15 julho 2013

uma anedota

Ensino superior -  Reitores acusam tutela de não saber ajustar oferta à procura

Comentário: É muito interessante esta perspectiva porque  demonstra profunda ignorância. Nenhum poder central consegue substituir-se aos mercados no equilíbrio entre a oferta e a procura. O facto de os reitores ainda acreditarem na "história da Carochinha" diz muito sobre o nosso ensino universitário.

10 comentários:

Anónimo disse...

ahahah

Está boa esta, Joaquim.

Quem lhes desse um pano encharcado.
PA

Anónimo disse...

Caro Joaquim, está a ver mal a coisa.
Eles não acreditam; eles só contam a história, para embalar as criancinhas-contribuintes. E como nós gostamos muito de nanar...

Anónimo disse...

Estes "universitários" acabaram com a sua ileteracia. Lendo o Tio Patinhas.
eao, muito triste

Luís Lavoura disse...

Nenhum poder central consegue substituir-se aos mercados no equilíbrio entre a oferta e a procura.

Acontece que os mercados, em Portugal, também não são nada bons na promoção de tal equilíbrio.

Basta ver a quantidade de licenciados no desemprego que há em Portugal.

Anónimo disse...

Caro Luís Lavoura,

Os licenciados não são fruto do mercado.

Anónimo disse...

« Os licenciados não são fruto do mercado.»
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O mercado já não é o que era. Essa é que é a verdade. Nem para gerar licenciados ele serve.

Assim, deduz-se que os licenciados de hoje em dia existem por, digamos, geração expontanea, fruto de uma oferta que não existe e de uma procura que tambem não existe.
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O preço de equilibrio, esse, tem dias. Há dias em gira em torno de um valor pecuniário e há outros dias em gira em torno do mérito de quem tira melhores médias nos exames. Acontece, aliás, nesse mercado que não é mercado, que um gajo sem média adequeda, e portanto mérito, lá consegue pagar o preço e ultrapassar esse constragimento menor.
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Rb

Vivendi disse...

Não vai a bem, vai a mal


Em 2009, candidataram-se 60 000 alunos ao ensino superior
Em 2012, candidataram-se 53 mil alunos.
Uma redução aproximada de 10% em 3 anos.

Em 2009 sobraram 4600 vagas após as inscrições
Em 2012 sobraram 8500 vagas.
Aumento de quase 100%

Em 2012/2013 abriram 52298 vagas
Em 2013/2014 abriram 51461 vagas
Uma redução "administrativa" de 900 vagas, ou seja, pouco menos de 2%.

Não fosse a força da realidade e as instituições continuariam a manter o mesmo número de vagas e as mesmas condições como se nada se passasse.
Felizmente que a falta de alunos conjugada com a falta de dinheiro obriga esta malta a fazer qualquer coisa.

Há 1 ano ou 2 que sugeri no Contas Caseiras o corte da despesa nas instituições de ensino superior, assunto sempre controverso, mas como não há coragem para se fazer preventivamente, ao menos que se corrija depois de se perceber que afinal as salas de aula ficaram vazias.

Tiago Mestre

Ricciardi disse...

É caso para perguntar ao Tiago:
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- É de reduzir o numero de licenciados que o país precisa?
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Na volta é. Hoje em dia, por causa dos dinheiros, qualquer opinião está, invariavelmente, coberta de razão, e razões. Diminuir a formação do pessoal é sempre o caminho mais assertivo para o desenvolvimento do país, parece.
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A coisa vista assim, em agregados, por atacado, à la macro economista, o que parece interessar é diminuir o todo. Cortar, pois claro, o ensino de sociologia e o ensino das engenharias. Afinal de contas gerir é cortar.
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Rb

Vivendi disse...

Hoje em dia aprende-se mais em certos blogues do que nas Universidades. E é grátis.

Opinião minha.

Joaquim Amado Lopes disse...

Luis Lavoura,
"'Nenhum poder central consegue substituir-se aos mercados no equilíbrio entre a oferta e a procura.'
Acontece que os mercados, em Portugal, também não são nada bons na promoção de tal equilíbrio.
Basta ver a quantidade de licenciados no desemprego que há em Portugal."

Isso é o mesmo que dizer que, se o número de restaurantes triplicar e uma boa parte deles tiver prejuízo, o mercado não promoveu o "equilíbrio" porque os consumidores não passaram a ir ao restaurante três vezes mais.

Os restaurantes diversificam as ofertas, melhoram o serviço e baixam os preços. Alguns decidirão mudar para zonas com menos concorrência e outros fecharão, com os respectivos proprietários e funcionários a procurarem outra área profissional.
Os consumidores passam a ir mais ao restaurante e seleccionam os que oferecem uma melhor relação qualidade-preço.

No caso dos licenciados, as empresas tornam-se mais exigentes nas competências e atitude e oferecem salários mais baixos.
Por seu lado, os licenciados adquirem mais competências, esforçam-se mais e aceitam salários mais baixos. Alguns emigrarão e outros procurarão trabalho em áreas diferentes daquela em que se formaram.

O equilíbrio no mercado é isto. Não é o Estado impedir os consumidores de comerem em casa ou pagar-lhes para irem ao restaurante, porque há muita gente a querer ter um restaurante.