13 novembro 2014

uma esquerda mais moderna


Li hoje, com agrado, esta crónica da Raquel Varela. Não que o tema me interessasse por aí além mas apenas para perceber a perspectiva da autora.
O texto está invulgarmente bem escrito para um jornal como o Público. Lê-se do princípio ao fim sem soluços e, mesmo discordando do conteúdo, ficamos com simpatia pela escriba.
A Raquel recorre à demagogia com tento, peso e medida, não provocando urticária nem insultando a inteligência do leitor.
Eis um exemplo:
Angela Merkel disse recentemente que um dos problemas de Portugal e Espanha seria termos “demasiados licenciados”, o que obstaculizaria “a formação vocacional”. “Para cada braço uma enxada”, disse Salazar, na sua imensa erudição, em 1953. Em 2014, na sabedoria de Merkel, talvez cada português precise antes de uma chave de porcas para fabricar componentes para a Volkswagen.
A referência a Salazar, sendo demagógica, não é completamente forçada. Claro que o que a Angela disse foi: para cada enxada um braço, mas quem é que se vai sentir violentado por esta pequena pirueta?
Realço ainda a impressão feminina da escrita que enriquece a forma e dá cores ao conteúdo. O ataque a outra mulher, a Angela; as referências à poesia e à música, e a caridade – os pobrezinhos também devem poder aprender piano.
Para quem conhece a cultura norte-americana, a Raquel destaca-se como uma verdadeira “liberal” (estilo partido democrático), muito mais interessante e motivadora do que a esquerda do Semedo e da Catarina
As suas crónicas são um bom motivo para passar os olhos pelo Público e sonhar que a nossa esquerda se está a modernizar.

32 comentários:

muja disse...

Onde está a câmara? Deve ser para os apanhados este postal...

zazie disse...

Isto é ironia?

"obstaculizaria"?

zazie disse...

«Um problema de matemática mal enunciado na sintaxe é incompreensível para uma criança.»

A retardada mental justifica tantos doutores para saberem escrever, coisa que se sabia com a 4ª classe.

Lamas disse...

A Raquel é mais um produto tipo junk-food.
O Joaquim está a gozar com a rapariga. Isso não se faz. :)

Ricciardi disse...

Portugal vive constantemente no passado.
.
De um lado aqueles que, como a menina varela, mandam as suas farpas às eventuais semelhanças entre as palavras de Merkel e o alegado regime fascista de Salazar, como se a colagem fosse algo que, per si, retira a razão de fundo ao tema.
.
Do outro, aqueles que endeusam Salazar como se o que ele disse ou deixou de dizer fosse verbo biblico.
.
Ora bem, a Merkel está cobertinha de razão por razões diferentes das de Salazar. Aliás em tempos completamente diferentes.
.
Mas como é um bocadinho cepa diz as coisas sem cuidado e o povo questiona-se imediatamente: então se a Alemanha têm mais licenciados do que Portugal, as declaração da menina Merkel só fazem sentido se se quiser destruir o futuro dos portugueses, deduzem.
.
O problema de Portugal não é ter licenciados a mais. É ter licenciaturas a mais. Até para Mulher-a-dias é preciso ter um curso superior.
.
E sim, Salazar tinha uma noção correcta com as escolas profissionais. Cursos profissionais sérios (não aquelee dos fundos comunitários) e especializados seria coisa muito útil ao país e retiraria do emprego das caixas de supermercados os licenciados sem trabalho na sua área.
.
A Merkelinha podia reservar dizer esse tipo de coisas, que são assunto exclusivo da gestão de um país independente, para locais mais propicios. Em suma não meter o bedelho assim tão ostensivamente que não cai bem a ninguem com o minimo de dignidade. A minha sogra, por exemplo, se tiver que me dizer alguma coisa deve fazê-lo reservadamente, nunca em público, senão caem-me os parentes e faço-lhe aquela cara especial de corrida e aplico-lhe golpes de ondas telemagneticas que me saem das tripas.
.
Rb

Cfe disse...

Em Portugal todo mundo é Sôdotor.

