17 junho 2015

a não perder

O medo inconfessável que a Europa tem da Grécia.

16 comentários:

marina disse...

pois , eu quero que a UE , a sua corte de burocratas e politicos , o clero de especialistas e cientoinos , a antonieta boche e tal se vao lixar.

http://www.abc.es/historico-opinion/index.asp?ff=20150615&idn=1621287141553

Rui Alves disse...

Excelente artigo, Marina. Se nele substituirmos "España" por Portugal, tudo se mantém válido.

Anónimo disse...

Liberais... à segunda a economia é demasiado complexa para a mente humana entender, à terça traçam um gráfico com duas variáveis que explica tudo.

No período imediatamente anterior à adesão ao euro, os PIGS fizeram um esforço de contenção orçamental, redução da dívida pública, etc.... Ring any bells ?

Mas se a soberania monetária é assim tão importante, que dizer do Japão e a suas quase décadas perdidas ? Ou ous EUA e o quantitive easing que está longe de ser o elixir milagroso que se esperada ? E o UK, com a tão querida libra, que teve entre 98 e 2013 o teve crescimentos fracotes (estou a ser simpático) ?

Mas numa coisa o autor do artigo tem razão. Os banqueiros em Bruxelas, onde vivo e o reconhecido centro financeiro da Europa, não dormem só a pensar no bem que pode acontecer aos gregos se saírem. Se em Lisboa vocês não podem com os turistas, eu já não aguento ser abordado na rua por engravatods a pedincharem sonoríferos.....

Haja paciência.....

Nelson Gonçalves

Ricciardi disse...

É pena ser o Syriza a entrar na saída do euro. Mas tenho a impressão que, de volta ao dracma, o país conhecerá crescimentos asiáticos e ajustamento imediato das contas externas.
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O turismo, q já representa 25% do PIB será muito maior, o q garantirá a entrada de divisas para financiar algumas importações industriais e de consumo.
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Temo bem q a UE boicote a Grécia se sair do euro, para não correrem o risco de ser um sucesso copiavel por outros países.
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O problema, porém, é q se trata de pessoal de uma esquerda peçonhenta cuja ideologia mata a economia a prazo. Se bem que, quer o tsipras, quer o moço das finanças são pessoas inteligentes, mas o partido q os sustenta é uma chusminha de extremistas.
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Rb
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mensagensnanett disse...

Os contribuintes e eleitores gregos decidiram democraticamente não pagar...
Os contribuintes e eleitores dos outros países devem decidir democraticamente pagar, ou não pagar, a dívida da Grécia.
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O CONTRIBUINTE/CONSUMIDOR TEM DE SER DOTADO DUMA MAIOR CAPACIDADE NEGOCIAL
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Existem empresários que compram empresas concorrentes com o objectivo de obter um certo domínio num determinado segmento do mercado... depois... ao alcançarem um certo domínio no seu segmento de mercado, forçam os fornecedores a baixar os preços, isto é, ou seja, reduziram a capacidade negocial do fornecedores.
Existem políticos/marionetas que fazem o mesmo tipo de trabalho: leia-se, privatizam empresas estratégicas com o objectivo de reduzir a capacidade negocial do contribuinte/consumidor... beneficiando, desta forma, certos grupos económicos.
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Exemplo 1: Há alguns anos atrás quiseram introduzir taxas em cada levantamento multibanco... todavia, no entanto, o banco público C.G.D. apresentava lucros sem ser necessário mais uma taxa... o pessoal que queria introduzir mais uma taxa lá teve de amochar!...
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Exemplo 2: A EDP Renováveis vende a energia eólica a 60 euros o MWh em Espanha, nos Estados Unidos a cerca de 50 euros, e em Portugal vende a 100 euros... o contribuinte/consumidor, de mãos-atadas, tem de comer e calar!
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RESUMINDO: uma empresa pública em concorrência no mercado, a apresentar lucro, confere ao contribuinte/consumidor uma elevada capacidade negocial!
CONCLUINDO: por meio de referendo o contribuinte/consumidor deve decidir em que segmentos de mercado deve existir a concorrência de empresas públicas, isto é, ou seja, o contribuinte/consumidor deve decidir em que segmentos de mercado deve possuir uma maior capacidade negocial.
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Anexo:
Já há alguns anos que aqui o je vem divulgando Direitos que considera serem importantes:
1- O Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones : ver blog "http://separatismo--50--50.blogspot.com/".
2- O Direito à Monoparentalidade em Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas: ver blog "http://tabusexo.blogspot.com/".
3- O Direito ao Veto de quem Paga: ver blog "http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/".

Paulo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lidador disse...

Entre 1986 e 2011, Portugal recebeu 80,9 mil milhões de euros em fundos estruturais e de coesão, o que corresponde a nove milhões de euros por dia injetados por Bruxelas no País.

É preciso dizer mais alguma coisa?

Cfe disse...

O Lidador resumiu bem: há que se ver o contexto da altura em que se cresceu.

Por outro lado:

1) o ajuste na despesa será obrigatóriamente feito uma vez que sem o guarda-chuva europeu ...

2) Portugal do dia para a noite ficaria tão barato que as exportações e o turismo iriam reagir

3) a infraestrutura portuguesa e a preparação acadêmica são muito melhores do que há 15, 20 anos

















atrás

Rui Alves disse...

É preciso dizer mais alguma coisa?

Tem razão, caro Lidador, contudo eu acrescento algo mais.

Nessa época, mesmo sem existir o euro, a confiança que a economia portuguesa mereceu por aderir ao "clube europeu" e por cumprir os critérios de convergência preparatórios da moeda única fez os juros da dívida portuguesa baixarem para níveis recorde.

