"Chiiiuu, não te metas com esse fulano, olha que um tio dele trabalha no DCIAP..."
"O quê, o teu negócio está a perder clientes para o teu? Espera que levas já uma acusa. Com sorte lixo-te a reputação e com jeito ainda vais dentro uns tempos."
Etc. etc.
Consta que noutros tempos idos o director da PIDE para a Madeira comia de graça onde quisesse lá no Funchal. A tal de "acusa" tem muito poder, né?
Qual será a próxima "evolução" que o DCIAP vai exigir? O direito a fazer as ditas detenções preventivas pela calada da noite? Em carros pretos, já agora?
É bem certo:
"Toda a revolução vitoriosa adopta com o tempo as vestes do tirano que depôs."
(Infelizmente não me recordo do autor da frase. Alguém sabe?)
Nem mais. Junta-se a esta incredulidade: inspectores tributários pelos vistos podem escutar (?!) e prender (?!)... dispensando-se PJ, parece-me tudo isto extraordinário (noticia TSF)
Je
Sindicato diz que inspectores tributários envolvidos na Operação Marquês sentem-se «desconfortáveis»
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos Sindicato diz que, no limite, a investigação pode ser contestada porque os inspectores das finanças não têm o chamado vínculo de nomeação ao Estado. Detenção de Sócrates foi a primeira feita pela Autoridade Tributária sem a presença da PJ.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos diz que os inspectores das finanças envolvidos no caso Sócrates, também conhecido como Operação Marquês, estão desconfortáveis pelo papel fundamental e decisivo que tiveram em toda a investigação.
Em causa está a falta do chamado vínculo de nomeação ao Estado, uma reivindicação antiga que segundo o sindicato fragiliza a acção de quem trabalha nas finanças e não lhes dá as mesmas garantias de quem trabalha nas polícias, apesar de, neste caso, terem actuado como um órgão de polícia criminal.
O presidente do sindicato diz que este caso foi inédito. Para além de terem feito as escutas, como já tinha acontecido noutros processos, pela primeira vez, os inspectores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) detiveram alguém (José Sócrates) sem a presença da Polícia Judiciária.
Paula Ralha explica que isso é algo que nunca tinha acontecido: em vez da PJ a quem cabe, por norma, investigar os casos de corrupção, estavam presentes a PSP e os inspectores da AT.
Segundo o sindicato, estes últimos tiveram um papel fundamental em toda a investigação, devido aos «conhecimentos técnicos que permitiram fazer a peritagem dos dados e provas que se foram acumulando», enviando essas análises, depois, para o Ministério Público.
Claro que os EUA não são modelo. Afinal, eles são defensores dos direitos humanos que praticam a pena de morte; são a terra das oportunidades onde os recém-chegados são "scaneados", revistados e terroristas até prova em contrário; exigiram a descolonização portuguesa mas nunca devolveram aos índios o Oeste que colonizaram e usurparam; impõem a democracia no mundo mesmo aos povos que não desejam ser democratizados; enfim, a lista podia continuar por aí além.
Portanto é país que há muito deixou de me deslumbrar e que não sonho sequer visitar. Para perceber que a sociedade americana não serve de exemplo, basta ver os casos de americanos que estão a renunciar voluntariamente à cidadania americana.
Porém isso não serve de consolo, não alivia a afronta cada vez mais grave à liberdade que estamos a viver por cá.
14 comentários:
Para si a justiça só devia atuar quando o criminoso se entregar, confessar e levar testemunhas que comprovam a confissão.
Rui Silva
Realmente e uma combinação explosiva.
Já pensei e não gostei nada!
"Chiiiuu, não te metas com esse fulano, olha que um tio dele trabalha no DCIAP..."
"O quê, o teu negócio está a perder clientes para o teu? Espera que levas já uma acusa. Com sorte lixo-te a reputação e com jeito ainda vais dentro uns tempos."
Etc. etc.
Consta que noutros tempos idos o director da PIDE para a Madeira comia de graça onde quisesse lá no Funchal. A tal de "acusa" tem muito poder, né?