É preciso que haja curso técnico com um ou dois anos de estudo nas áreas que interessam: mecânica, eletrônica, eletrotécnica, mecatrônica e automação.

Rui Alves disse...

Caro Rb

A Merkelinha podia reservar dizer esse tipo de coisas, que são assunto exclusivo da gestão de um país independente, para locais mais propicios.

Tem razão, o problema é que nós já não somos um país independente. E quando essa senhora critica os resultados do ensino português, está na verdade a criticar o uso que fizemos do dinheiro deles.

Rui Alves disse...

Aliás, esta já não é a primeira vez que ela indigna os subsídio-dependentes portuguesinhos com "calúnias":

http://expresso.sapo.pt/merkel-da-madeira-como-exemplo-de-mau-uso-dos-fundos-estruturais=f703339

Ricciardi disse...

«... o uso que fizemos do dinheiro deles.»
.
A senhora não critica o ensino portugues, senão não podia justificar a quantidade de engenheiros portugueses que as industrias alemãs contratam cujas contratações foram até promovidas pelo governo alemão.
.
Apenas diz, e bem, que o ensino deve ser mais orientado o 'dual'.
.
Agora, caro Rui, diga-me lá no orçamento de estado portugues onde é que os alemães nos dão dinheiro?
.
Eu só vejo lá as rubricas de Impostos, Taxas e Contribuições sociais. Não vejo Donativos da alemanha.
.
Não se deve confundir dinheiro emprestado por bancos ou fundos alemães que compram Divida Pública com doações de dinheiro. As doações da Alemanha são zero. Contribuem para o orçamento europeu como Portugal contribui na sua quota-parte.
.
Mas os credores tambem são para respeitar. Honrar as dividas é coisa boa. Mas daí até à subserviência vai um grande espaço.
.
Rb

Rui Alves disse...

Caro Rb

Refiro-me a bolsas financiadas pela UE, a cursos técnicos (nada sérios, concordo consigo) financiados via POPH, a programas PRODEP para apetrechamento informático de escolas e institutos superiores politécnicos, etc.

Fundos europeus cujos maiores financiadores são os contribuintes do norte da Europa.

Uma das evidências de que o orçamento de estado não é tudo no financiamento do ensino é o facto de as escolas andarem muitas vezes às avessas, em cima do início do ano lectivo, sem saberem que cursos serão autorizados a abrir nem que professores precisarão contratar, por estarem dependentes da aprovação de financiamentos do POPH.

Ricciardi disse...

Mas olhe que, a minha teoria, um bocado conspirativa vá, é que a Alemanha é que elabora meticulosamente os Fundos Comunitários para seu interesse particular. É para ver se seca os nossos Orçamentos de Estado a co-financiar projectos que não colidem com os interesses essenciais deles.
.
A minha tese é que eles dizem à UE que projectos podem ser financiaveis por fundos para não terem concorrencia nos negócios principais. Por exemplo, se Portugal gastar a massa a construir estradas e outras cenas do genero, vai faltar massa para financiar novos pipe lines vindos do Magrebe. Quem lucra com isso são os alemães que mantem a sua empresa Nothstreem como torneira para o gas que entra na alemanha via ucrania.
.
É bem bolado, os nossos governantes é que se deixam ir no canto da sereia. Porque são nabos e pensam que os estrangeiros sabem melhor o que nos interessa do que eles próprios. Cambada de vendidos.
.
Volta Salazar que estás perdoado.
.
Rb

Anónimo disse...

O Joaquim está a atirar o barro à parede.

A Raquel tem um ar sexy de que ele gosta (eu também!) e como despeja cá para fora umas tiradas complicadas, até parece inteligente. O que dá muito mais pica!

A Raquel cai bem na categoria "mula a mandar a baixo".

Força Quim, boa sorte!

Zeze

Carlos Conde disse...

As figuras que certos gajos aceitam fazer por uma aventura improvável...

Pedro Sá disse...

Ao pé da Raquel Varela o BE passa por direita liberal-conservadora. E mais, é intelectualmente desonesta.

muja disse...

Rb, acho que V. anda muito equivocado.

