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Indivíduos igualmente livres vão poder agir diferentemente. Dessas diferentes acções, resultarão diferentes resultados. Logo, da liberdade igual perante a lei — um princípio crucial do Estado de direito — resulta a desigualdade de resultados.
Isto significa que uma presunção da liberdade implica uma presunção da desigualdade. Em alternativa, uma presunção da igualdade (como obviamente é a preferência de Thomas Piketty) implica uma negação da presunção da liberdade. É certamente possível negar a presunção da liberdade — mas é preciso dizê-lo abertamente, além de o justificar, o que não é o caso neste livro.
João Carlos Espada, no Público
5 comentários:
O que o JCE esquece, no entanto, é que como em todo o equílibrio está no meio. A função do Estado não passará tanto por garantir a igualdade, mas antes por minorar as desigualdades e eliminar os extremos.
Daí a concepção de Estado Social (e olhando, por exemplo, para a Doutrina Social da Igreja) dever ser assistencialista e subsidiária à sociedade civil. Deve esforçar-se por garantir padrões mínimos de bem estar a TODOS os cidadãos. A confusão surje quando se confunde padrões mínimos (como ter um teto sob onde dormir em segurança, assistência em caso de doença ou invalidez, etc.) com expectativas materiais.
Da liberdade resulta a diversidade....muito necessária. Essa coisa da liberdade igual perante as lei é o quê ?? O rei vai nu?
lógica da batata.
a propósito, oh Joaquim, voce tem aquário?
"A majestosa igualdade das leis, que proíbe tanto o rico como o pobre de dormir sob as pontes, de mendigar nas ruas e de roubar pão.", como observou o camarada Anatole France.
Mas a liberdade permite igualmente ao rico e ao pobre voarem em jactos privados, comprarem - perdão, influenciarem - reguladores e legisladores, e dormirem com super-modelos. Hurra. Viva.
(Depois canta-se a canção da gaivota voava voava, filha da p*ta nunca mais se calava.)
Caro Euro2cent,
As super-modelos são putas?
Joaquim
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