30 junho 2015

referendar a dívida

Líder do PS apoia referendo grego:

Nesta fase é o povo grego que deve decidir - António Costa

PS: Também queremos um referendo sobre a austeridade em Portugal.

19 comentários:

Harry Lime disse...

sim, se calhar devriamos ter feito um referendo sobre a austeridade...

Quer dizer em 2011 toda a gente teria votado a favor da austeridade (eu, incluido) por duas razões:

a) o pessoal estava farto do Socas

b) toda agente tinha a ilusão que a disciplina da troika nos iria "modernizar" e transformar numa espécie de finlandeses super organizados, super eficientes e super chatos. Infelizmente verificou-se que a troika apenas queria garantir que nós pagavamos aos credores.

Rui Silva

Harry Lime disse...

Aliás, quanto mais penso nisto mais me convenço que mesmo os apoiantes da austeridade não acreditam muito no conceito de "austeridade expansionista".

Todos olham para austeridade imposta pela troika duma forma oportunista: a troika basicamente vai-nos obrigar a fazer "reformas estruturais" que nós, portugueses e outroa paises do Sul, devido à nossa menoridade não conseguimos levar a cabo.

Ora a realidade pura e dura é que a troika apenas desejva garantir que os credores recebem o seu dinheiro (e não há mal nenhum com isso!). Se os portugueses querem fazer reformas têm de ser eles a fazê-las. Esta é a verdaderia lição desta história (e na Grecia isto aconteceu de forma ainda mais radical).

Rui Silva

Ricciardi disse...

As medidas de 'ajustamento' são um guia prático troikano de como reservar dinheiro da economia portuguesa para assegurar recebimento de empréstimos concedidos.
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A ilusão está apenas na palavra ajustamento. Nunca se tratou de ajustamento económico para bem da economia. Muito menos expansionista.
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Quem pensa o contrário q apresente um economista reputado em todo mundo desligado das actividades partidárias que não considere um desvario económico as propostas feitas aos gregos.
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Está à vista. As propostas efectuadas era subir impostos no turismo e nas empresas. Hilariante. Quer dizer, matar a galinha dos ovos de ouro.
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Fica demonstrado que estão se marimbar para a economia. Interessa apenas tomar medidas para reaver empréstimos.
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Ora, isto não é ajustamento. É saque.
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Uma imbecilidade económica.
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Rb

Ricciardi disse...

Ora bem, eu enquanto credor, se pudesse mexer nas contas do meu devedor também as manobrava para eleger prioritária o meu crédito.
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Aperta aí no pequeno almoço e no jantar, desliga a luz às 21h. Poupa energias em actividades sexuais com a tua mulher. Corta aí nos antiácidos e mais nas aspirinas e o dente cariado pode esperar.
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De certeza que o meu devedor, se seguir o meu guião, conseguirá pagar o q me deve. É o b-á-bá do credor.
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Rb

Ricciardi disse...

Imaginemos que uma menina que, por mero acaso, se chamaria zazie, vê-se aflita para me pagar um empréstimo que lhe fiz há uns tempos e que ela vinha pagando não fora os mercados terem subido as taxas.
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- olá menina, isto está feio.
- olá. Pois está rbzinho meu querido. Eu queria ver contigo como podemos proceder a ver se consigo continuar a pagar.
- e o q sugeres?
- pagar-te em 10 anos.
- não pode ser. Tens de o fazer em 3 anos.
- é muito apertado...
- eu faco-te um programa de ajustamento.
- isso parece-me bem. E com esse ajustamento consigo pagar?
- consegues. É infalível e até vais ficar melhor.
- oba oba. Quero isso e estou disposta a ir mais longe nesse tal ajustamento.
- quanto ganhas?
- 1000 euros por mês.
- OK, tens de me pagar 300 EUR por mês e...
- mas, mas, mas esse valor não consigo.
- consegues pois. Confia no meu programa de ajustamento.
- ah e como procederei para fazer isso?
- estive a analisar as tuas contas. Gastas 200 em transportes para o trabalho; 100 em saúde. 300 na educacao do teu filho. 100 em luz e água e 300 na alimentação e 100 para investimento na profissão.
- sim, é isso.
- cortas já 50 no investimento da profissão.
- mas e o curso de formação novo q me dava acesso a trabalhos melhores?
- esquece. Cortas isso na profissão. Cortas mais 50 na educacao do teu filho.
- mas e as propinas, ele está bem lançado e...
- esquece. Depois cortas mais 50 na saude. Outro tanto no transporte e ainda o mesmo na luz.
- mas, rbzinho, se não completar a minha formação e se não comprar novos materiais para oi meu trabalho o meu rendimento baixa. Além disso este dente cariado precisa de ser salvo a tempo. E a edição do filhote? Ele está quase a acabar.
- 3 anos menina. É o máximo.
- mas, se for em 10 anos eu poderei acomodar a prestação do empréstimo sem prescindir de melhorar a vida.
- não. 3 anos e não se fala mais nisso. Tu consegues.
- devo conseguir, mas fico muito pior e sem perspectivas. O meu dente cariado incomoda-me. Não podes excepcuonar o dente?
- não. Se o dente cair e financio-te uma prótese nova. Não te preocupes.
- mas fico a dever mais e...
- dou-te mais um ano para pagares o dente.
- oba oba. Mas achas q fico melhor depois desse ajustamento?
- mto melhor.
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Rb


Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
manel z disse...

