Há uns anos atrás, li que o presidente Putin
tinha estabelecido como objectivo estratégico para a Rússia atingir o PIB/
capita português. Na altura dei uma gargalhada, porque imaginei que nós também
íamos crescer e que, portanto, a tarefa não ia ser fácil.
Enganei-me. Neste momento o PIB/ capita (PPP)
da Rússia é superior a $18.000 e o português é $22.900. Como é que nos “deixamos
comer” pelos russos?
A resposta é muito simples, os russos aplicaram o meu Guião. A despesa pública anda à volta dos 33% do PIB, enquanto a portuguesa se
aproxima dos 50%.
12 comentários:
Boa joachim, pegando no seu exemplo dir-lhe-ei que a Despesa Publica per capita medido em pps é a terceira mais baixa de toda a europa.
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Veja o grafico da pag 29 do BP ( ou a 7 em pdf):
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https://www.bportugal.pt/pt-PT/BdP%20Publicaes%20de%20Investigao/ab201213_p.pdf
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Como pode ver a despesa publica per capita está imensamente abaixo dos outros países. Na casa dos 20%.
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E isto prova uma coisa simples. Que o problema nao está na despesa que o estado aloca a cada cidadao, mas antes na capacidade em produzir riqueza... e cobra-la sob a forma de impostos.
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Rb
Ó Rb,
talvez não esteja a ver o gráfico certo (gráfico 4, pag. 29)
Mas eu o que vejo é que a dívida de Portugal está em pouco menos de 50% do PIB e longe de ser a terceira menor. Conto pelo menos oito pontos no gráfico abaixo de nós. E a maioria com PIBs maiores que o nosso.
Aliás, para PIBs ao nível do nosso, somos o terceiro que mais gasta, pouco abaixo dos outros dois...
Não é Divida a que se refere o grafico oh Muja, é despesa.
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Anyway, nesse gráfico a media do eixo x é a despesa PER capita. E como pode ver é a terceira mais baixa da europa.
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No eixo y, que mede a despesa em função do PiB estamos no meio.
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E isto quer dizer que a Despesa Publica gasta pouco por cada cidadao (per capita), mas gasta na média em função directa com o PiB.
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Daqui conclui-se que o grande grande grande problema do país reside na criação de Riqueza (PiB).
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Mas deixe-me dar-lhe mais um indicador:
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O PA há uns tempos disse uma verdade que passou despercebida por aqui. Ele disse que o PiB potencial portugues era muito maior do que aquilo que na realidade a estatista demonstra. Ele referia-se a um PiB que não é contabilizado em Portugal e que nos paises prot é contabilizado, inviesando as estatisticas.
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Ele deu o exemplo, entre muitos outros, da tradição portuguesa onde as familias cuidavam dos idosos, ao passo que nos prot essa vertente era medida por causa dos lares.
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Pois bem, eu vou mais longe, se se incluisse no PiB a economia paralela, que vai desde o jogo ilegal, à prostituição, à droga, até aos comerciantes que nao passam factura, dizia, se se incluisse isso no PiB, o nosso PiB disparava ou subia cerca de 25%.
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Se o PiB subisse 25% devido a esse efeito a despesa publica ficaria nos 37% do PiB.
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E isto demonstra que a despesa não é de facto o problema. O problema é uma economia onde 25% não paga um tusto de impostos.
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Eu já referi noutro comentário que, se as TAXAS de impostos directos baixassem para metade, e se tributasse não o rendimento mas sim os acrescimos anuais no patrimonio liquido das pessoas, Portugal ficaria com contas públicas superavtitárias.
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Rb
Olhe, este tempo que tenho estado por cá, tem servido para perceber certas coisas. Por exemplo, tenho uns amigos que se dedicavam a construir vivendas. Como as vendas não se conseguiam fazer, eles optaram por alugar ou arrendar as mesmas. E fizeram-no principalmente a emigrantes, porque nesta zona parece que toda a gente emigrou.
