuguesas, e um género neutro, com uma nova terminação. Talvez o "u", por exemplo. Assim, em vez de "portugueses" (machista), ou "portugueses e portuguesas" (complicado), bastava dirigir-se à nação dizendo "portuguesus". Elegante!
PS: É melhor ficar por aqui e não dar ideias. Já bastou o Aborto Ortográfico.
alias, alem de "closet talibans" esta direita inteligente é uma carneirada.
É que o MEC pelo menos é original. Mas depois há estes "inteligentes" que se limitam a repetir as ideias pisadas e repisadas há 20 anos pelo MEC, pelo VPV ou mesmo pelo Paulinho das Feiras (no tempo em que era um gajo porreiro que escrevia nos jornais).
(tenho problemas em considerar um VPV como um gajo de direita, o Paulinho e o MEC são de direita mas são porreiros... e depois temos estes jovens imitadores que liam o Indy quando tinham 15 anos e pensam que são gente.)
Também concordo que o duplo tratamento sempre foi a regra. Mas houve pelo menos uma excepção que ainda hoje me traz boas recordações. O famoso "Põrtuguêses!" (os acentos são intencionais) do antigo presidente Ramalho Eanes, que mereceu rábulas sem fim da Ivone Silva e do Camilo de Oliveira.
6 comentários:
Então mas eu sempre (e com "sempre" quero dizer nos meus 44 anos de vida) ouvi dizer "Senhoras e Senhores", "Portuguesas e Portugueses"... Não percebo agora a controversia. E acho mesmo que o artigo do MEC é um bocado estupido (o MEC alias é um bocado estupido).
Falar em "portuguesas e portugueses" é um pouco como abrir a porta às senhoras: é uma dessas tradições "antigas" que a direita passa o tempo a dizer que já não se usam.
Mas pronto, isto só confirma a minha ideia de que a direita não passa de um bando de "closet talibans". A direita, no fundo, acha que as mulheres são cidadãos de segunda que só servem para lavar a roupa, tratar dos putos e levar porrada quando o Benfica perde.
Rui Silva
Pelo rumo das conversas, e tendo em conta a velha tara de imitar tudo o que vem da Alemanha e do Norte da Europa, ainda se vão lembrar de introduzir na língua portuguesa o género neutro, como naquelas línguas. Assim resolviam o problema, não era? Por exemplo, haveria portugueses, portuguesas, e um género neutro, com uma nova terminação. Talvez o "u", por exemplo. Assim, em vez de "portugueses" (machista), ou "portugueses e portuguesas" (complicado), bastava dirigir-se à nação dizendo "portuguesus". Elegante!
PS: É melhor ficar por aqui e não dar ideias. Já bastou o Aborto Ortográfico.
alias, alem de "closet talibans" esta direita inteligente é uma carneirada.
É que o MEC pelo menos é original. Mas depois há estes "inteligentes" que se limitam a repetir as ideias pisadas e repisadas há 20 anos pelo MEC, pelo VPV ou mesmo pelo Paulinho das Feiras (no tempo em que era um gajo porreiro que escrevia nos jornais).
(tenho problemas em considerar um VPV como um gajo de direita, o Paulinho e o MEC são de direita mas são porreiros... e depois temos estes jovens imitadores que liam o Indy quando tinham 15 anos e pensam que são gente.)
Rui Silva
Rui Silva
Também concordo que o duplo tratamento sempre foi a regra. Mas houve pelo menos uma excepção que ainda hoje me traz boas recordações. O famoso "Põrtuguêses!" (os acentos são intencionais) do antigo presidente Ramalho Eanes, que mereceu rábulas sem fim da Ivone Silva e do Camilo de Oliveira.
Depende sempre do tipo de miúdas que queremos engatar. Como qualquer vendedor ou marketeer sabe.
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