05 agosto 2013

"Em defesa do duelo"

Este é um texto de 2011 de Pedro Bandeira, no seu blog "O Porco Capitalista". À atenção de tradicionalistas. Outros respirem fundo.

"É necessário legalizar o duelo. É uma prática legítima (isto é, não-criminosa), e até certo ponto, positiva. 

Se dois homens decidem de livre vontade combater-se e morrer, estão no seu direito. Pela simples razão de que são donos de si mesmo. A lei não deve condenar os duelistas - os que sobrevivem - como se fossem assassinos. Não o são, porque este tipo de homicídio advém duma interacção mútuamente voluntária. Ao fazê-lo, os tribunais cometem uma injustiça contra o vencedor. E tendo em conta que as condenações por homicídio são pesadas, a injustiça dos tribunais tenderá a ser grande.  

Dum ponto de vista social, a legalidade do duelo tende a tornar uma sociedade mais educada. Numa sociedade com duelo, há mais respeito entre os homens, apesar de ninguém ser forçado a participar num duelo (e sofrer as eventuais consequências). De facto, uma pessoa ofensiva arrisca-se, numa tal situação, a ser convidada para o combate. Aí, enfrenta uma escolha difícil. Ou aceita, e arrisca-se a morrer. Ou não aceita, e é ostracisado pela sociedade como imoral (porque ofensivo) e cobarde. Se o ofensor matar o ofendido no combate, acaba por ser rejeitado na mesma pela sociedade, por provocar e matar as pessoas de forma leviana (mesmo que voluntária). 

Ou seja, a existência do duelo é principalmente um entrave para pessoas provocadoras, e uma defesa para pessoas tranquilas e decentes. 

É além disso uma forma de defesa da sua reputação bem mais honrosa do que a alternativa moderna: o processo em difamação. Esta é, na realidade, completamente vergonhosa. Primeiro, porque viola a liberdade de expressão das pessoas (e sim, a liberdade de expressão incluí o direito de ofender). Segundo, porque os processos em difamação são principalmente usados por canalhas poderosos para calar críticas legítimas, ou seja, "insultos" merecidos. Não se compara a decência e a coragem dum duelo, com a manhosice dum processo nos tribunais. É evidente para qualquer pessoa que tenha um mínimo de espírito aristocrático. 

Pode-se considerar o duelo, é verdade, como uma prática um pouco tonta. Já morreu muita gente por motivos fúteis. Gente que podia ter tido uma vida decente e produtiva, mas que se deixou provocar por insultos sem grande relevância. No entanto, a questão do quão apropriado o duelo é em circunstâncias particulares não tem relevância nenhuma para a questão da sua legitimidade, e logo, para a questão de saber como deve ser a lei. Esta deve basear-se nos princípios do Direito Natural, que estipula o domínio de cada um sobre a sua pessoa, e a liberdade de se envolver em interacções voluntárias com outras pessoas. 

Legalize-se o duelo."

93 comentários:

zazie disse...

Muito bem. Completamente de acordo.

Vivendi disse...

Aguardo então pelos duelos Soares-Cavaco e Passos Coelho-Sócrates. Portas é a donzela chorosa de lencinho na mão.

Já agora... Portugal tem tradição nos duelos?

José Lopes da Silva disse...

Tem a do Dâmaso.

Vivendi disse...

Só nos romances mesmo. E o Eça nos seus romances se inspirava bastante nos costumes franceses...

zézinho disse...

Conheço dois que travaram duelo à marrada. Eram as armas que tinham.

Ricciardi disse...

O duelo até pode ser uma consequência (ou decorrência)lógica num sistema penal que admite a pena de morte. E, portanto, em alguns estados gringos onde há pena de morte tambem devia haver o duelo.
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Mas eu sou radicalmente contra a pena de morte, seja por que motivo for; contra aquela perpetuada pelo estado em forma de Justiça, bem como aquela efectuada pelo individuo em forma de justiceiro, o duelo enfim.
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Além do mais, a vida é sagrada.
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Rb

Ricciardi disse...