Como eu disse no PortaDaLoja há dias, o único salazarista que conheço sou eu próprio.

E falo a sério.

Por isso, embora lhe dê razão quando diz o país vive no passado, já quando afirma que de um lado estão os que "endeusam" Salazar, há-de me dizer onde é o altar para eu lá ir acender uma velinha.

E também, já agora, o resto dos fiéis que não vejo nenhuns.

Remato dizendo aquilo que V. sabe mas não diz, não sei lá porque interesses, que ninguém endeusa Salazar; porque as únicas pessoas que tinham razões para isso - as que dantes recebiam como e quando calhava e depois passaram a receber certinho e a tempo e horas - já morreram quase todas.

As pessoas sabem é instintivamente reconhecer quem é sério e quem não é. E percebem que em sendo político, particularmente ditador, só se morre pobre se se for honesto ou estúpido.

Por isso, agradeça à democracia - aquele que é o menos mau de todos, ao que dizem - o ser tão rara a honestidade em quem manda, que quem a possui - ou possuiu, melhor dizendo - ascende à categoria de deus...






Ricciardi disse...

«...há-de me dizer onde é o altar para eu lá ir acender uma velinha.»
.
Muja,

Pode colocar velinhas aqui:
.
https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTnsb8pZWryw5MAbaaPFBARTGU2voROi2j87a0ZTTmZ515U_UVg
.
.
E de passagem por Cabanas de Viriato coloque tambem as que sobrarem aqui:
.
http://www.cafetorah.com/portal/sites/default/files/styles/large/public/field/image/tc3bamulo-aristides-sousa-mendes.jpg?itok=yr0c6bL1
.
Rb

zazie disse...

Mas quais são as outras referências que se podiam encontrar sem ser as do Estado Novo.

O Morgadinho que diga. Em democracia então o que é que ele endeusa.

Ricciardi disse...

Não há outras referências. Há um passado mais vasto de referências do qual se deve tirar lições para viver um futuro melhor. Não é ficar no passado a acender velinhas a quem não ressuscita que lá vamos. Muito menos imitar sistemas cuja vida dependia exclusivamente do grande lider.
.
A democracia é incontornável. O PA tem vindo a vincar bem que a Igreja a pratica em moldes diferentes do sufragio universal. Um espécie de monarquia cujo sucessor não é de sangue.
.
A democracia tambem produz casos de sucesso. Há imensos países meritosos e desenvolvidos que tem democracias. A Europa, os EUA, o Japão. Com variantes, mas democraticos todos eles com mais do que um partido único.
.
Os paises menos desenvolvidos tem habitos autocraticos de partido único. Há tantos que nem vale a pena enumerar.
.
Se a autocracia é coisa boa?
.
Pois depende do Autocrata. Exclusivamente de quem é o autocrata. No nosso caso o autocrata era tipo honesto e inteligente. No caso de outros países de partido único parece ser caso único.
.
Em suma, regimes dependentes do génio de um líder não são bons sistemas, senão por periodos limitados.
.
Rb

zazie disse...

Não é isso. Tu tens preconceitos.

Reconheces que não existe outro passado.

Mais: não existe outro modelo.

Logo, em muitos aspectos era muito mais inteligente copiar-se o que já se fez em vez de andar, por mero complexo como o teu, a importar modas que nada têm a ver connosco e que por cá nunca deram resultado.

O ensino, por exemplo.

Só por puro preconceito de esquerda não se retoma o que de bom já foi feito.

E estão retomar mas precisam de esconder que até o ensino profissional já tivemos e que por tara escardalha se destruiu.

zazie disse...

O que a imbecil da Varela diz é prova do inverso.

É prova que ela, tal como tu, precisam de se alimentar dos fantasmas carimbados de "trevas do fascismo" para pura e simplesmente nada terem a dizer ou modelo a apresentar.

Ricciardi disse...

«Reconheces que não existe outro passado.

