...
Questionados pelo Observador, os comunistas responderam que Portugal, “no respeito pela sua Constituição e pela Carta das Nações Unidas, deve-se resolutamente desvincular e condenar quaisquer aventuras belicistas”. Para os comunistas, o combate aos grupos terroristas que “assolam as populações da Síria e Iraque exige o fim do apoio político, financeiro e militar com que estes contam por parte dos EUA e seus aliados”, rejeitando prontamente “novas agressões que atentam contra a soberania, independência nacional e integridade territorial destes Estados [Iraque e Síria]”.
Já no sábado, no rescaldo do massacre de Paris, o PCP tinha sido rápido a esclarecer, em comunicado, que era frontalmente contra o “incremento da escalada de ingerência e de guerra”, já que a resposta do ocidente pela via militar apenas tem feito crescer as “forças racistas, xenófobas e fascistas”. “A resposta ao terrorismo passa necessariamente pelo combate às suas mais profundas causas – políticas, económicas e sociais – e pela defesa e afirmação dos valores da liberdade, da democracia, da soberania e independência dos Estados”, escrevia o PCP. Ou seja, sem qualquer intervenção militar no estrangeiro.
Também o Bloco de Esquerda recusou que a “solução” para o terrorismo passe pela “violência” e pela via militar. Contactado pelo Observador, o BE remeteu qualquer esclarecimento sobre a posição do partido para as declarações feitas este fim de semana pelos dirigentes bloquistas que estavam em Paris. Falando aos jornalistas no domingo depois de prestar homenagem às vítimas, o líder parlamentar bloquista defendeu que a “resposta ao terror” deve ser “forte, veemente, mas dentro do quadro da democracia”. Ou seja, sem violência e sem ação militar de contra-ataque.
Comentário: Como é que um governo do PS, com o apoio do PCP e do BE, pode cumprir com as suas obrigações, no âmbito da UE e da Nato?
27 comentários:
O mais grave nem é não cumprir com as obrigações para com a NATO ou a OU, é não defenderem os interesses de PORTUGAL! Suponhamos que a ameaça do DAECH chega a Argélia ou a Marrocos. Isso não é de todo impossível, caso este "Estado" não seja travado atempadamente, ou seja, JÁ. Nessa altura que alternativa tem Portugal senão intervir, dentro das suas possibilidades, quando estará em causa a sua segurança, a sua existência?
Abdicar das obrigações perante a NATO e a UE faz parte dos acordos assinados entre os 3?
Como não faz, o que vai acontecer é que quando o PS apresentar no parlamento propostas no sentido de apoiar a NATO, o BE e a CDU vão votar contra, o PS a favor e o PaF também a favor. Alternativamnte quando o BE ou a CDU apresentarem propostas no sentido de condenar a NATO, o PS e o PaF vão votar contra.
E muito mais importante, o Governo não vai cair por causa disso.
Será dificil para as criaturas sofisticadas da direita entenderem isto?
Rui Silva
Quando o EI chegar a marrocos e comecar a invadir o All-garve, nos enviamos comunistas e bloquistas para a frente de batalha.
Mas desarmados, nao vao eles magoar algum terroristazinho... coitadinho.
Não vejo contradição nenhuma: nem a UE nem a NATO participam, enquanto tais, nos bombardeamentos da Síria e do Iraque. Não há qualquer obrigação dos membros da UE e/ou da NATO participarem nesses bombardeamentos.
"Quando o EI chegar a marrocos e comecar a invadir o All-garve, nos enviamos comunistas e bloquistas para a frente de batalha."
Nem mais. Por mim, o DAECH podia acertar na esquerdalhada à vontade. Estão muito bem uns para os outros.
Não é por aí. O BE e o PCP estão de tal modo desesperados que engolem isso de boa vontade para salvar o que resta do Estado Social.