Nos dias que correm, que são bem distintos dos tempos do far west, imagino duelos online, em directo, num qualquer BigBrother à nossa escolha.
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Rb

Ricciardi disse...

Bem me parecia, o grande Porco é afinal esse tal Pedro Bandeira, que mostra ao que vem, cravejadinho de maldade. Não admira, pois, que os defenda valores do mal:
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«Pense-se tambem nos judeus. São sem duvida a peor raça à face da terra. Quem se dá ao trabalho de estudar o seu systema de valores (Torah, Talmude, nomeadamente as passagens mais reles) e a sua historia, sem se deixar intimidar por accusações de “anti-semitismo”, sabe que usam e abusam da mentira, do roubo, da dominação, da victimização, e sobretudo da manipulação. Sabe que estão pesadamente envolvidos em todas as peores calamidades que envolveram o mundo occidental: guerras, guerras civis, revoluções, tyrannias e destruições sociaes. Sabe que são fundamentalmente racistas, no peor sentido da palavra: consideram-se como um povo eleito que tem direitos sobre os outros, “direitos” de dominação e parasitismo. E tambem sabe que, quando periodicamente levam no focinho, é em grande parte merecido. As suas elites são profundamente immoraes, e a “base” tem pelo menos a culpa de apoiar essas elites. Não faz sentido, portanto, accorer em sua defesa ao minimo abanão que soffram. Não faz sentido, por exemplo, que a lei proteja porcos como o Bernard Henry Lévy, e outro porcos da laia neoconservadora, em paizes como a França, Inglaterra ou os Estados Unidos.»
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Rb

Anónimo disse...

Legalize-se o duelo."

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Muito bem. Muito bem.
Só que se o CN reflechiria um pouquinho mais sobre esta fórmula derogada (e bem no século XX) havia de saber que o duelo era sempre entre pessoas citadas "cavaleiros" e ,sobre tudo, por factos como insultos ao honor e a honra.

Assim, portanto, ja só lhe fica acomodar e aclimatar esta terminologia para o século XXI. Cavaleiro /honra/ honor.

Nao é simple, eh? . Pois.

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

Vs. desconhecem a ironia?

Não leram o resto do texto e a certeira crítica à imbecilidade de processos por "ofensa"

É com eles que calam os media. E assim aconteceu ao Expresso, no caso das escutas

Anónimo disse...

A inteligência mecânica dos darwinistas acéfalos é sintomática de uma psicopatia de génese, talvez porque a empatia não seja evidência nos mercados que de relações sistémicas conexas nem sabem, talvez porque não sejam exequíveis duelos com a própria lógica. Ou não, se bem que do senhor de la Mancha não constem relatos de exacerbadas vitórias. Felizmente há lobos entre os primatas, a chatice é que do sapiens ainda não se fizeram ilhas.

zazie disse...

Quer-se dizer... penso eu que era ironia porque a única coisa pertinente é a crítica aos processos de difamação...

Mas nunca se sabe; estes ancap são loucos.

Ricciardi disse...

Bem, dando de barato a ironia, a questão é tão irracional, Bestial, que não tem defesa possível.
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Diz o autor, na prática, que os crimes de ofensa à honra poderiam ser dirimíveis através de duelos.
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Escusado será dizer que um velhote desonrado nunca pode fazê-lo por incapacidade física.
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Quer dizer, o Duelo é bom unicamente para pessoas capazes. Os mais fortes e aptos. Como na selva, enfim.
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Escusado será dizer que não resolve coisa alguma. Um desonrado incapaz fisicamente nada pode pode contra o agressor da desonra.
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A justiça, justiceirismo enfim, é medido pela aptidão de cada um e não pela razão, ou pela moral, ética, tradição assente em leis construídas ao longo dos tempos.
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Esta gente gosta é de ver os outros a medir pilas. Aristocracia, afiançam. Como se medir pilas fosse um acto nobre.
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Rb

zazie disse...

A imbecilidade dos crimes de difamação é que nem devia existir.

Portugal está farto de perder processos com recurso aos Direitos Humanos.