Mais: não existe outro modelo.» zazie
.
O passado não precisa que eu o reconheça. Ele descreve-se a si próprio e não depende da existência de um observador.
.
Já quanto ao modelo é que te enganas redondamente. Ele há muitos modelos do passado. Salazar é um deles. A nossa história não começou no Estado Novo. Tambem não começou com Abril.
.
Abril representa apenas um simbolo da queda do Estado Novo que ruiu.
.
E ruiu porque o que lhe dava força era a inteligência e sagacidade de um homem seguro na governança pelo poder militar. E Deus fez o homem com um prazo de vida. Acabado o homem, acaba o regime naturalmente.
.
Os lideres angolanos aprenderam bem a lição com o Estado Novo. Tambem esse país é uma autocracia onde um presidente se mantem o tempo que quiser... desde que mantenha os generais satisfeitos, as oposições devidamente controladas e a comunicação social sob freios.
.
Chegará o dia, como chegou a Portugal com o 25 de abril, em que os lideres deixam de conseguir controlar tudo e todos.
.
Normalmente começa com os estudantes que são gentes mais subversivas e inquietas. Que são filhos de alguém nas cadeias de comando.
.
O Portugal do futuro não é um Estado Novo reeditado. Na minha opinião terá de ser inevitalmente uma democracia mais afinada, onde as governanças sejam eleitos por elites naturais à semelhança daquilo que o PA tem vindo a demonstrar passar-se na Igreja Católica.
.
Rb

zazie disse...

Não vale a pena.

Eu já sabia que tu ias repetir o chavão da autocracia e da ditaruda e do raio que o partas.

Porque para os complexados só existe isso.

Não existem modelos de ensino; de economia, por aí fora.

Só olham para a puta da alternância ou não puta de alternância.

E olhando para puta da alternância nem conseguem enxergar que só Pinócrates esteve tanto tempo no poleiro quanto o ditador do Marcello.

Já para não falar do paizinho Soares.

Mas não merece a pena.

Já tinha dito o memso ao Rui Silva (que parece que se converteu ao neotontismo depois do MBA em Inglaterra) e a resposta foi igual.

O Estado Novo é apenas uma forma de governo ditatorial.

Tudo o resto que fazia funcionar o país foi para o lixo por causa dessa marca que é a única que para v.s fazia funcionar o país e a forma de organização social, económica e de governo.

Ricciardi disse...

Zazie, o teu problema é que nem lês o que se escreve e depois partes de um pressuposto do que intuis ter lido para construir uma ideia falsa. Eu tambem já sabia que tu ias passar por cima de tudo e inventar coisas que não disse.
.
Eu comecei por dizer que o modelo de escola do Estado Novo era bom. Até acho que o Mercantilismo Económico do Estado se adapta melhor ao Portugal.
.
Agora, a forma de governação, o sistema ou o regime, é que tem de ser outro por razões que acima referi. Precisamente para garantir continuidade para o futuro.
.
Os regimes autocraticos mantidos pelo poder coercivo tem sempre os dias contados. Aqui ou na china.
.
Se um gajo não aprende com o passado e apenas vive nele não sai da cepa torta.
.
Toda a organização do regime estava dependente e na dependencia de uma pessoa que, por acaso, por mero acaso, era competente. Mal finou o regime caiu e com ele o país mergulhou naquilo que podia muito bem ser um desastre. A uma autocracia de uma pessoa de bem estivemos quase a ter uma outra de pessoas de mal.
.
Rb

Ricciardi disse...