Por conseguinte, a somar aos subsídios e ajudas que refere, e bem, tivemos um abatimento significativo no custo da dívida.

Camisa disse...

E os gráficos dos restantes países? Provavelmente também comparam mal com o período pré-euro.

O período 1980-2000 foi um período de brutal crescimento mundial enquanto que o 2000-2015 foi de travagem brusca também em todo o mundo pelo que associar a diferença entre esses 2 períodos no caso dos PIGS ao euro pode ser redutor...

Anónimo disse...

Estimados ouvintes,

Se a soberania monetaria e' assim tao maravilhosa e importante, que uma vez reconquistada vai levar a Grecia (e queiramos Portugal) a um milagre economico.... entao porque e' que antes do Euro a Grecia (ou um PIG a' vossa escolha) nao era o pais mais rico da Europa ?

Se a culpa da crise na Grecia (ou se vos fizer mais conveniencia, Portugal) foi a ma' gestao publica dos dinheiros europeus, porque razao iria haver agora uma boa gestao publica do dinheiros nacionais ? O Syriza mostrou tudo menos inteligencia e/ou prudencia, e em Portugal os politicos sao exactamente os mesmos do periodo pre-euro.....

Nelson Goncalves

Anónimo disse...

Nelson

entao porque e' que antes do Euro a Grecia (ou um PIG a' vossa escolha) nao era o pais mais rico da Europa ?

Porque todos os outros países tinham também soberania monetária.

Se a culpa da crise na Grecia (ou se vos fizer mais conveniencia, Portugal) foi a ma' gestao publica dos dinheiros europeus, porque razao iria haver agora uma boa gestao publica do dinheiros nacionais ?

Não iria haver! O regime saído de 74 iria falir, colapsar e ceder lugar a outro regime político qualquer.

Foi por isso que uma vez alcançada a estabilidade governativa em 75, perdidos os territórios ultramarinos, a primeira prioridade do regime foi aderr à Comunidade Europeia, conforme admitem hoje os protagonistas da época, pois era condição essencial de sobrevivência do novo regime.

A CEE, a UE e o FMI andaram desde os anos 80 a medicar um regime que de outra forma teria fatalmente sucumbindo e arrastado o país com ele.

Harry Lime disse...

Este artigo apresenta a visão do Krugman (entre outros).

Basicamente, os paises do sul entraram no euro com o as suas moedas sobrvalorizadas em relação ao euro (se se lembram 1 Euro = 200$00, mas deveria ter sido mais). Isos fez com que na entrada do Euro, tivesse havido uma inundação de moeda desadequada à nossa economia que causou instantaneeamente inflação nos nossos custos de contexto de 20%.

Logo aqui à entrada, a nossa (e dos outros paises do Sul) mão de obra passou a custar mais 20% do que custava antes do Euro. Passou a custar mais 20% investir em Portugal

Ao mesmo tempo na Alemanha acontecia o inverso: o Euro entrou a valer "menos" que o antigo DM... e logo à entrada a Alemanha usufruiu duma diminuição nos sues custos de contexto equivalente.

Esta é a historia, no fundo.

Rui Silva

marina disse...

os alemaes tb fizeram um grande investimento na europa entre 39 e 45 , uns valentes bilioes , e o resultado foi praticamente o mesmo , uma serie de paises destruidos :) ele ha muitas maneiras de fritar um ovo ...

Anónimo disse...

eu: entao porque e' que antes do Euro a Grecia (ou um PIG a' vossa escolha) nao era o pais mais rico da Europa ?

anonimo: Porque todos os outros países tinham também soberania monetária.

Exacto, a soberania monetaria nao e' condicao suficiente para se ser um pais rico.

eu: Se a culpa da crise na Grecia (ou se vos fizer mais conveniencia, Portugal) foi a ma' gestao publica dos dinheiros europeus, porque razao iria haver agora uma boa gestao publica do dinheiros nacionais ?

anomimo: Não iria haver! O regime saído de 74 iria falir, colapsar e ceder lugar a outro regime político qualquer.

E que garantia teriamos que noutro regime, a coisa publica seria melhor gerida?

O argumento fundamental do artigo original e': soberania monetaria basta para cricar riqueza.

Nao basta (mas pode ser condicao necessaria). E, acrescento eu, de nada vale 'a Grecia a soberania monetaria se o Syriza estiver no governo.

Nelson Goncalves

Anónimo disse...

E que garantia teriamos que noutro regime, a coisa publica seria melhor gerida?

Nenhuma. Podia até ser pior. E andaríamos a sofrer convulsivamente, de golpe em golpe, de regime em regime. Mas se Darwin estiver certo, e se as suas teorias valerem para os fenómenos políticos e sociais, o regime político que acabaria por prevalecer, no longo prazo, seria o primeiro que conseguisse se organizar e governar com um mínimo de competência. Uma espécie de selecção natural, por assim dizer. Foi o que sucedeu nas contendas liberais do século XIX, e foi o que sucedeu no advento do Estado Novo.

Nao basta (mas pode ser condicao necessaria). E, acrescento eu, de nada vale 'a Grecia a soberania monetaria se o Syriza estiver no governo.

Ora nem mais! Se gente daquela põe as mãos nas impressoras de dracmas, a República de Weimar e o Zimbabwe vão parecer uma brincadeira de meninos.
O Syriza serve apenas para derrubar o sistema. Ponto final. A partir daí, que tenha o bom-senso de resignar e ceder o lugar a quem saiba governar e reconstruir.

Foi o que aconteceu nos países saídos do comunismo, onde paradoxalmente, muitos ex-governantes comunistas acabaram democraticamente eleitos para governar.