Por cá é como na Inglaterra- não se pode dizer uma verdade mais dura a ninguém que lhe tapam a boca com processos.

zazie disse...

Aquele cretino da Portugal Telecom não foi isso que fez?

zazie disse...

Não é assim que conseguem ter os jornais pela trela, com medo de processo por difamação?

zazie disse...

A cena do duelo lia-a como brincadeira porque nem existem sequer duelos.

Mas existem processos por difamação e a cena do duelo aparece como crítica irónica e alternativa a eles.

E é verdade. Um cabrão com poder cala quem quer com a cena do processo por difamação.

zazie disse...

Mas v.s gostam mais de responder às cenas fantásticas que ler as que são realidade...

zazie disse...

Só um maluco acreditava que a lei poderia mudar e passar a legalizar duelos

E só muitos malucos iguais tinham medo disso...

":OP

Ricciardi disse...

Pois é.
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Mas não é só isso. A justiça de facto favorece os que tem mais recursos. Na prática, tal como no duelo se favorece as aptidões físicas, esta Justiça favorece os mais aptos financeiramente.
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Mas para contrariar a injustiça do sistema não podemos voltar para um sistema ainda mais injusto, o duelo.
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Pois, é exactamente aqui que tem de entrar o demónio liberal - o estado - para suprir a defesa dos menos endinheirados. Para minorar a injustiça da condição de cada um.
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Ahh mas o estado não consegue, afiançam, pois as injustiças são patentes... os mais endinheirados safam-se muitas vezes. Pois é verdade, eles têm a massa para comprar uma boa defesa e o estado não pode disponibilizar a mesma massa para todos.
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Não há sistemas perfeitos, mas o menos perfeito é aquele que faz depender a justiça estritamente da nossa condição física.
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Rb

CN disse...

O "direito ao bom nome" é um direito falso e protege os poderosos, isso sim. Se a difamação falsa ou verdadeira for livre, a credibilidade será sempre baixa a não ser que existam provas, por outro lado, grandes verdades podem ser itas sem as provas exigidas em processos de difamação que protegem quem não deve.

Quando digo "direito falso" é no campo do "direito" e não da moral.

É um dever moral, tal como o "não levantar falso testemunho" nos mandamentos. Mas não deve constituir "direito".

CN disse...

Os duelos existiram até à modernidade, altura em que o poder deixou de ser aristocrático, desligado da honra, e passou a ser apenas "poder", crescentemente protegido de terem de provar capacidades de elites naturais, pelo contrário, incentivando a que a entrada no poder seja para demagogos e cobardes, sempre a apelarem aos piores instintos das massas.

Os ancaps são maluquinhos, como os tradicionalistas, por isso parecem entender-se em muitas coisas.

zazie disse...

ahahaha

Grande boca, CN.

A sério que até nesta cena dos duelos estou consigo.

Também sou mais pela honra maluca que a falsa ética jacobina

zazie disse...

Por cá, a justiça favorece os extremos. Os muito ricos e os muito pobres

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

Esta cena da difamação na lei é moderna e nem sei bem como e onde começou.

Mas foi no Norte da Europa e é uma gigantesca contradição até com a tradição liberal que têm.

Depois a judiaria tomou conta dos crimes de ódio e agora internacionalizaram a cerna com o politicamente correcto e grupos de protegidos

zazie disse...

O ingleses conseguem manter o Speekers Corner mais todos os media a dizerem tudo e depois têm estas minhoquices de lei para chagar.

E chagam.

Quanto a mim isto da lei começou entre os prot porque eles não perdoam.

Como são mais lixados que os latinos, precisaram de inventar leis para se tramarem mutuamente.

Por cá tramamo-nos fora da lei, ainda, o que sempre é uma vantagem.

zazie disse...

Ainda recentemente tive essa prova com as pegas nos condomínios.

Nos bairros VIPs usam a lei para fazer cenas iguais às que por cá se fariam numa Zona Jota

zazie disse...

Vendo bem, acho que se percebe a contadição.