Mas vcs estão bem uns para os outros. Uns que juram que Portugal começou com o Estado Novo e outros que começou quando aquele acabou.
.
Se eu me pusesse para aqui a defender o modelo social e económico de Dom João II e pronto a acender velinhas a sua excelencia, estou convencido que achar-me-ias maluquinho. E, não obstante, foi um Rei que colocou Portugal a um nível nunca antes (e depois) alcançado.
.
São tempos diferentes. E para tempos diferentes querem-me ideias distintas.
.
Eu estou convencido de que se Salazar fosse governante no Portugal de hoje seguia um rumo muito diferente daqueles que anseiam pela repetição do modelo. Até porque a populaça de hoje tem outro nivel de instrução e está ligado ao mundo. Os filtros e o lápis azul já não funcionariam.
.
Mas fazia diferente desde logo porque já não tinha um império ultramarino, o que muda tudo, de onde se podia socorrer para mitigar alguns problemas economicos e sociais. Tão pouco teria acesso a um influxo de massas elevado que teve durante a 2ª grande guerra mundial. De massas e de ouro.
.
Eu acho que ele, a primeira coisa que faria era recuperar a soberania. Salazar saia da moeda única e recuperava instrumentos de gestão económica que perdemos e que mui nos ajudaria a sair deste buraco.
.
Estou convencido tambem que, tendo aprendido com a própria experiencia, e ter visto no que deu, mudasse várias coisas. Provavelmente ele abraçava a democracia. Mas não uma democracia qualquer. Mas uma própria que se adaptasse à cultura e tradição portuguesas.
.
Eu tenho-o por pessoa inteligente e acho mesmo que um ser inteligente é capaz de mudar.
.
Rb

Ricciardi disse...

Eu acho que seria um exercicio interessante:
.
-O que Salazar faria no Portugal de hoje se pudesse ressuscitar?
(a nivel economico, social etc).
.
Gostava de ler e ouvir os seus fieis disciplos a discorrer sobre esse tema. Olha, o José do Portadaloja e mais o Muja e mais o que vê socialismo por trás figueira cujo nome me escapa agora (sem desvaloriza-lo porque aprecio-o bastante).
.
Rb

zazie disse...

ehehehe

Não era o Salazar que faria.

Éramos nós.

Voltávamos ao modelo de ensino que era excelente. Por exemplo.

Ao económico também deveríamos voltar mas correram com os capitalistas e agora baixam as calças aos estrangeiros

E não. Não são tempos diferentes.

Todos os países da Europa mantêm o mesmo modelo que tinham em 74.

Só nós é que espatifámos tudo com essa utopia que a ti não te encanita de fazer um país socialista na Europa.

Só nós.

Somos os únicos que deitámos fora o que funcionava.

Todos os outros mantêm o que tu achas que é arcaico para nós mas bué de moderno e funiconal para eles.

Tu é que tens complexos e ficas burros com esse pavor ao passado (nosso) mas não te assusta que os outros vivam com passado ainda mais arcaico e funcional.

zazie disse...

Olha, a Inglaterra em muitos aspectos ainda mantém modelos bem anteriores ao nosso D. JoãoII.

A ti nãp te assusta isso.

Os nossos progressistas preferem os arcaísmos revolucionários do início do séc. XX.

zazie disse...

Portugal estava a funcionar de forma moderna e com modelo bem nosso, em 1974.

Com África ou sem África, o modelo económico era bom, o do ensino excelente e as organizações sociais tendiam a ser o que agora se quer fazer, tirar estado e incentivar a sociedade que, entretanto, deixou de fazer o que quer que fosse porque basta pedir ao Estado.

zazie disse...

O problema do Crato, por exemplo.

É um complexado como tu.

Era um revolucionário e deu em netonto.

O que faz?

Faz merda porque quer imitar cenas à neotonto americano em vez de ressuscitar o que era excelente e bom português, o ensino do Estado Novo.

zazie disse...

Como é que funciona a Itália, independentemente da porcaria que vai tendo em corrupção e no governo?

Funciona com que modelo cultural, já agora?

De quantos séculos?

De quantos séculos têm eles uma experiência económica que aguenta a coisa mesmo que o governo tenha trampa?

Conta lá. Força.

Deve cheirar a mofo.
Nem sei como os italianos não sentem a vergonha que tu sentes por tudo o que não é feito ad hoc e sem estigma de passado.

zazie disse...

A Bélgica. Nem governo tem.

Fuciona como?

A Holanda, idem. Inventaram há quantas semanas o modelo social e económico com que vivem para não sentirem essa vergonha do mofo do passado que tanto te assusta para nós?

zazie disse...

Os países nórdicos, idem.

Inventaram o quê de novo nas últimas décadas para funcionarem e aguentarem todas as crises e só nós não as aguentarmos por termos um modelo lustroso e sadio de "igualdade democrática"?