16 abril 2014

A cultura contra-ataca

Comentários ao post "Ter filhos, a má ideia que prevalecerá" (negritos meus):

"Ao longo do seu texto, que basicamente fala da família, várias vezes refere o termo racional, na sua forma simples ou composta, a palavra amor, nunca lá aparece, nem uma única vez, a palavra Deus caiu lá por acidente"
Ljubljana

"Que disparate. Ter filhos é a maior alegria. Uma mulher que disser o contrário só pode ser uma desnaturada."
"Vida de casal sem família é que me soa a tédio até dizer chega."
"Por instinto, quem é saudável, quer ter filhos. Só não quer quem é avariado."
Zazie 

"Ou nao tem filhos e nao faz ideia ou ja se tornou prot..."
Elaites

"Eu não acredito na fiabilidade dos estudos que o CGD apontou.
Parece-me que se trata de um erro tecnico estatistico. Com perguntas mal efectuadas."
 Ricciardi

"Ora, estão com interpretações rebuscadas para quê? Este artigo só prova que o CGP é um materialista radical, nada mais que isso. "
Pedro Sá

"Pena que os pais do CGP não tenham sido acometidos de uma racionalidade extrema!"
Antonio

Sem a Zazie, Elaites, o Ricciardi, o Pedro Sá ou o António não haveria cultura. Estas reacções provam que teremos civilização para muitos anos e que esta continuará a ser assente em 4 pilares: Deus, amor, instinto e fé.

9 comentários:

zazie disse...

ehehe

Mas é preciso reproduzirmos-nos para não acabarem quando morrermos

AHAHAHAHAHHAHA

":OP

Anónimo disse...

O tom de desdem do ultimo paragrafo parece provar a minha segunda hipotese.

Elaites

Pedro S. disse...

Carlos, permite que rebata o teu post ponto por ponto. Nao e' que estejas inteiramente errado, mas simplesmente a tua perspectiva e' errada. Fazes uma interpretacao universal acerca de algo que e' uma decisao pessoal. E nesse sentido pareces um daqueles chatos apostolo de uma visao de vida qualquer e quer mandar no que os outros fazem. Como te digo, e' uma visao pessoal, e se acreditas mesmo no que escreves, por favor nao tenhas filhos. Mas ve o que eu la escrevi e ve se nao faz tambem sentido...

Pedro S. disse...

Vou fazer a critica ao post no proprio post, nao aqui.

Euro2cent disse...

Eu gosto daquela boutade "If your parents didn't have children, it's likely that you won't either".

É claro que é inteiramente possível encontrar indíviduos prontos a suicidar-se como o rato que empurrava continuamente o botão da droga.

Só é grave quando isso - o suícidio - passa a norma cultural da sociedade. O governo tem de eleger outro povo, é chato e dá trabalho.

Anónimo disse...

Há, porém, uma forma eficaz de colocar este pessoal que não quer ter filhos a serem os maiores reprodutores do planeta.
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Se lhes falta motivação para constituir familia e descendencia por motivos mundanos, então serão motivos igualmente mundanos a convence-los a ter filhos.
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Basta que o governo carregue nos impostos para quem não contribui para repor a população.
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Oh mulher, estive aqui a pensar com os meus botões e a fazer umas contas e, vê lá tu, se tivermos três filhos o nosso ordenado cresce 40% por causa da nova lei dos impostos.
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O que achas?
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E o cinema que vamos perder quando eles nascerem?
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Pagamos a uma ama para tomar conta deles umas horas. A tua mãe tambem podia fazer qualquer coisinha nesse sentido, não é?
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E tu ajudas a mudar as fraldinhas e a dar a papinha e o banhinho?
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Epá, desde que isso não coincida com os horários da Liga de Futebol e com o telejornal está bem, eu faço isso. Ah e no dia de jantar com ex-colegas na sexta à noite tambem não dá.
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Pronto, lá estás tu...
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Não, ok, a papinha e a fraldinha podem ser mudadas na sala de televisão, não é? e o rapaz até começa a gostar do FCP. E até o posso levar a ver uns jogos e treina-lo e ensina-lo a engatar miudas...
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E as sextas à noite?
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Levamo-lo connosco.
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E nos dias imensos em que eles ficam doentes?
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Bem, não sei, que mania a tua de complicar mulher. Temos três filhos e não se fala mais nisso. Já te disse como estás bonita hoje...
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Rb

Pedro Sá disse...

A sugestão do RB é doentia. Porque o Estado não tem nada que fazer algo como isso. O Estado não tem que ter sequer opinião sobre assuntos da vida mais privada de cada um.

De resto, o que me limitei a constatar foi o óbvio: a redução da consideração pelo CGP do que é racional a questões de dinheiros.

Estivesse aí o PA e o CGP era triturado e com requintes de malvadez, que todos sabemos que o PA, concorde-se ou não com ele, viria aqui fundamentar e com pés e cabeça que ter filhos é o acto mais racional de todos. E digo eu que não quero ter filhos NEM MORTO nem concordo com o PA, mas reduzir as coisas e a racionalidade a esse materialismo do dinheiro não tem mesmo pés nem cabeça.

Anónimo disse...

Não é doentia. É mundana.
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Mas não é nada, caro Pedro Sá, que não seja praticado em qualquer sistema fiscal, incluindo o actual portugues. As diferenças nas txas de impostos existem, mas são demasiado pequenas.
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Às familias maiores e que ajudam mais a repor a estrutura etária do país o Estado deve reconhecer isso e desagravar fortemente os impostos.
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Mas olhe que eu não me ficava apenas por aqui...
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A mãe deve ter tratamento especial numa sociedade envelhecida. Não apenas pelo facto em si que já é merecedor de toda a deferencia e cuidados e salamaleques, mas porque de facto se não se puderem gerar condições dificilmente querem ser mães num mundo de dificuldades.
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Horários, despesas com educação, serviços públicos e privados, transportes, fiscalidades, leis laborais etc. Tudo isto deve ser mudado para que uma mãe sinta o maximo do prazer (ou pelo menos que não se arrependa) em ter escolhido ser mãe.
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Rb

Anónimo disse...

"A sugestão do RB é doentia. Porque o Estado não tem nada que fazer algo como isso. O Estado não tem que ter sequer opinião sobre assuntos da vida mais privada de cada um."
Não tem?! Tem e de que maneira... verifique por si a quantidade de leis que nos foram impostas ao longo destes anos todos (quer nacionais, quer europeias) que afectam sobremaneira a nossa vida privada!
Maria Rebelo