Os nórdicos/prot/americanos sempre foram mais liberais precisamente por serem mais intolerantes e cruéis que os do Sul/cat.

Portanto, para eles, é o olho por dente e à lei da bala.

Depois, tiveram de legalizar estas coias, para evitarem o extermínio colectivo (como diria o Hobbes) e é aí que entra a sacanice por advogado.

E têm advogados por cabeça como nós temos telemóveis.

zazie disse...

E a lei é democrata

aahaahahah

Acho tão engraçado isso- a fezada na lei democaca por coisas de caca, como o "bom nome".

":O)))))

Ricciardi disse...

«Os ancaps são maluquinhos, como os tradicionalistas, por isso parecem entender-se em muitas coisas.» CN
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Um relógio avariado também acerta duas vezes ao dia.
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Rb

Ricciardi disse...

Eu até já me estou a ber carago. A enfiar com duas luvas brancas nas fuças de um ancap disponível para o duelo.
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- Como queres morrer palhaço?
- Com pistola de Bolhas, ancap said.
- Bolhas?
- Sim.
- Então aguenta-te com esta bolha-2014-pós-crise-2008-pós-bolha-imobiliário-2007-pós-crise-2001-pós-bolha-nasdaq-2000-pós-crise-asiática-russa-1997/8-pós-...
- Falhaste. Agora vou enfiar-te com este Bitcoin nos cornos que é por causa das Bolhas.
- Ah ah, com essas posso eu bem que são virtuais.
- Então toma lá com esta libra de ouro.
- Não vale só podes usar uma munição.
- Quem disse?
- Não sei, mas nos filmes é assim.
- Então como resolvemos a nossa contenda, hein?
- Vamos ver quem mija mais longe?
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Rb

Ricciardi disse...

«...o poder deixou de ser aristocrático, desligado da honra...» CN
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A aristocracia e a honra não são necessariamente concordantes.
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A não ser que estejamos a falar da aristocracia de espírito, já que aquela que decorre do sangue, bem, essa, é semelhante aquela outra que serve o tribalismo partidário onde a honra está ao mesmo nível do esterco.
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Rb

zazie disse...

AHAHAHAHAHAHAHHA

Anónimo disse...



"Se dois homens decidem de livre vontade morrer, estão no seu direito. "

Por essa ordem de razões,legalize-se a eutanásia e o suicídio assistido ao mesmo tempo que se legaliza o duelo.

zazie disse...

Errado- por esta lógica apenas se tinha de legalizar o suicídio

ahahahahaha

zazie disse...

O duelo é proibido mas os motivos não são esses- os de livremente querer morrer.

o suicídio apenas é condenado religiosamente. Legalmente ninguém vai preso por isso.

":OP

Ricciardi disse...

«Se dois homens decidem de livre vontade morrer, estão no seu direito.» coiso
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Mas os gajos partem para o duelo com vontade de morrer?
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Que coisa mais negativa.
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Eu pensei que eles partiam para o duelo a ver se matavam o outro.
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Mas não sei. Na volta partem para o duelo porque se sentem no direito de morrer. Que é um direito legitimo, pois claro.
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Em suma, eu desafio-te para um duelo porque autorizo-te ou concedo-te o direito de me matares... e vice versa.
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E como eu sou propriedade de mim mesmo e tenho escritura lavrada pelo Criador nesse sentido então está perfeitamente à vontade meu caro, se me matares apenas me é subtraída a minha propria propriedade, que sou eu mesmo; e como eu, por razões obvias, não vou reclamar o roubo dessa propriedade que, repito, sou eu mesmo, então faxabor de me matares com honra e dignidade.
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Rb

zazie disse...

A tradição medieval dos duelos não era serem mortos.

Era haver um que se considerava rendido.

Francisco disse...

"Ou aceita, e arrisca-se a morrer. Ou não aceita, e é ostracisado pela sociedade como imoral (porque ofensivo) e cobarde."

Já estou a imaginar a "ordem natural" anarquista a funcionar completamente às avessas.

