27 junho 2015

palhaços

2015
ATHENS—Greek Prime Minister Alexis Tsipras called a surprise referendum for July 5 on the tough economic policies the country’s creditors want in exchange for more rescue funding, escalating the drama surrounding the country’s long-running bailout and deepening doubt over Greece’s fate in the eurozone.
Addressing the nation at 1 a.m. in Athens, Mr. Tsipras told a television audience that Greek voters should have their say on the economic retrenchment that other eurozone countries and the International Monetary Fund are demanding of Greece. He said he couldn't accept the list of policies that creditors presented in Brussels this week, which include some drastic tax hikes and sharp cuts to government spending, including on pensions.
WSJ
2011
The referendum announced on Monday by the Greek prime minister, George Papandreou, is probably the final bell before Greece defaults and quits the euro. Assuming it is not withdrawn amid all the political turmoil afflicting the ruling party, the vote is planned for January, and the issue will presumably be the latest bailout. But the real question will be: "Euro or drachma?".

5 comentários:

Anónimo disse...

PASOK e Syriza são farinha do mesmo saco. Ambos mentiram durante as campanhas eleitorais e depois procuraram descalçar a bota, porque não têm mandato popular para reformar a economia, muito menos para ajustar a despesa pública às receitas do Estado helénico ou, como mais usualmente se chama, aplicar a austeridade.

Não acredito que chegue a haver referendo. O mais certo é o governo cair brevemente, tal como o governo PASOK caiu. Não sei que solução política é que os gregos podem arranjar, porque eles também não sabem o que querem. Querem o que havia, mas que agora, bem ou mal, os outros não estão dispostos a pagar.

O mais provável é mesmo a Grécia ficar num limbo nos próximos tempos, com a tal dupla moeda no país e a suspensão dos programas de ajustamento, até que se consiga perceber para que lado vai pender o país. Por um lado, a "Europa" tem relutância em pôr a Grécia fora do euro contra a vontade popular dos gregos e por receio das consequências políticas e estratégicas que daí adviriam, mas por outro também não pode, nem sabe, substituir-se aos gregos na governação do país. Há coisas que não têm solução, pelo menos durante algum tempo.

Ricciardi disse...

Os bifes resumiram, em jeito pragmatico, bem a coisa: saiam da zona euro.
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Os credores não tem q gerir coisa alguma nem exigir medidas algumas. Ou pedem garantias reais para renovar empréstimos ou não emprestam.
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Se não querem renovar, mas não tem garantias reais, sujeitam-se às possibilidades do devedor.
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Nenhum banco, enquanto credor, exige medidas de gestão ou se imiscui na gestão a quem empresta dinheiro. Ou tem 1) garantias para executar ou 2) renegocia prazos e taxas ou 3) transforma os créditos em capital ou 4) assume perda.
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Rb

Anónimo disse...

O que os bifes querem é que haja uma nova crise na zona euro, para que tenha de haver uma renegociação dos tratados para reforçar o euro e aí eles poderem renegociar o que lhes interessa. E que é basicamente diluir a União Europeia, repatriando competências e reduzindo a sua contribuição para o orçamento comunitário. Como a probabilidade de os países escandinavos irem atrás é alta, por aqui vemos como as intenções inglesas são tóxicas para a Europa. Como sempre. E para isso contam com estes bandalhos do Syriza, ou não fossem estes gregos quase todos "educados" em universidades esquerdistas na Inglaterra. Deve ser "coincidência".

Mas como sempre haverão alguns "tugas" que acharão tudo o que os ingleses fazem "genial". Pois então recordemos o que tem sido a política externa da Inglaterra (a Escócia coitada é figura de corpo presente). No tempo do Blair, Inglaterra foi a grande defensora do alargamento à Europa de Leste, para diluir a União Europeia. Hoje, como consequências das vagas de imigração para a Europa Ocidental, a Inglaterra vê-se a braços com um excesso de migrantes e por isso quer rever os princípios da construção europeia, faltando com isso ao respeito aos países que quis meter na UE. Por aqui se vê a "coerência" inglesa, que ainda para mais tudo tem feito para diminuir o orçamento comunitário, o qual poderia ajudar a fixar as populações nos países mais pobre. É muito bem feito que a Inglaterra tenha de levar com a "invasão" de polacos. É o karma! E por vontade deles o alargamento da UE ia até à Turquia. Havia de ser o bom e o bonito...

Já com este Cameron, uma figura ridícula, depois da palhaçada da intervenção na Líbia (cujo resultado mais gravoso é ter deixado a Europa à beira de uma guerra com o Estado Islâmico...), e perante a crise humanitária (esta sim) no Mediterrâneo, os ingleses ainda há pouco tempo criticavam a intervenção da Marinha italiana, dizendo que não se devia socorrer os migrantes porque isso encorajava-os a vir para a Europa. Que "humanismo" têm estes bifes. Primeiro partiram a Líbia toda, depois achavam melhor que os refugiados morressem afogados no Mediterrâneo.

Mas há mais. O Mr Cameron, depois de encorajar o Obama a intervir na guerra da Síria, acagaçou-se e refugiou-se no voto do Parlamento, que "vetou" a intervenção britânica na Síria. Agarrem-me senão eu vou para a guerra, "disse" o Cameron ao Miliband. Patético!

Se acham que a Grécia está a fazer chantagem, não imaginam o que os ingleses farão, porque será MUITO pior. E são estes políticos medíocres que fazem e desfazem a Europa hoje em dia...

Ricciardi disse...

Benditos sejam. Os ingleses, gregos, escandinavos que não fazem, e não querem fazer, parte da união monetária.
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Rb

Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.