"Como não faz, o que vai acontecer é que quando o PS apresentar no parlamento propostas no sentido de apoiar a NATO, o BE e a CDU vão votar contra, o PS a favor e o PaF também a favor. "
Caro Rui Silva
Afinal, que trampa de "acordo à esquerda" é esse onde os partidos do "acordo" votam contra, e os partidos da oposição votam a favor, precisamente num assunto de política externa e segurança nacional?
Então reconhece que não há acordo de governo algum nem qualquer coligação (chamemos assim) por parte da esquerda. Temos apenas o segundo partido mais votado a governar, e os outros, inclusive a coligação mais votada, na oposição. Se for assim , então só houve acordo entre eles numa coisa, foi para boicotar a força partidária legitimamente eleita.
Muit bem Rui Alves! Muitíssimo bem respondido! É com o apoio parlamentar da PAF que o Costa, no fundo, está a contar. Pode ser que se engane e se estatele ao comprido como merece. Que bandalho de monhé!
Descaramento é o que não falta aos xuxas.
pcp e be, quinta-coluna dos terroristas, numa situação considerada de guerra.
Qual o tratamento adequado a semelhante canalha?
Mesmo num sítio invertebrado como este em que nos arrastamos...
Afinal, que trampa de "acordo à esquerda" é esse onde os partidos do "acordo" votam contra, e os partidos da oposição votam a favor, precisamente num assunto de política externa e segurança nacional?
É o acordo possível. As prioridades dos assinantes do acordo são duas:
a) correr com o PaF
b) dinamizar a economia portuguesa de acordo com uma determinada filosofia comum que podemos designar por anti-austeridade.
No resto os desacordos existem e podem existir. Isto é um acordo de viabilização de um governo não é um casamento. Casamentos é o que existe no PaF e por isso é que de vez em quando há umas cenas de faca e alguidar "irrevogaveis" como existem em qualquer casamento.
Não percebo como é tão dificil a pessoas inteligentes* entender isto.
Rui Silva
* o Anonimo não pertence a esta categoria.
O que o governo PS vai fazer em matérias de segurança nacional e de politica externa é confiar no Sentido de Estado e de responsabilidade do PaF.
Mas pronto, como digo em cima: o PaF pode sempre votar com o PCP e o BE... não há nada neste Mundo que o impeça.
Rui Silva
Isto é como dizia o velho:
"Manda quem pode, obedece quem deve".
O PS manda porque pode.
O PaF fica a xuxar no dedo porque deve. Life is a bitch.
Rui Silva
Não é por aí. O BE e o PCP estão de tal modo desesperados que engolem isso de boa vontade para salvar o que resta do Estado Social.
Pedro Sá,
E fazem muito bem porque vale a pena salvar o estado social, não vale?
Rui Silva
"E fazem muito bem porque vale a pena salvar o estado social, não vale?"
Salvar o Estado Social!?!?!?!! Ah, ah, ah, aha, ah, ah, ah, ah, ah...
Bom, já consegui parar de me rir. Há uns bons anos atrás, em 2003-2004, o Juan Mozzicaffredo numa pós-graduação do ISCTE instava os mestrandos a que procurassem meios de "salvar o Estado Social". Meu amigo, você já vem bem atrasado...
Meu Deus, que estes esquerdalhos não há maneira de aprenderem e de perceberem que a social-democracia já era, morreu e jaz enterrada a seis palmos de profundidade.
E mais, foi um mal que contribuiu sobremaneira para manter ou aumentar a pobreza porque as pessoas se acomodam aos subsídios do Estado e, muitas delas, deixam de se esforçar e de procurar emprego.
Além de que o Estado Social foi criado por Bismarck para competir na compra dos votos dos pobres com os social-democcratas alemães. Um expediente eleitoralista, portanto, que depois foi imitado e copiado "ad nauseam". E que, de expansão em expansão, se tornou financeiramente incomportável e levou as democracias ocidentais à falência com poucas excepções (v.g., Noruega).
E é isto que você quer salvar? Ó senhor, acabou o tusto para comprar os votos dos coitadinhos! Entendeu?