O D. Quixote desafia o ofensor para um duelo. O ofensor e o resto comunidade acham que ele está maluquinho, quer um duelo só porque o ofensor disse que a mulher do D. Quixote não valia um chavo. A comunidade, que não quer problemas e segue os princípios imaculados do direito natural, ostracisa socialmente o D. Quixote e obriga-o a desertar a comunidade. Menos um maluco na aldeia.

Anónimo disse...

zz - suicídio assistido é um conceito diferente diferente de suicídio

E sim, o duelo poderia ser uma forma de sucídio assistido.

imaginem o PA a desafiar a zazie para um duelo.

pobrezito, era ou não suicidário?

zazie disse...

Há um texto espantoso do Montaigne acerca disso. É o dos canibais

Ricciardi disse...

Que mania esta dos liberais degenerarem na libertinagem. Nossa senhora. Liberdade sim senhora que um gajo não gosta de estar preso, mas também não é preciso exagerar.
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Quer dizer, qualquer dia os libertários até se sentem no direito a não alimentar os próprios filhos por causa de questões insanáveis de lógica cartesiana aplicada à ideologia.
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Se c + n = a e se a = r então r é igual c ou n. Ora, eu r, mesmo sendo incrivelmente da mesma substancia do c ou do n e se o c ou n são (a)ncap então eu (r) serei (a)ncap.
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Ora foda-se. Mil caralhos me fodam.
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Prefiro conceder direito sobre o meu sacro portal traseiro a ser violentado com esta lógica libertária.
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Rb

zazie disse...

Toma lá. Foi com ele que inaugurei o Cocanha

http://www.cocanha.com/2005/05/

Anónimo disse...

:)

zazie disse...

ehehehe


Era um suicídio inútil.

":O)))))

zazie disse...

O Montaigne explica essa noção de render de forma espantosa:

« Autant en font ceux-cy à leur tour. Ils ne demandent à leurs prisonniers, autre rançon que la confession et recognoissance d’estre vaincus : Mais il ne s’en trouve pas un en tout un siecle, qui n’ayme mieux la mort, que de relascher, ny par contenance, ny de parole, un seul point d’une grandeur de courage invincible. Il ne s’en void aucun, qui n’ayme mieux estre tué et mangé, que de requerir seulement de ne l’estre pas. Ils les traictent en toute liberté, afin que la vie leur soit d’autant plus chere : et les entretiennent communément des menasses de leur mort future, des tourmens qu’ils y auront à souffrir, des apprests qu’on dresse pour cet effect, du detranchement de leurs membres, et du festin qui se fera à leurs despens. Tout cela se faict pour cette seule fin, d’arracher de leur bouche quelque parole molle ou rabaissée, ou de leur donner envie de s’en fuyr ; pour gaigner cet avantage de les avoir espouvantez, et d’avoir faict force à leur constance. Car aussi à le bien prendre, c’est en ce seul point que consiste la vraye victoire :
victoria nulla estQuam quæ confessos animo quoque subjugat hostes.
»

zazie disse...

Mas também têm a verson pythoniana da coisa.

http://www.youtube.com/watch?v=ikssfUhAlgg

Ricciardi disse...

«Era haver um que se considerava rendido.» zazie
.
Um gajo que procura a honra num duelo é despojado dela quando se considera rendido. A vergonha da família. O cochixo da vizinhança: Hei, sabes, o coiso rendeu-se; até foi despedido da mercearia por causa disso que o tasqueiro não quer lá rendidos.
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Eu não sei, mas quer-me parecer que é um estória interminável até um deles morrer à séria.
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Rb

Ricciardi disse...

Mas pronto, já cheguei a pensar que se podiam evitar as guerras recorrendo a duelos.
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Cada país nomeava a sua besta humana de guerra e punham-se os dois ali num pavilhão desportivo em Paris, ou Nova Iorque, a ver quem tombava primeiro.
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Era uma boa ideia... se houvesse honra em fazer cumprir o desfecho.
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Rb

zazie disse...

As guerras são duelos em grande escala.

Nunca tinhas pensado nisso?

Acabam quando um se declara rendido.

zazie disse...

