Quando era interno de cirurgia em Nova Iorque,
há uns anitos atrás, um colega meu chinês confidenciou-me:
- Joaquim, estou a pensar abandonar a medicina
e abrir um restaurante chinês.
- “Seriously?”- inquiri.
- Sim, sabes, nós tratamos os doentes, eles
pagam-nos, mas saem aborrecidos. Se lhes amputares uma perna é natural que não
fiquem contentes. O cliente que vai a um restaurante é atendido, paga e sai
contente.
Sorri e concordei.
Se me permitem uma extrapolação, a coligação
segurou o País num momento difícil, mas os portugueses não se sentem
agradecidos, nem estão contentes. Foi como se lhes tivessem retirado um órgão,
para lhes salvar a vida. Mesmo sem julgar o trabalho que foi desenvolvido, é
evidente que há uma ambivalência nefasta, na população, contra o Sr. Passos e o
Sr. Portas.
Estes cirurgiões da mula russa têm de se afastar, para
serem substituídos por chefes de categoria, que nos possam servir pratos mais
apetecíveis.
2 comentários:
Quem devia afastar-se e desaparecer literalmente de cena, eram os infecciosos que espalham doenças que nem pragas na sociedade.
Se o Birgolino percebesse alguma coisa de medicina, para além de "cosmética de lazer" sabia que quando existe uma praga infecciosa numa sociedade, a primeira coisa a fazer é procurar isolar o fulcro de onde emana.
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