Qual será a próxima "evolução" que o DCIAP vai exigir? O direito a fazer as ditas detenções preventivas pela calada da noite? Em carros pretos, já agora?
É bem certo:
"Toda a revolução vitoriosa adopta com o tempo as vestes do tirano que depôs."
(Infelizmente não me recordo do autor da frase. Alguém sabe?)
Correcção:
"O quê, o meu negócio está a perder clientes para o teu?"
Assim é que é.
Nem mais. Junta-se a esta incredulidade: inspectores tributários pelos vistos podem escutar (?!) e prender (?!)... dispensando-se PJ, parece-me tudo isto extraordinário (noticia TSF)
Je
Sindicato diz que inspectores tributários envolvidos na Operação Marquês sentem-se «desconfortáveis»
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos Sindicato diz que, no limite, a investigação pode ser contestada porque os inspectores das finanças não têm o chamado vínculo de nomeação ao Estado. Detenção de Sócrates foi a primeira feita pela Autoridade Tributária sem a presença da PJ.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos diz que os inspectores das finanças envolvidos no caso Sócrates, também conhecido como Operação Marquês, estão desconfortáveis pelo papel fundamental e decisivo que tiveram em toda a investigação.
Em causa está a falta do chamado vínculo de nomeação ao Estado, uma reivindicação antiga que segundo o sindicato fragiliza a acção de quem trabalha nas finanças e não lhes dá as mesmas garantias de quem trabalha nas polícias, apesar de, neste caso, terem actuado como um órgão de polícia criminal.
O presidente do sindicato diz que este caso foi inédito. Para além de terem feito as escutas, como já tinha acontecido noutros processos, pela primeira vez, os inspectores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) detiveram alguém (José Sócrates) sem a presença da Polícia Judiciária.
Paula Ralha explica que isso é algo que nunca tinha acontecido: em vez da PJ a quem cabe, por norma, investigar os casos de corrupção, estavam presentes a PSP e os inspectores da AT.
Segundo o sindicato, estes últimos tiveram um papel fundamental em toda a investigação, devido aos «conhecimentos técnicos que permitiram fazer a peritagem dos dados e provas que se foram acumulando», enviando essas análises, depois, para o Ministério Público.
Olha aqui:
Foi importado da terra da Liberdade:
http://en.wikipedia.org/wiki/Whistleblower
E mais aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Whistleblower_Protection_Act
V.s dizem que viveram lá uma vida mas não devem ter ido mais longe que macdonalds
Whistleblower Protection Act?!?!?!
Chelsea Manning, Edward Snowden, Julian Assange just to name a few.
So para ingles ver (literally).
Abracos
Elaites
Ja agora um Whistleblower so e anonimo para o publico (caso seja pretendido) nao para as identidades que verificam a queixa.
Elaites
*entidades
Elaites
Zazie
Claro que os EUA não são modelo. Afinal, eles são defensores dos direitos humanos que praticam a pena de morte; são a terra das oportunidades onde os recém-chegados são "scaneados", revistados e terroristas até prova em contrário; exigiram a descolonização portuguesa mas nunca devolveram aos índios o Oeste que colonizaram e usurparam; impõem a democracia no mundo mesmo aos povos que não desejam ser democratizados; enfim, a lista podia continuar por aí além.
Portanto é país que há muito deixou de me deslumbrar e que não sonho sequer visitar. Para perceber que a sociedade americana não serve de exemplo, basta ver os casos de americanos que estão a renunciar voluntariamente à cidadania americana.
Porém isso não serve de consolo, não alivia a afronta cada vez mais grave à liberdade que estamos a viver por cá.
V.s dizem que viveram lá uma vida mas não devem ter ido mais longe que macdonalds
Ora acaba de me dar uma boa sugestão para esta hora de almoço. Só que vou ao de Braga...
:-))
Ó JAQUIM METE UM HABEAS CORPUS....AVANÇA, ESTAMOS CONTIGO
Eu concordo com isto.
Só disse ao Birgolino que antes de estar a fazer fitinhas por isto ser defendido por cá, que há muito que tem protecção em todo o mundo civilizado.
E veio da terra mirim dele.
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