Lê o Montaigne que vale a pena.

zazie disse...

Tu, em miúdo, não brincavas assim?

Eu lembro-me do "rendes-te ou morres".

E também fazíamos duelos no quintal, a atirar figos podres a grupos rivais.

Acabavam quando o grupo mais cagado se rendia ou quando a minha mãe punhar termo à anormalidade.

":O)))))

zazie disse...

Ah. E lembro-em bem que a questão de honra é que ninguém se podia esconder do fogo cruzado dos figos.

nem atrás de uma árvore.

Hoje em dia estes códigos de honra degeneraram de tal ordem que preferem os tribunais.

Quanto a gangs. também degeneraram e matam-se à facada até algum deles se refugiar na antiga escola.

Ricciardi disse...

Mas a minha preferida, confesso, era fazer um jogo de playstation para dirimir desavenças entre países.
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Eu, por causa do meu filho e de mim próprio vá, especializei-me no FIFA 12. Meto 10 secos à selecção dos boches e, mesmo a dos zucas, não vai com menos de 5 balázios para casa.
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Não raras vezes faço batota com uns coisos informaticos, cracks suponho, que o meu sobrinho artolas inventou para pôr a equipa a jogar mais e melhor. Magia da modernidade.
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Isto sim, são verdadeiros duelos. Não morre ninguém, e o maximo que pode acontecer é desligar o power da playstation quando estamos a perder. E isto, necessáriamente, degenera em acusações que por sua vez degeneram em insultos ofensivos à honra. Como eu tenho mais força que o meu filho a coisa fica mesmo por ali. É a lei do pai mais forte.
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Lei, aliás, bem presente no que diz respeito à propriedade do telecomando da televisão.
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Rb

Ricciardi disse...

«Rendes-te ou morres?»
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Era assim, era pois.
.
Rb

zazie disse...

Mas, nisto tudo, o que contava eram as regras e o estricto cumprimento delas, sem truques.

A dada altura, para enrijar, passámos dos figos para os torrões de terra.

O cabrão que misturava pedra nos torrões era logo posto fora de combate e mandado brincar com as meninas, aos jantarinhos.

zazie disse...

Sendo que, a única menina do grupo era eu e não brincava aos jantarinhos

Era um vexame- o cabrão tinha de ir para casa

":O))))

zazie disse...

ahahahaha essa de desligar a playstation é o máximo.

Anónimo disse...

O duelo, se implica a morte, é um tema complicado. O que não é um tema complicado é pessoas não poderem bater-se com os punhos sem ser chateadas por causa disso.

Se o boxe é legal, porque é que eu não o posso praticar onde quiser, à minha maneira, com quem o quiser fazer comigo?

Somos homens ou quê??

José Lopes da Silva disse...

A Zazie tem razão, claro. Os processos por difamação hoje em dia são absurdos

Anónimo disse...

O mais engraçado é que o CN toma o texto a sério. Os outros ainda não decidiram, hehehe.
Não é caso para respirar fundo, CN. É um momento de relax, depois da malta vir da praia a enfrentar o trânsito.

Anónimo disse...

CN, ofensa e difamação são coisas diferentes. Ofensa é quando lhe chamo idiota, difamação, é quando digo publicamente que você é pedófilo, porque o vi a apalpar uma menina, ou quando digo publicamente que você é ladrão, porque o vi a roubar num supermercado. Que tal como liberdade de expressão? Essa é a sua primeira asneira, porque isso não é liberdade de expressão nenhuma. A segunda asneira, é que nenhum difamador é suficientemente aristocrata para colocar chapéu de coco e ir duelar consigo, assistido por dois padrinhos. Terceira asneira, é não assumir a sua hipocrisia. É óbvio que se alguém o difamasse não iria convidá-lo para um duelo, ia mesmo coloca-lo em tribunal, para que provasse publicamente as acusações públicas que lhe fez.
Estes exercícios académicos são interessantes, mas não mais nem menos interessantes do que discutir o texto do Swift em que ele defende que os irlandeses famintos comam as suas crianças, e porem-se aqui a discutir o valor nutricional dos infantes.

