28 abril 2015

a globalização da violência

 África do Sul
Baltimore

10 comentários:

Anónimo disse...

Obama e Mandela, dois homens que mudaram o mundo, perdão , os EUA e a Africa do Sul.

Harry Lime disse...

O pessoal andar à porrada na Africa do sul e nos EUA não é novidade... Nem é correlacionavel com o nivel de "liberalidade" dos respectivos presidentes.

Senão vejamos dois exemplos:

- Motins no Soweto em 16 de Junho de 1976, a Africa do Sul nessa altura vivia sob essa forma de "socialismo" que dava pelo nome de Apartheid.
(referência: http://www.findingdulcinea.com/news/on-this-day/June/Soweto-Uprising.html)

- Motins nos EUA? Eis uma lista:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_incidents_of_civil_unrest_in_the_United_States (uma boa parte destes aconteceu durante administrações conservadoras mas admito que outras tenham acontecido em administrações "socialistas" :):) )

Como se vê, não é uma coisa nova nem inventada pelo Obama e pelo Mandela. Sim, sei que são pretos e que isso levanta suspeitas junto das camadas mais "inteligentes" da sociedade mas desta vez pelo menos ealas são injustificadas.

Rui Silva

zazie disse...

Tribalismo.

Sempre foi tribalismo.
Os marxistas é que teimavam que era efeito do colonialismo e por questões económicas.

Saíram os brancos, voltou o que sempre existira em África- tribalismo.

Ricciardi disse...

Estou neste momento em Joanesburgo e... não se passa nada.
.
Rb

Rui Alves disse...

Off-topic, para o Rui Silva:

Caro Rui
Há coincidências curiosas. Andamos nós ontem a satirizar startups imbecis e a falar de bullshiteiros, e adivinhe qual é o tema de capa da última edição da Sábado: precisamente a ascensão e queda da YDreams. Gostaria de comentar mais sobre esse assunto, por isso amanhã vou acrescentar um comentário no respectivo post.

Anónimo disse...

A Zazie falou. E, como sempre, em grande forma: só disparates.

Harry Lime disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Harry Lime disse...

Em relação à Y-Dreams.

Em primeiro lugar é sempre boa ideia ter pessoas que estejam dispostas a correr riscos e a correr com as ideias que têm. Só por isso a Y-Dreams merece o nosso respeito

Mas a verdade é que aquilo não tinha muitas pernas para andar, por várias razões:

a) falta de foco: os tipos queriam dar tudo a toda gente ao mesmo tempo. Não podem. Uma start up digna desse nome é focada em atingir excelencia num numero pequeno de produtos. e mesmo assim muitas falham!

b) falta de qualidade e de foco da gestão. Se observarmos o Doutor Antonio Camara, observamos que ele é professor universitário, empreeendedor, "figura publica", "Premio Pessoa" e numa dada altura falava sobre e qualquer assunto que lhe pedissem. Errado! O gestor tipico de uma startup é focado de forma quase psicotica no seu negocio. É a única coisa em que ele pensa! Exemplo: Steve Jobs, Mark Zuckerberg, Bill Gates, todos eles na fase incial dos seus negocios eram 100% focados. Tal foco levava-os a incutir disciplina nas respectivas empresas, no sentido de distinguir oessencial do acessório e de cortar a bullshit.

Posto isto, não admira que a Y-Dreams nunca tenha obtido financiamente fora de Portugal. O seu principal financiador era (suspresa!) o BES.

Em Portugal, o Doutor Antonio Camara conseguia convencer os financiadores com a sua "aura" (Professor Universitário, "pensador", "Premio Pessoa", "inteligente"). Mas os investidores a sério (na Europa e nos EUA) procuram outras coisas. Até porque lá fora há tipos como o Doutor Antonio Camara aos pontapés.

Não procuram high profile mediatico (ainda por cima num pequeno pais periferico como Portugal), procuram "grit", foco, agressividade, capacidade de pensar num negocio 24/7. É isto que faz o sucesso dum empreendendor, é isto que faz o sucesso duma start-up. Era isto que faltava ao Doutor Antonio Camara e no final foi isto que levou a Y-Dreams à falencia.

Rui Silva

Rui Alves disse...

Concordo com a análise. O artigo da Sábado evidencia bem o motivo a), e quanto ao motivo b), eu próprio recordo-me bem que ele realmente estava sempre em todas e em todo o lado. Curiosamente, a Sábado também realça a falta de financiamento como um causa fatal.

Mas eu acrescentaria mais.

c) Como muitas outras tecnológicas de "sucesso" e "globais" neste país, tinha o Estado português, nomeadamente as autarquias, por principal cliente. No caso deles, atrevo-me a dizer que vendiam produtos supérfluos que, atrevo-me a dizer, só conseguiam ser comprados por quem gasta o dinheiro dos outros. Assim que o Estado entrou em agonia, foi o que se viu. A crise financeira estalou em 2008, as fissuras na empresa abriram-se em 2009.

d) Megalomania. Não sou eu que digo, são os ex-colaboradores que o atestam. Atrás disso resulta tudo o resto que leva uma empresa contra as rochas: arrogância, falta de diálogo, excesso de confiança, e por aí além.

Penso que uma regra óbvia para avaliar o interesse de uma ideia de negócio junto dos potenciais clientes é colocar a seguinte pergunta: em quê que lhes permitirá ganhar mais tempo, mais dinheiro, ou mais de alguma coisa que tenha valor para eles?

Sinceramente, naquilo que vejo a empresa oferecer, tenho dificuldade em responder à pergunta. Talvez o problema tenha começado por aí junto dos potenciais investidores.

Harry Lime disse...

Rui alves,

É verdade que quando o teu principal cliente é o governo e este de repente entra em modo de austeridade, tu estás num sarilho. Pergunta às areas de governo em todas as casas produtoras de software.

Não concordo mas é que o despesismo e a compra de brinquedos inuteis só aconteça quando o "dinheiro à dos outros". Na minha carreira como developer/consultor/bullshitiero já vi muitos desperdicios em "iniciativas estratégicas" em empresas privadas (incluindo muitas multinacionais). Por outro lado já encontrei exemplo de boa gestão no sector publico (e mau tambem).

A arrogancia... bem... eu acredito que qualquer fundador de start ups tem de ser assertivo (no minimo...) mas tem tambem de ter a "vision thing" e ser capaz de executar. O exemplo acabdo é o Steve Jobs (na sua biografia, ele proprio acaba por reconhecer que por vezes foi longe demias) que era arrogante, tinha boas ideias e era capaz de executar.

O Doutor Antonio Camara tinha apenas a arrogancia o que manifestamente não chega (ao Steve Jobs tambem não chegou na sua primeira passagem na Apple e ele era 100 vezes o homem que o AC é)

Rui Silva