05 novembro 2013

Os filhos dos amigos

É uma alegria conhecer, como adultos, os filhos dos nossos amigos. Bem sei que fazem cerimónia e que têm de aturar as nossas conversas sobre os bons tempos, as doenças e os queixumes e quem morreu.

É bom quando falam, cheios de sonhos, observações e frescura. Tive muita sorte com as filhas e os filhos dos meus amigos e das minhas amigas. São todos melhores e mais interessantes e divertidos do que nós éramos. E do que somos, então...

Claro que são filhas e filhos de amigos e amigas de quem já gostamos há muito tempo, havendo logo um ponto genético e convivial a favor deles. Mas são encantadoras e encantadores por elas e por eles próprios.

São todos tão diferentes uns dos outros: dão-nos uma multiplicidade de esperanças. Agradeço-os desde o meu primeiro amigo (o Fernando Cruz) até ao meu mais recente (Alberto Castro Nunes).

O meu segundo mais velho amigo, o Chico Sande e Castro, anda a dar, literalmente, a volta ao mundo, montado numa Honda indestrutível. Ler o blogue dele na Visão online (com óptimas fotografias) é quase tão bom como viajar com ele: está cheio de achados e de humor, acessíveis apenas a quem viaja sozinho, sem planos e sem guias.

As duas últimas vezes que o vi apareceu aqui em casa sozinho. Há uns meses com o filho Manuel e ontem com a filha Maria. Ambos têm humor, imaginação e generosidade a dobrar: do pai e da mãe, a nossa grande amiga Ana.

Para eles, deve ser uma seca cá vir, mas para mim é como assistir a um milagre.

(Miguel Esteves Cardoso, ontem, no Público)

1 comentário:

José** disse...

Prof.,

Aproveito a caixa de comentários para dar esta informação em jeito de contribuição a vossa recente reflexão sobre a taxa de divórcio e a situação das crianças.

A Caritas Francesa publicou recentemente seu relatório anual com uma indicação que demostra a relação entre separação (dos casais) e pobreza.

Em França em 2009, as “famílias monoparentais” representavam 8% do conjunto nacional de famílias.

Porem, em 2012, estas mesmas “famílias monoparentais” representavam 31% das famílias ajudadas pela Caritas.

Não consegui encontrar os números para comparar com Portugal e ver se há correlação.

Cumps.



PS: ver gráfico 2, página 8 do PDF seguinte.
http://www.secours-catholique.org/IMG/pdf/RS2012.pdf