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Pois bem, esse meu amigo deu-me a seguinte informação:
- arrendou uma casa, avaliada em cerca de 500 mil euros, por 2000 euros por mês.
- Registou o contrato de arrendamento nas finanças por 400 euros por mês.
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Ele fez dois contratos, um de 2000 mil euros (o real) e outro de 400 euros (o falso).
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O estado recebe o imposto retido sobre 400 euros em vez de receber sobre uma base de 2000 euros.
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Uma mina. Como este meu amigo, eu pessoalmente conheço muitos mais que fazem isto.
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Agora eu pergunto-lhe. Se a porra do imposto sobre as rendas fosse metade do que hoje é, esse meu amigo não teria tido necessidade em fugir ao imposto. Todos pagavam pelo valor real... e o estado ganharia com isso.
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Não é possivel ajustar as contas publicas sem mexer nesta vertente.
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Rb
O sistema fiscal que eu defendo é semelhante ao que se praticava no tempo do estado novo.
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Naquele tempo um barbeiro, como diz o medina carreira, era tributado pelo numero de cadeiras que o estabelecimento tinha e não pelos rendimentos declarados; na minha visão, um barbeiro deve ser tributado pelo acrescimo anual no seu patrimonio liquido.
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Isto dispensa, como no tempo do salazar, facturas e contabilidades. Ele via a coisa pelo numero de cadeiras do estabelciemnto, eu vejo a coisa pelo acrescimo de riqueza do barbeiro.
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Se o acrescimo na riqueza liquida fosse tributado com uma taxa de 15% flat, os prblemas de contas publicas deixavam de existir. O pessoal que hoje paga 30,40,50% de imposto passava a pagar 15%. Mas quem paga 0% de imposto passava a apagar 15%. E há muita gente que não tem rendimento declarado (muitos recebem apoios sociais) e é rico. Na minha esfera eu conheço, xacabaer, para aí uns 10 malotas desses. Que tem patrimonios de milhoes e ainda recebem apoios sociais do estado.
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Esta é a causa das causas dos problemas finaceiros do país.
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Rb
> tributado pelo acrescimo anual no seu patrimonio liquido.
Mania de complicar as coisas. Gostava de saber de onde vem a obsessão com o "rendimento".
Ir ao património total, e cobrar 1% (ou 0.5 ou 2, regateie-se).
Assim quem já é rico paga em proporção ao que o Estado lhe protege.
A ideia não é taxar os ricos ou os remediados ou os pobres. Nada disso. A ideia é taxar quem não paga nada e tem acrescimos no patrimonio liquido.
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Na prática é um sistema que pretende taxar a «situação liquida» das pessoas em vez de taxar os rendimentos ou o patrimonio total. Na verdade é assim que as empresas são taxadas, pelos lucros, que integram a situação liquida da empresa.
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Eu dou-lhe três exemplos:
- O chulo, o traficante, o corrupto.
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Esta malta não paga um tusto. Mas tem patrimonio. Tem acrescimos no seu patrimonio liquido que compreende todos os activos registaveis (depositos, imoveis, carros etc).
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Se fosse aplicada uma taxa de 15% aos acrescimos de patrimonio ninguém poderia fugir. A unica via para fugir seria guardar o dinheiro no colchão e nunca usa-lo para adquirir bens registaveis.
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Em uma taxa dessa grandeza desmotiva a fuga aos impostos porque é equilibrada.
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Rb
Rb,
tem razão que é a despesa. Eu é que me enganei a escrever. Não percebo é o que V. diz do eixo dos xx. A legenda diz PIB, não diz despesa. O que eu interpreto é que temos o terceiro mais baixo PIB per capita da Europa.
A dos yy é que diz despesa.
Não se estou a ver mal ou não. Também não sei o que é PPS...
Rb, V. está a pensar demasiado em relação a isso dos impostos. Tem razão quando diz que as pessoas fugiriam menos se os impostos descessem.
