04 março 2013

a moral católica


Fico perplexo quando ouço afirmar que a Igreja Católica é demasiado puritana ou que castra a actividade sexual. Pelo contrário, eu penso que nos países de cultura católica o sexo é mais relevante do que nos países protestantes. Atribui-se-lhe mais importância, os relacionamentos são mais “calientes” e, salvo melhor opinião, os respectivos acessórios são mais e melhor utilizados.

Claro que a Igreja considera pecado muita desta actividade, o pecado da luxúria, mas a Igreja é mãe e perdoa. Nem poderia ser de outro modo porque perante Deus ‹‹todos somos pecadores››. Daí que, nas congregações de fiéis, se rogue a Deus por perdão: ‹‹perdoai-nos Senhor os nossos pecados››. Pecados que, na maior parte dos casos, correspondem aos excessos da besta humana: a luxúria, a gula, a preguiça, a inveja, etc.

Ora a posição da Igreja é condenar estes excessos, como não poderia deixar de ser, mas aceitando sempre alguma transgressão, como fruto das nossas imperfeições. A Igreja sabe que não somos todos pessoas exemplares aos olhos de Cristo e não pretende impor uma ditadura moral, apenas pretende que aceitemos um ideal de perfeição e que lutemos por ele, embora reconhecendo que ficamos sempre aquém.

Há um célebre dito que antigamente se aplicava aos abades e que reza assim: ‹‹olhai para o que eu digo, não olheis para o que eu faço››. Esta dualidade, na minha opinião, está no cerne da moralidade católica e corresponde ao que descrevi.

12 comentários:

Ricciardi disse...

Bem, não é ideia 'demasiado puritana', considera mesmo o sexo como um pecado ao ponto de o admitir exclusivamente para fins reprodutivos. E isso é que está mal.
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A Igreja deve defender, isso sim, a TEMPERANÇA. Em tudo. A temperança, a lealdade, honestidade etc, mas considero despropositado todo e qualquer processo de intenções como, de certa forma, o sexo se revela para a Igreja.
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Por exemplo, o vinho não é a fonte do pecado, mas usá-lo em excesso configura falta de temperança e todos os vicio daí decorrentes.
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Não se pode, pois, dizer, que beber é um pecado. Da mesma forma, o sexo não é pecado algum.
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O Papa quando foi a africa era isto que devia dizer. Passar a mensagem da temperança e respeito pelas mulheres e esposas. Ao invés disso pôs-se a demonizar o preservativo. Se os casais o ouvissem, e na volta alguns maridos menos escrupolosos até usam as palavras do Papa para chantagear as esposas, dizia, se os casais africanos seguissem essa bacorada da mensagem papal mal chegou a Angola, mais esposas eram infectadas por maridos. Maridos que andam com as prostitutas e contaminam as próprias mulheres. E era conveniente conhecer a mentalidade daquela gente antes de dizer baboseiras. A mensagem do papa devia ser dirigida aos maridos e esposas infieis, mas nunca colocar as inocentes em perigo.
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Foi de uma falta de senso atroz. Na origem está o conceito, distorcido, que a Igreja tem relativamente ao sexo. A ideia de que usar preservativo impede a procriação e tambem aquela ideia de que o sexo só se pode praticar, mesmo entre casais, para estes fins.
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Isso é um problema diabolico que a Igreja tem vindo, cada vez menos, a incorrer. Mas que fez escola durante seculos.
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Isto faz-me lembrar a questão do pecado original. Muita mulher foi acusada de ser o demonio a tentar a virtude dos homens pela história fora. Essa ideia perdurou durante seculos, ao ponto de enviar para a fogueira muita mulher.
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Rb

zazie disse...

Castidade é temperança.

Falas sempre do que não sabes.

zazie disse...

E dizes disparates até dizer chega.

A caça às bruxas e bruxos não teve nada a ver com isso e foi feita, essencialmente, no séc. XVII nos países protestantes.

O exemplo do amor matrimonial era dado pela sedução e beleza e a Igreja Católica nunca o proibiu.

zazie disse...

O problema africano é porcaria. E eles são mais muçulmanos que católicos. E quem defendeu que a Sida se curava com mezinhas foram os líderes políticos.

Ricciardi disse...

Castidade é temperança. ahahahhaha
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Oh Zazie, só mesmo tu para defenderes uma coisinha absurda dessas.
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A castidade é uma opção, não pode ser uma imposição. Ohh
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A Africa aonde ele foi e a que me refiro é católica. Angola.
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O resto, sabes bem, a mulher era considerada a fonte do pecado. A tentação. O sexo para a Igreja é um pecado, inves de ser uma potencial fonte de pecado, é um pecado. Só mesmo distorcendo muiiiito a coisa é que se pode defender uma coisinha destas.
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Mas até me admira. Tu já concluiste num qualquer post que, na verdade, a Igreja não sabia lidar adquadamente com este tema.
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Rb

zazie disse...

Castidade é temperança, palerma.

È literalmente isso que significa na Igreja Católica.

A temperança do sexo entre esposos chama-se castidade.

Tu não sabes do que falas e depois ainda te ris.

zazie disse...

Aqui, patetinha

http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/c/castidade.html

Se quiseres textos medievais também se arranja. Mas tens de prometer que não voltas a repetir disparates da cubata

zazie disse...

Tu confundes castidade com celibato.

zazie disse...

gtoma l´o S. Tomás de Aquino. Até vem na wikipedia, palerminha:

St. Thomas Aquinas, Summa Theologiae, II-II, Question 151, Article 2, corp.

«The word "chastity" is employed in two ways. First, properly; and thus it is a special virtue having a special matter, namely the concupiscences relating to venereal pleasures. Secondly, the word "chastity" is employed metaphorically: for just as a mingling of bodies conduces to venereal pleasure which is the proper matter of chastity and of lust its contrary vice, so too the spiritual union of the mind with certain things conduces to a pleasure which is the matter of a spiritual chastity metaphorically speaking, as well as of a spiritual fornication likewise metaphorically so called. For if the human mind delight in the spiritual union with that to which it behooves it to be united, namely God, and refrains from delighting in union with other

things against the requirements of the order established by God, this may be called a spiritual chastity, according to 2 Cor. 11:2, "I have espoused you to one husband, that I may present you as a chaste virgin to Christ." If, on the other hand, the mind be united to any other things whatsoever, against the prescription of the Divine order, it will be called spiritual fornication, according to Jer. 3:1, "But thou hast prostituted thyself to many lovers." Taking chastity in this sense, it is a general virtue, because every virtue withdraws the human mind from delighting in a union with unlawful things. Nevertheless, the essence of this chastity consists principally in charity and the other theological virtues, whereby the human mind is united to God»

Anónimo disse...

Aqui a Zazie também estivo bem.
Introduciu o factor surpresa surprendente germánico ou alemao.
"Hale-manita".

João Lisboa disse...

O mestre diverge: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/03/blog-post_4282.html

Euro2cent disse...

> Ao invés disso pôs-se a demonizar o preservativo.

De acordo com as reportagens de quem, exactamente?

Pois, de uns tipos isentos que nunca distorceram irreconhecivelmente as palavras de ninguém, e nunca fizeram de aspectos menores cavalos de batalha "fracturantes". Nunca. Em tempo algum. Verdadeiramente inoxidáveis.

(Ouvi dizer que estavam a dar descontos nas assinaturas do N.Y.Times, é de aproveitar.)