Porto

Anónimo disse...

"Quanto a gangs. também degeneraram e matam-se à facada até algum deles se refugiar na antiga escola."

Isso não é degeneração, é o verdadeiro duelo. Um colega ali em cima acha, e bem, que a malta devia ser livre de andar à porrada uns com os outros. Se um e outro aceitarem lutar com naifas, deviam ser livres disso. Isso, senhores, é que de homem. Degeneração é o duelo de figos. Coisa de meninas colegiais.

Anónimo disse...

Excepção
Juízes e diplomatas escapam a cortes de 10% nas pensões do Estado

Denise Fernandes
07/08/13 00:06


Vergonhoso e nojento, regime político.

zazie disse...

Olhe aqui as "coisas de homem":

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/um-morto-em-confrontos-a-porta-de-escola-secundaria-da-amadora-1596659

Foi a isto que me referi.

Anónimo disse...

Pois claro. Até parece que os homicídios devido a duelos por honra só devem ser CRIME quando é coisa de pretos e ciganada.

Já se for um anormal qualquer armado em dandy pindérico, matar alguém em dueleo passa a ser honroso e consolador.

Tá bem.

zazie disse...

Já os de gente estúpida até deviam ser recomendados como terapia.

ó retardado mental, quem é que disse que era preto a não seres tu?

zazie disse...

Gangs de suburbanos.

Tu é que lhes chamaste pretos.

E, de facto, nos gangs de suburbanos predominam os pretos.

Mas os ciganos também gostam de naifadas.

E há muito branco que é mais preto e faz merda igual para imitar.

zazie disse...

Cambada de preconceituosos.

Ensinaram-lhes a viverem do verniz e esconderem as palavras e por dentro ainda são mais racistas que quem não vive entupido.

Ricciardi disse...

«E há muito branco que é mais preto e faz merda igual para imitar.» zazie
.
São os chamados Bolicaus. Brancos por fora e Pretos por dentro.
.
Rb

zazie disse...

ahahahahha

Eu gostava muito disso.

Anónimo disse...

ò zizinha, na notícia que linkaste, o rapazinho morto na amadora era mesmo preto.Não era branco nem azul escuro.
E se achas que que chamar a alguém preto é insultuoso és mais uma racista medieva , bolicau ou branquela mas racista a sério.

Porque a questão de fundo é esta: se for um duelo entre pretos ou ciganos( atenção que a questão da honra está muito presente nestas rixas do que nas tretas dos duelos romanticos ), ai jesus que são uns bandidos.
Mas se a rixa for um floreado entre betinhos, ai jesus que é uma questão de cavalheiros honrados.


Ah já agora, por dentro somos todos iguais- vermelhinhos.

Anónimo disse...

Vai ver uma autópsia e verás que debaixo da pele somos todos completamente iguais.

zazie disse...

Pronto- um preto anónimo e com complecos.

Imbecil- se o gajo era preto ou branco quem é que lhe atribuiu conotação pejorativa a não seres tu?

Eu dei o exemplo da escola. O exemplo da escola, por acaso, tinha preto que morreu. Nem sei se o gang rival também era de pretos.

Tu interpretas esta besteira como racismo contra pretos porque se a mesma cena se passasse com gangs de bestas brancas tinha de ser uma cena bué de honrada.

Cambada de alminhas vegetativas que andam por aqui.

zazie disse...

Complexos de complecos

abhahahahaha

Está é tudo grunho e a sofrer de iliteracia que até mete dó.

o Sousa que ponha aqui os olhinhos. Foi para isto que acham que o 25 de Abril serviu.

zazie disse...

Não conseguem entender uma frase simples.

É mesmo a regressão das espécies. Qualquer dia urram e chega.

zazie disse...

Não sabem ler, não entendem o pouco que lêem mas a ver se não estão pavlovianamente condicionados para se babarem quando lhes apita o sinal do "crime de ódio" ou do complexo de "minoria".

É a formação para a cidadania grunha.

zazie disse...

