02 novembro 2013

E se a segurança social acabasse?

Efeitos monetários:

Um trabalhador com 20% de taxa efectiva de IRS e recebendo a sua TSU de 11% e a dita da empresa de 23,5%, veria o seu salário líquido aumentar em 43%. Mais 430€ em 1000€ de salário líquido.

Efeitos sociais: 

A coesão familiar e comunitária subiria muito. As pessoas parariam de trabalhar bem mais tarde. A família como estado-social natural sairia reforçada pelo laços de inter-dependência e suporte. O rendimento acrescido da população activa e com maior longevidade permitiria quer uma poupança acrescida quer uma maior capacidade de suportar terceiros. A tendência para desejar mais filhos aumentaria, incluindo a capacidade para os criar. A ordem social seria naturalmente mais conservadora (não no sentido ideológico).

7 comentários:

Unknown disse...

Arriscado dizer que os 23,5% seriam um acréscimo no salário do trabalhador, não? Quantas empresas não ficariam com esses 23,5% a mais?

Anónimo disse...


Este detalhe, em termos de libido, é a parte mais deliciosa:

"...A tendência para desejar mais filhos aumentaria..."

D. Costa






Anónimo disse...



Estou já a ver o Joaquim a fazer um post com o titulo:
"Novo paradigma do multiplicador keynesiano: Fornicação"

D. Costa


Ricciardi disse...

Se a SS acabasse a poupança seria a mesma ou menor. O consumo e o investimento poderiam disparar.
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A poupança nao se mede pelo valor guardado pelos particulares. Nada disso. A poupança é uma agregado que inclui particulares, empresas, estado. No fim vai tudo para o mesmo sitio. Para as contas bancarias.
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Se vc consome mais pao e poupa menos, o padeiro passa a ganhar mais e a poupar mais. No fim o massa disponivel em poupanca é a mesma.
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A poupança mantem-se igual. O que é necessario é controlar a movimentacao de capitais para o exterior atraves das importacoes e creditos.
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O q vc pode dizer é outra coisa. Se a SS acabasse e fosse obrigatorio constituir PPR, a estrutura de poupança alteravasse. Passavam a ter poupança particular exclusivamente quem trabalha e produz e nao como agora acontece onde a poupança de cada trabalhador se trasnfere para a poupança de quem nao trabalhou ou trabalha.
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Rb

Ricciardi disse...

O investimento aumenta se se percepcionar consumo. O investimento é função directa do consumo e indirecta da poupança. A poupança devém de maior criaçao de riqueza. A riqueza devém de maior investimento, de lucros, que propiciam mais investimentos, mais postos de trabalho.
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Os dias de hoje são disso exemplo categórico. A poupança dos particulares aumenta e o investimento cai sucessivamente. Porquê?
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Porque os Investidores nao percepcionam consumo e nao investem.
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Vou mais longe. O pessoal nao investe porque nao percepciona aumento nos preços. A inflaçao devia estar na casa dos 4%. Infelizmente está em 0,8%.
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O único investimento que possa haver, e nao há, dar-se-ia se os investidores percepcionassem maior consumo ou procura externa.
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Ninguem investe por percepcionar maior poupança. A poupança é benigna só, e só se, devier de maior criaçao de riqueza e nao por colapso nas expectativas dos consumidores e medo do amanha.
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Rb

Ricciardi disse...

Mas olhe, CN, há um indicador supimpa que li algures (talvez no FT).
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Diz respeito a Italia e à Alemanha. e tem a ver com PREÇOS.
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Então, as vendas da Alemanha são sensiveis ao Preço em 40%. O mesmo é dizer que o Preço não é factor determinante em 60% das vendas alemãs.
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Já a Italia é ao contrário. Os produtos que vendem são price sensitive em 67% dos produtos que vendem.
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Em Portugal não sei. Não encontro esta informação em lado algum.
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Mas é informação essencial.
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Esta informação dá nos a ideia por onde devem os países como Portugal e Italia ir.
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E o caminho é o caminho da revolução tecnológica, no design de produto, no ID, enfim no Valor que se acrescenta ao produto que o faça menos dependente do factor preço.
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Nós temos cerca de 6% do PiB de ouro em reservas.
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Esse montante devia ser Capital Social de um novo Banco de Investimentos industriais. À semelhança do que fez a Alemanha com as massas do plano Marshal. E usar a expansão monetária que os bancos propiciam a nosso favor. Esses 6% poderiam dar cerca de 60 mil mlhoes de massa disponivel ao investimento industrial.
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Ainda hoje, o fundo do plano marshal para Alemanha tem dinheiro. Dinheiro que é emprestado e não dado a fundo perdido.
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Rb

Anónimo disse...

O consumo aumenmtaria e muito. A poupança já era.

Haveria a convicção de que o dinheiro nunca acabaria.

No final da vida seria a miséria do antigamente. Sem rendimentos e sem poder trabalhar, a muitos mais nada restaria do que ir pedir de porta em porta para a malga da sopa.

Como antigamente.