Mas o principal nem é isso. Então com o exemplo que vem de cima, alguém se sente bem a pagar? As pessoas percepcionam que estão a pagar para a ladroagem, e bem.
Se sentissem que o dinheiro era bem administrado, pagavam sem problemas e até para evitar chatices.
Bastava fazer as coisas normalmente, e nem era preciso controlar muito. Bastava investigar sinais exteriores de riqueza não declarada. Por exemplo, se alguém ganha mil euros e tem uma vida em que gasta 15 mil por mês.
Agora, pagam e vêem a dívida a aumentar, é claro que vão tentar tudo e mais alguma coisa para fugir. E uma coisa é certa: vão levar sempre a melhor.
Enquanto as pessoas não virem exemplo de cima, tanto faz que façam isto como aquilo. Nenhuma medida vai ter efeito, seja ela qual fôr.
Os russos ainda vão comer muita gente. Mas quem dominar o ouro irá dominar tudo. Ao Putin basta assistir ao canal RT para andar com a cabeça limpa.
Muja, o eixo x é o PIB per capita e pps é a medida q pretende comparar niveeis de vida diferentes de pais para pais - paridade de poder de compra.
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Entao, a despesa publica medida no PIB per capita representa cerca de 20% em portugal. Quer dizer o montante global da despesa publica alocado a cada cidadao é dos mais baixos de toda a europa.
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Em termos simples, se dividir a despesa publica pelo numero de pessoas q existem no país e que produzem riqueza aquela nao é nada elevada.
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E é isto q me leva a crer q o problema nao estará na dimensao da despesa em si mas antes na capacidade do país em produzir riqueza... ou declara-la.
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Eu nao advogo taxar o patrimonio bruto. Eu advogo taxar os acrescimos anuais no patrimonio liquido. É uma medida que dispensaria uma maquina pesada na cobrança de impostos. Pesada e complicadissima.
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Quem de facto ganhou dinheiro isso é relevado nos acrescimos de patrimonio. Mas nao é relevado nas declaracoes de rendimentos. É como lhe digo, mais de 25% das pessoas nao declara rendimentos e rcebe até subsidios sociais. E isto é uma vergonha.
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Eu compreendo porque os governos nao mudam o sistema. Afinal de contas tornar-se-ia impossivel aceitar subornos. Por outro lado era impossivel que os traficantes pudessem comprar vivendas na quinta do lago e nao se passar nada.
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Ao estado fiscal nao cabe julgar o modo de vida de cada um, cabe apenas taxar a todos por igual, sejam eles traficantes, chulos, corruptos ou trabalhadores normais.
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Se esta gente passasse a pagar pelo sistema q referi, as contas publicas tornar-se-iam superavitarias.
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De outro modo vemos Duartes limas com patrimonios gigantescos e sem rendimentos equivalente declarados. Como vemos o ex-presidente da camara de braga, mesquita machado, com patrimonios de milhares de milhoes de euros apenas com um rendimento de presidente de camara. Ja para nao falar nos vereadores q tem casas luxuosissimas e carros magnificos com um salarios de vereador.
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Rb
Os russos descolonizaram e exportaram a Academia das Ciências para o ISCTE...
Isto é absolutamente fantástico.
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http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/estado_assume_divida_de_luis_filipe_vieira_ao_bpn.html
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O homem amarfanhou 17 milhoes de euros. O povo cala. O governo consente.
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Essa massa está algures no patrimonio do ladrao. Aposto que nao paga um tusto de impostos.
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Ainda questionam q a despesa do estado tem de baixar. Vai baixar mas esta gente continua impune.
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Contas por alto o endividamento do estado nao deveio, como se quer fazer crer, apenas dos excessos salariais e das reformas. Nada disso. 60% do endividamento do estado deveio de "festas" generalizadas durante a ultima decada. E essas festas representam 9% de juros no total da despesa publica.
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Era bem feito q o TC chumbasse tudo. E obrigasse o governo a cortar nestas merdas.
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Rb
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