Ai este charroco do Lima Azeda! Está cada vez mais taralhouco. As circunvoluções cerebrais dele estão a fazer curto-circuito e o homes está a fritar o batatal.
E obrigadinho por me excluir da vida inteligente. Eu não quero ter nada a ver com a inteligência das alforrecas e das anémonas-do-mar.
Rui Silva, o teu Costa vai ficar a chuchar no caralhinho do Cavaco.
E se a esquerdalhada quiser ir protestar para a rua, agasalhem-se porque vem aí o Inverno. Querem poleiro, ganhem as eleições primeiro. Pra cabrão, cabrão e meio.
"Se for assim , então só houve acordo entre eles numa coisa, foi para boicotar a força partidária legitimamente eleita."
Rui Alves
"As prioridades dos assinantes do acordo são duas:
a) correr com o PaF"
Rui Silva
Ok, estamos de acordo. :-)
Esta conversa toda de derrubar a PaF faz lembrar os matraqueantes partidos da oposição madeirense. Em todas as eleições tinham por objectivo principal, repetido até à náusea, "derrubar o jardinismo". Mas projectos, ideias e alternativas para livrar a ilha do destino calamitoso que o "jardinismo" lhe traçou, isso nunca se ouviu.
"b) dinamizar a economia portuguesa de acordo com uma determinada filosofia comum que podemos designar por anti-austeridade."
Desculpe lá, Rui Silva, mas fiquei na mesma. Que filosofia milagrosa é essa? Por que não a explicam? Ou estão à espera de fazer um estágio na Grécia com o Tsipras antes de nos esclarecerem?
Há uns tempos, quando esta pantomina ainda começara, tive oportunidade de assistir a uma entrevista à Catarina Martins num dos canais de informação, feita por uma jornalista especialmente acutilante. Às perguntas da jornalista sobre "como farão isso", "como conseguirão", "o que pensam fazer", "mas como é que isso é possível", a resposta, pejada de tiques nervosos mal disfarçados, era sempre a mesma: "existem mecanismos para...","existem mecanismos para...", "existem mecanismos para...", "existem mecanismos para...". Mecanismos que obviamente não explicou. Se calhar por não estarem ao alcance do comum dos mortais. Talvez nos faça falta umas leituras de Trotsky, quem sabe?
O esquerdismo é a causa primeira dos nossos males.
A esquerda é esterco, escumalha.
gaudio
Desculpe lá, Rui Silva, mas fiquei na mesma. Que filosofia milagrosa é essa? Por que não a explicam? Ou estão à espera de fazer um estágio na Grécia com o Tsipras antes de nos esclarecerem?
Rui Alves,
O ambito em que eu falei nisso não foi de discutir a qualidade da politica economica foi no de dizer que o acordo foi sobre a politica economica (que por acaso foi de anti-austeridade) e sobre a oposição comum ao PaF.
O teu ponto se bem o entendi foi dizer que um eventual governo PS com acordo com o PCP e o BE era ilegitimo porque eles não acordavam em medidas de poltica externa.
Se queres mudar de assunto, estás à vontade. Mas ficas a falar sozinho.
Rui Silva
Mas não me surpreende que tenhas ficado na mesma. É que o teu nivel de inteligencia (tal como o teu sofisticado comando da lingua portuguesa) só encontra paralelismo no do Anonimo.
Rui Silva
Lima Azeda,
Já lhe disse, e volto a repeti-lo, que não quero ter nada a ver com a inteligência das alforrecas e das anémonas-do-mar.
"Mas não me surpreende que tenhas ficado na mesma. É que o teu nivel de inteligencia (tal como o teu sofisticado comando da lingua portuguesa) só encontra paralelismo no do Anonimo."
Rui Silva
Se é para entrar no ataque pessoal e falta de educação, a conversa fica por aqui. Passe bem.
Se é para entrar no ataque pessoal e falta de educação, a conversa fica por aqui. Passe bem.
Another one bites the dust.
Rui Silva
Enviar um comentário