E são preconceituosos.

Cada vez mais. Porque esta cena de terem de viver sob o controle das palavras proibidas só pode criar fachada para parecer bem.

zazie disse...

Já agora, ó palerma, mostra aí um exemplo de uma "rixa de um floreado entre betinhos".

E não vale ires buscar exemplo do parlamento com os do BE.

Força.

zazie disse...

Já parecia uma outra escardalha uma vez no Aspirina.

Desata aos berros por causa do "racismo implícito na palavra "mongalhada" e depois dá o exemplo de como ela combate o racismo.

Contou que na escola do filho existe um menino cigano. E ela ensinou o filho a não ser racista com o cigano porque os ciganos são pessoas iguais a nós.

Mas, depois acrescentou esta beleza:

"Claro que se o miúdo tiver problemas em ser cigano, eu já disse ao meu filho para nunca dizer que ele é cigano.

Para não ofender

AHAHAHAHAHAHHAAH

São todos iguais mas é uma ofensa se forem um pouco menos iguais, ainda que sejam iguais

":O))))))))))))

zazie disse...

São imbecis ao ponto de negarem a identidade que os próprios fazem questão de preservar há milhares de anos.



zazie disse...

Por isso é que aquela frase dos anarcas está cada vez mais actual:

"acabemos com o racismo; pintemos os pretos de branco".

Anónimo disse...


ó zizinha, um bom exemplo de floreado é o que por aqui fazes dando o dito por não dito,ou o escrito por não escrito

o puto da amadora era preto ( e era), tu escreves logo a assegurar que é uma questão de racismo presumir que o puto era preto (era um facto, não uma presunção), logo a seguir atiras com uma espadeirada sobre o racista que sou e coisa e tal ( ao lado), depois vem o teu amiguinho dos bolicaus e por aí fora, tás um pouco enferrujada nestas lides de esgrimir em círculos os teus preconceitos,

mas zizinha, até agora ninguém te disse que ser preto tem um conotação negativa, só na tua cabecinha...

Estás enferrujada, zizinha, não tens andado em grandes picardias ultimamente ou então tens tido fracos contendores...

Bjos

Anónimo disse...

Touchée....

Anónimo disse...

ehehehhe

zazie disse...

Este gajo é demagogo até dizer chega.

Olha aqui, percebeste o que eu defendi neste post?

1- Que a cena que nem devia existir era o crime de honra e ofensa ao "bom-nome"

2- Que só os maluquinhos dos ancap e os maluquinhos que temem os ancap podiam acreditar que os duelos iam voltar a ser legalizados

3- Que os duelos, nos tempos antigos, nunca foram um suicídio por acordo, como também se diz mas uma questão de obrigar outrem a dar-se por vencido.

4- Terminei dizendo que até os canibais conheciam este sentido primordial da questão e exemplifiquei com o Montaigne

5- Acrescentei como tudo degenerou pois agora o mais que temos são essas rixas chunga de suburbanos que depois ainda pedem socorro na escolinha onde já nem andam.

E podia acrescentar que degenerou tudo ainda mais com a imbecilidade que vieste para aqui escrever, deturpando tudo por má fé e complexo de farrusco

zazie disse...

A tua demagogia está na atribuição de conotação e escolha racista no meu exemplo, quando quem teve de ler o exemplo pela cor de pele foste tu.

Porque nem percebeste o sentido do exemplo e porque deves ter problemas com cores de pele.

E quem ainda acrescentou imbecilidade de suposição demagógica foste também tu, dizendo que se o puto fosse branco a mesma coisa era tida por rixa de floreado de honra.

Quem achou que sendo branco havia honra e preto desonra foste tu, porque és burrinho e não sabes ler.

zazie disse...

Queres mais, ou chega para te renderes que nem um palerma?

":OP

Anónimo disse...

A zazie continua atirar figos. Nunca cresceu.

zazie disse...

E tu continuas a apanhar com eles.

Nunca aprendeste.


":OP

Anónimo disse...

Claro, zazie, claro. Continua a atirar figos. É preciso é espirito jovem.