Os pobres são “feios,
porcos e maus”? Toda a minha vida recusei conotar a pobreza com quaisquer
deficiências físicas ou de carácter. E, inclusivamente, sempre recusei associar
a pobreza à criminalidade.
Quando a
esquerdalhada argumenta, por exemplo, que a austeridade está relacionada com um
aumento de roubos, protesto. ‹‹Os pobres não são ladrões››, argumento, isto é,
não são mais ladrões do que os ricos.
A vida, porém, tem a
mania de nos demonstrar na prática aquilo que tantas vezes recusamos em teoria
e por via racional.
Há anos que eu sabia
que há muito mais doenças mentais entre os pobres do que entre os ricos. Este
facto tem uma explicação científica, os doentes mentais são incapazes de gerir
as suas vidas e lenta, mas inexoravelmente, caem na pobreza. Estado em que,
depois, passam os seus genes à prole, muitas vezes cruzando-se com outros
deficientes mentais.
Ora, um fenómeno
parecido pode ocorrer com o grupo das pessoas que por razões físicas ou
comportamentais – os tais “feios, porcos e maus” – têm dificuldade em
integrar-se na sociedade, em ser produtivos e úteis aos seus semelhantes.
Estas pessoas caem na
pobreza, reproduzem-se na pobreza, educam-se na pobreza e, meus amigos, fazem
com que sejam muito mais numerosas entre os pobres. Tal e qual como nas doenças
mentais.
Não é justo etiquetar
todos os pobres como deficientes físicos ou mentais, claro está. Não nos
devemos espantar, porém, que entre os pobres encontremos muito mais pessoas que não têm as características e as ferramentas sociais necessárias para ultrapassar o seu estado de pobreza.
É a vida! Mais uma razão, penso eu, para exercermos a caridade cristã.
6 comentários:
> Há anos que eu sabia que há muito mais doenças mentais entre os pobres do que entre os ricos.
Eu informava-me melhor antes de debitar coisas destas. A sério.
> Mais uma razão, penso eu, para exercermos a caridade cristã.
Eu acho bem, mas temo que a camarada Ayn Rand não veja a coisa com bons olhos.
Não é que ela batesse bem da bola.
Sim, de facto. Os pobres não são ladrões.
Ladrões são os ricos: só o que a malta do BPN e do BES roubou ultrpassa largmante em volume todos os pequeninos furtos que a malta da barracas tem de fazer para dar de comer aos filhos
Rui Silva
Eu vejo a coisa doutro modo. Os motivos q levam um pobre a roubar nao sao os mesmos q levam um rico a fazê-lo.
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O pobre pode roubar por mera sobrevivência. O rico pode roubar por mera ganância.
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A questão não está na quantidade de ladrões ricos e pobres. Está na natureza da coisa (qualidade).
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Roubar para a sobrevivência é resposta para debelar um sintoma físico, a fome. Roubar por ganância é resposta para um sintoma mental, o poder.
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E não devem ser tratados de igual forma. Nem toda a gente tem necessidade em roubar para ter mais poder, mas há certamente 100% das pessoas q são capazes de roubar para sobreviver (a si ou a família).
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Rb
De acordo, Ricciardi. Essa era uma das razões, entre outras, pelas quais em muitas sociedades da antiguidade havia mais tolerância ao delito comum do que ao crime económico. Não raras vezes este último levava com a pena capital.
não percebi onde quer chegar , sério.
isso da doença mental aqui não pinta nada.
ps psiquiatras estão cheios de clientes das barracas ? os pobres engolem ansioliticos as colheres ? grande novidade , achava eu que os pobres não eram dados às doenças mentais do século , a depressão e a primas ansiedade e doença bipolar...
a esquizofrenia toca a todos , ricos e pobres ; mongolismo e outras deficiências idem ; os chic border line são quase todos da alta ... de que doenças mentais fala ?
se calhar como os ricos escondem os seus doentes nas clínicas , colégios e spas o Joaquim acha que há classes na doença :)
Marina, ainda não entendeu? Só os pobres são malucos porque aos ricos chama-se excêntricos. :-))
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