Ainda nenhum jornalista teve coragem de perguntar ao António Costa se ele votaria Sim ou Não no referendo grego.

Anónimo disse...

Estes xuxas metem dó. Mas eram capazes de uma cena dessas, sem dúvida. Só faltava explicar como é que Portugal se financiava em caso de ganhar o "Não pagamos", mas isso depois logo se via. Mais vale rir.

Harry Lime disse...

Eu na Grecia, provavelmente votaria "não".

Partindo do principio de que usufruia da mesma vida de que usufruo aqui, ie, ter algumas possibilidades, eu ter uma boa educação (escolar :) :) ) e trabalhar numa área em que felizmente nunca há falta de trabalho.

Mas na Grecia acho que não é de censurar qualquer um dos sentidos de voto. Cada um tenta fazer o melhor pela sua vida, e em circunstancias dificeis não há que censurar qualquer escolha.

Rui Silva

PS. E sim, sou aquilo que tecnicamente se designa por xuxa. :-) :-)

Anónimo disse...

"E sim, sou aquilo que tecnicamente se designa por xuxa. :-) :-)"

Não imaginava!!

zazie disse...

Na verdade é aquilo que tecnicamente se designa por tolinho com complexos de esquerda.

Mas enfim, fez MBA em Inglaterra, portanto é um palerma com cv.

Anónimo disse...

Harry lime escreveu: " fazer "reformas estruturais" que nós, portugueses e outroa paises do Sul, devido à nossa menoridade não conseguimos levar a cabo."

Menoridade?!!! Não projetes nos outros, a tua realidade.

gaudio

zazie disse...

Isto é uma coisa tão foleira que só gente completamente formatada e cheia de preconceitos de esquerda não vê.

Estes imbecis, que apenas estão habituados a bater o pé e fugir á bófia, agora que foram para o poder, estão às aranhas e sabotam tudo, usando o povão grego como escudo humano.

tão simples quanto isto.

A História já deu exemplos de sobra que a esquerda só sabe fazer birra ou merda ou ambas quando mandam em ditadura.

zazie disse...

E isto que se está a viver é um remake de tragicomédia do sorelianismo da Grande Guerra.

zazie disse...

Mas os tolinhos gostam de se imaginar um poder irreverente e sem gravata, a fingir que faz frente aos crescidos e depois apanham com merdas destas em cima.

O problema é que há muito grego que vai pagar tudo isto e por conta da imbecilidade de muitos harryzinhos que gostam de votar esquerda em vez de charrarem.

zazie disse...

Ah, só por coisas- já que gostam de citar os gurus xuxas, citem também o Vital Moreira:

http://causa-nossa.blogspot.pt/2015/06/suprema-burla-3.html

Ricciardi disse...

A direita só pode defender a saída da zona Euro. A esquerda de vital moreira defende o Euro tal e qual a direita coelhina.
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Como são farinha do mesmo saco, e não ouvem quem percebe do assunto, querem manter-se no Euro. O Euro é moeda socializante. Como se manteve forte uns tempos, os liberais adoptarsm-na para bem dizer do padrão ouro, o farol q os norteia.
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O governo grego até pode fraquejar e aceitar tudo o q os credores ordenem. Mas isso não fará que venham a ter q sair da zona Euro no futuro. Apenas compram tempo e aumentam a dívida até chegarem à conclusão q ajustar sem moeda própria (orçamento, fiscalidade, leis comuns) é impossível.
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Disse.
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Rb

Ricciardi disse...

Na base deste orgasmo intelectual - o Euro - está uma variável inajustavel. A produtividade de cada país. Nunca seremos alemaes a este nível. De forma q a desvalorização interna não faz sentido. Mesmo q desvalorizemos os salários 50% e nos tornemos competitivos, passado um ano ficaremos de novo na situação de ter de os baixar outra vez. É uma never ending devaluation. Com uma agravante, endivudamo-nos sucessivamente. A desvaloricao externa ou cambial é a forma adequada de resolver diferentes ritmos de produtividade e competitividade. Porque resolve de imediato as diferenças com o exterior e não envolve maiores endividamentos.
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Rb

Ricciardi disse...

O Syriza, infelizmente, tal como a alegada direita portuguesa (e a esquerda tecnicamente xuxa) são contra a saída do Euro. E nem se discute a sério essa possibilidade. Gerou-se uma psicose tribal que demoniza recuperar a velha moeda.
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O prémio nobel da economia Stiglitz diz que os efeitos da austeridade selvagem efectuada na Grécia ( em Portugal foi menos selvagem) e q levou a reduções salariais de 35%, desemprego cavalgou para o triplo e o PIB contraiu 28%, teve efeitos bem maiores do q teria ter saído da zona Euro.
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Praticamente liquidaram o país. E, o mais espantoso, é q se preparavam para liquidar com impostos as actividades q podiam salvar a Grécia: o turismo e ad empresas.
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Só um imbecil podia aceitar aquele tratamento. Agora parece que reduziram o aumento de impostos. Tarde.
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Mas se tivessem aceite o acordo, já em novembro estavam com o mesmo problema.
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Rb